O que é:
A nandrolona é um esteroide anabolizante, derivado da testosterona, indicado para o tratamento da osteoporose, anemia aplásica ou anemia devido a insuficiência renal crônica ou tratamento do câncer, pois tem propriedades androgênicas.
Esse remédio, por se tratar de um anabolizante sintético, muitas vezes é usado como para melhorar a performance e favorecer o ganho muscular em atletas. No entanto, esse uso é contra-indicado pois pode causar complicações para a saúde, principalmente no que diz respeito ao funcionamento do fígado.
A nandrolona deve ser usada somente com indicação médica, podendo ser encontrada em farmácias ou drogarias, na forma de ampola injetável, contendo 25 mg ou 50 mg de decanoato de nandrolona, com o nome Deca-Durabolin, vendida somente com apresentação de prescrição médica e retenção da receita pela farmácia.
Para que serve
A nandrolona é indicada para o tratamento de:
- Osteoporose;
- Anemia aplásica;
- Anemia por insuficiência renal crônica;
- Anemia devido ao tratamento do câncer.
Além disso, a nandrolona pode ser indicada para o tratamento complementar da perda de massa magra, no caso de balanço negativo de nitrogênio no corpo, junto com outros tratamentos específicos, com doses adequadas de vitaminas, minerais e proteínas e uma dieta rica em calorias.
A nandrolona ajuda a inibir a reabsorção óssea e aumentar a formação dos ossos, além de estimular a formação de glóbulos vermelhos na medula óssea e a reconstruir tecidos no corpo que ficaram fracos devido a doenças crônicas ou graves.
Como usar
A injeção de decanoato de nandrolona deve ser aplicada por um profissional de saúde, diretamente no músculo do glúteo, da parte superior da perna ou do braço, de forma profunda.
As doses da nandrolona para adultos podem variar de acordo com a condição a ser tratada e gravidade dos sintomas, e inclui:
- Osteoporose: a dose normalmente recomendada é de 50 mg, por via intramuscular, a cada 3 semanas;
- Perda de massa magra por balanço negativo de nitrogênio: a dose normalmente recomendada é de 25 a 50 mg, por via intramuscular, a cada 2 semanas;
- Anemia devido a insuficiência renal crônica: a dose normalmente recomendada é de 100 a 200 mg, por via intramuscular, 1 vez por semana;
- Anemia aplásica: a dose normalmente recomendada é de 50 a 150 mg, por via intramuscular, 1 vez por semana;
- Anemia causada pelo tratamento do câncer: a dose normalmente recomendada é de 200 mg por via intramuscular, 1 vez por semana, iniciando 2 semanas antes do ciclo de quimioterapia. Esse tratamento deve ser continuado durante todo o tratamento do câncer e durante o período de recuperação até que os exames de sangue tenham voltado aos valores normais.
O tempo de tratamento com a nandrolona deve ser orientado pelo médico, sendo que o início do efeito terapêutico varia de uma pessoa para a outra. De forma geral, se não ocorrer melhora entre 3 a 6 meses de tratamento, o tratamento deve ser interrompido.
A interrupção do tratamento deve ser feita somente com orientação médica, pois as doses geralmente são reduzidas gradativamente.
Possíveis efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns que podem surgir durante o tratamento com o decanoato de nandrolona são:
- Dor ou inflamação no local da injeção;
- Dor de cabeça forte;
- Náuseas e vômitos;;
- Ganho de peso;
- Inchaço nos braços ou pernas;
- Aumento da pressão sanguínea;;
- Aumento dos níveis de colesterol;
- Voz grossa, aumento de pêlos ou alterações na pele, em mulheres;
- Irregularidade do ciclo menstrual ou ausência de menstruação;
- Aumento do clitóris, em mulheres;
- Ereção frequentes ou prolongada e dolorosa do pênis, em homens;
- Aumento benigno da próstata ou do pênis, em homens;
- Diminuição da contagem de esperma;
- Acne;
- Bolhas na pele;
- Coceira;
- Diminuição da produção de urina;
- Dor óssea;
- Sensação de cansaço;
- Confusão mental;
- Prisão de ventre.
Além disso, a nandrolona pode causar problemas no fígado que podem ser percebidos através de sintomas como náuseas, dor do lado direito superior da barriga, cansaço excessivo, perda do apetite, coceira no corpo, urina escura, fezes claras, pele ou olhos amarelados.
Os efeitos colaterais da nandrolona devem ser comunicados ao médico para avaliar o tratamento e para que se possa realizar exames, e avaliar o estado de saúde.
A nandrolona também pode causar reações alérgicas graves que necessitam de atendimento médico imediato. Por isso, deve-se procurar o pronto socorro mais próximo ao apresentar sintomas como dificuldade para respirar, sensação de garganta fechada, rouquidão, inchaço na boca, língua ou rosto, ou coceira intensa, urticária, vermelhidão, descamação ou bolhas na pele. Saiba identificar os sintomas de reação alérgica grave.
Quem não deve usar
A nandrolona não deve ser usada por crianças, mulheres com gravidez confirmada ou suspeita de gravidez, lactantes, homens com câncer de próstata ou mama, ou pessoas com porfiria.
Além disso, esse remédio não deve ser usado por pessoas que tenham alergia à nandrolona, soja ou amendoim.
O uso da nandrolona em caso de doença cardíaca, hepática ou renal, história de doenças coronarianas, pressão alta, epilepsia, diabetes mellitus, ou hipertrofia prostática só deve ser feito se indicado pelo médico.