Monócitos altos: o que significa (e o que fazer)

Monócitos altos são o aumento da quantidade dessas células no sangue, sendo verificado no hemograma valores acima de 1000 monócitos por µL de sangue.

Foto doutora realizando uma consulta
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Geralmente, os monócitos altos, também chamado de monocitose, são causados por inflamações ou infecções, como tuberculose ou endocardite bacteriana, mas também pode surgir devido a doenças autoimunes ou câncer.

Os monócitos são células do sangue produzidas na medula óssea e que fazem parte do sistema imunológico, sendo responsáveis pela defesa do organismo contra infecções ou inflamações. Conheça mais sobre os monócitos.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de monócitos altos

Os principais sintomas de monocitose são:

  • Febre ou calafrios;
  • Cansaço excessivo;
  • Suor noturno;
  • Dor abdominal ou nas articulações;
  • Ínguas, próximas ao local da infecção.

Além disso, também pode ocorrer perda de peso sem motivo aparente, aumento do baço ou sangramentos fáceis.

Os sintomas de monócitos altos não são específicos e podem variar de acordo com a condição que causou o seu aumento. 

Leia também: Inflamação: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/inflamacao

Valores de referência

Os valores de referência normais de monócitos no sangue em adultos são de 200 e 1000 monócitos por µL de sangue.

Desta forma, valores acima de 1000 por µL são considerados monócitos altos ou monocitose.

O valores de referência dos monócitos podem variar de acordo com o laboratório, e o resultado deve ser interpretado pelo médico juntamente com outros parâmetros do hemograma e sintomas apresentados. Veja como entender o resultado do hemograma.

Geralmente, quando somente os monócitos estão altos e a pessoa não tem sintomas, é recomendada a repetição do hemograma para verificar se houve regularização do número de monócitos ou se é necessária investigação. 

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Como confirmar os monócitos altos

Os monócitos altos são confirmados através do resultado do hemograma.

Geralmente, os valores referem-se à contagem absoluta de monócitos, que corresponde ao número dessas células presentes no sangue.

No entanto, o laboratório também pode fornecer o valor relativo de monócitos, que é maior que 8% para monócitos altos, sendo esse valor uma proporção em relação à contagem total de leucócitos no leucograma.

Leia também: Leucograma: como entender o resultado do exame tuasaude.com/leucograma

Calculadora de monócitos

Insira o resultado do seu exame na calculadora a seguir para saber se os monócitos estão altos:

Erro
Erro
Erro
Mínimo admitido, pode alterar para o valor do seu laboratório
Erro
Máximo admitido, pode alterar para o valor do seu laboratório
Erro

Esta calculadora é apenas uma ferramenta de orientação, não servindo como diagnóstico e nem substituindo a consulta com hematologista ou clínico geral.

Principais causas

As principais causas de monócitos altos são:

1. Tuberculose

A tuberculose é uma infecção causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis que pode provocar monócitos altos, além do aumento de leucócitos, linfócitos e plaquetas e diminuição de plaquetas no hemograma.

Além do hemograma, para confirmar o diagnóstico da tuberculose, o médico deve solicitar outros exames, como teste do escarro ou prova da tuberculina (PPD). Entenda o que é e como é feito o exame PPD.

A tuberculose, quando afeta os pulmões, pode causar sintomas como tosse persistente, dor no peito, dificuldade em respirar, suor noturno e produção de escarro esverdeado ou amarelado.

O que fazer: é importante consultar um pneumologista ou infectologista pata iniciar o tratamento da tuberculose, que é feito com o uso de antibióticos, que devem ser tomados pelo tempo estabelecido pelo médico, mesmo que exista a melhora dos sintomas. 

Leia também: Como é feito o tratamento para tuberculose tuasaude.com/tratamento-para-tuberculose

2. Endocardite bacteriana

A endocardite bacteriana pode causar monócitos altos, sendo causada por uma infecção por bactérias que chegam até esse órgão através da corrente sanguínea.

Além das alterações no hemograma, o médico também pode verificar a alteração de outros exames laboratoriais, microbiológicos e cardíacos, como ultrassom do coração e ecocardiograma. Conheça outros exames que avaliam o coração.

A endocardite bacteriana pode causar sintomas como febre alta, dor no peito, falta de ar e tosse, por exemplo.

O que fazer: deve-se ir ao hospital assim que surgirem os sintomas, para iniciar o tratamento com antibióticos, pois a bactéria pode se espalhar rapidamente e atingir outros órgãos além do coração, causando complicações. 

3. Recuperação de infecções

É comum que no período de recuperação de infecções haja um aumento no número de monócitos, e também de linfócitos e neutrófilos.

Isso indica que o corpo está reagindo contra o microrganismo responsável pela infecção e aumentando a linha de defesa, para combater mais rapidamente o agente infeccioso.

O que fazer: caso a pessoa tenha sido diagnosticada com alguma infecção, o aumento no número de monócitos normalmente representa apenas a recuperação do paciente e do sistema imunológico.

Nesses casos, não é necessária qualquer outra atitude, podendo ser solicitado pelo médico apenas a realização de um outro hemograma após algumas semanas para verificar se houve normalização na quantidade de monócitos.

4. Artrite reumatoide

A artrite reumatoide também é uma doença autoimune em que pode haver monócitos altos.

Isso porque, nessa doença, as células do sistema imunológico atacam células saudáveis do corpo, havendo sempre produção de células de defesa, incluindo os monócitos.

A artrite reumatoide é caracterizada pelo comprometimento das articulações, que ficam doloridas, inchadas e rígidas, havendo dificuldade de movimentá-las por pelo menos 1 horas depois de acordar.

O que fazer: o tratamento para artrite reumatoide é feito pelo reumatologista com fisioterapia, uso de remédios e adequação da alimentação, que deve ser feita sob orientação do nutricionista. Entenda como é feito o tratamento para artrite reumatoide.

5. Alterações hematológicas

Os monócitos altos também pode estar presentes em alterações do sangue, como na anemia, linfomas e leucemia.

Como a monocitose pode estar relacionada com situações leves e graves, é importante que a avaliação do resultado seja feita pelo médico juntamente com a análise dos outros parâmetros do hemograma, além da leitura da lâmina.

A monocitose relacionada com problemas no sangue normalmente leva ao aparecimento de sintomas de acordo com a causa. 

Leia também: 7 primeiros sintomas de leucemia tuasaude.com/sintomas-de-leucemia

O que fazer: deve-se consultar o pediatra, clínico geral ou hematologista para avaliar o hemograma e os sintomas.

Assim, podem ser solicitados outros exames, como mielograma e/ou biópsia da medula óssea, para confirmar o diagnóstico e indicar o tratamento de acordo com a doença diagnosticada. Entenda como é feita a biópsia de medula óssea.