Mifepristona: o que é, para que serve e como é usada

O que é:

A mifepristona é um esteroide sintético que é utilizado no aborto legal até 70 dias de gestação ou no tratamento de níveis elevados de glicose no sangue causados pela síndrome de Cushing endógena.

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Este medicamento pode levar ao aborto e morte fetal quando usado durante a gravidez, não devendo ser tomado sem a indicação de um médico. Além disso, também pode provocar efeitos colaterais como sangramento vaginal, dor no abdome e náusea.

A mifepristona atualmente não está disponível no Brasil, mas em alguns países pode ser encontrada em farmácias, com nomes comerciais como Korlym ou Mifeprex, na forma de comprimidos de 200 e 300 mg. Seu uso deve ser feito somente com orientação médica.

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Para que serve

A mifepristona é indicada pelo Food and Drug Administration (FDA) nos EUA para a interrupção médica da gravidez até 70 dias de gestação, sendo usada em combinação com o misoprostol. Pode também ser usada no tratamento da hiperglicemia causada pela síndrome de Cushing. Veja mais sintomas da síndrome de Cushing.

Diferença entre mifepristona e misoprostol

A mifepristona é um esteroide sintético que bloqueia a atividade da progesterona e de outros corticoides, estimulando a produção de cortisol pelo corpo e desestabilizando a parede do útero, efeito que leva à interrupção da gravidez.

Já o misoprostol é uma prostaglandina sintética que age especialmente sobre o músculo da parede do útero, estimulando a sua contração. Entenda melhor o que é o misoprostol.

Como é usada

A forma de uso da mifepristona depende da sua indicação, podendo ser usada da seguinte forma:

  • Interrupção da gravidez: 1 comprimido de 200 mg de mifepristona por via oral em dose única, e após 24 a 48 horas, 800 mcg de misoprostol por via bucal, o que equivale a 8 comprimidos de misoprostol de 100 mcg ou 4 comprimidos de 200 mcg, colocando os comprimidos entre a bochecha e a gengiva e deixando dissolver por 30 minutos, e depois engolir o que não tiver completamente dissolvido com água;
  • Hiperglicemia devido à síndrome de Cushing endógena: 1 comprimido de 300 mg de mifepristona por via oral, junto com a refeição, diariamente. A dose pode ser aumentada em 1 comprimido a cada 2 a 4 semanas, de acordo com a indicação do médico, até o máximo de 1200 mg ou 4 comprimidos de 300 mg por dia.

Atualmente a mifepristona não se encontra disponível no Brasil e o uso de medicamentos abortivos, como o misoprostol, apenas é permitido em hospitais. Conheça outros remédios que causam aborto.

Além disso, a mifepristona deve ser usada apenas com a orientação de um médico, especialmente em mulheres grávidas, devido aos riscos para a saúde da mãe e do bebê.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns da mifepristona são:

  • Dor no abdome;
  • Sangramento vaginal;
  • Náusea;
  • Vômitos;
  • Fraqueza;
  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Tontura;
  • Perda do apetite;
  • Diarreia.

Embora seja comum o sangramento vaginal ser mais intenso que o da menstruação, os outros efeitos colaterais normalmente são leves.

Além disso, a mifepristona também pode causar alterações na pressão arterial, baixos níveis de potássio e glicose no sangue, mal estar e, nos casos mais graves, morte fetal e reações alérgicas, como a anafilaxia. Conheça os sintomas de anafilaxia.

Quem não deve usar

A mifepristona não é indicada em caso de histórico de reações alérgicas a este medicamento ou prostaglandinas, sangramento vaginal de causa não identificada, câncer de endométrio, insuficiência adrenal, gravidez ectópica, uso de corticoides frequente ou anticoagulantes e doenças que afetem a coagulação do sangue.

A mifepristona também não deve ser usada caso se esteja tomando alguns medicamentos, como sinvastatina, lovastatina ou antifúngicos, ou por mulheres que desejem continuar com a gravidez.