Moleira funda é uma condição que está presente nos bebês e crianças pequenas e que é caracterizada por uma depressão ou afundamento da fontanela, que é uma região macia na parte superior da cabeça.
A moleira funda no bebê pode ser sinal de desidratação ou desnutrição e, por isso, caso se verifique que o bebê está com a moleira funda é recomendado levá-lo imediatamente ao pronto-socorro ou consultar o pediatra para receber o tratamento adequado.
Leia também: Moleira do bebê: o que é, cuidados (e como saber se está normal) tuasaude.com/moleira-do-bebeA moleira corresponde ao espaço na cabeça do bebê em que não há osso, sendo importante para facilitar o parto e para permitir o crescimento adequado do cérebro e é naturalmente fechado ao longo do desenvolvimento do bebê e, por isso, na maioria das vezes não é motivo de preocupação. O bebê só deve ir ao pediatra no caso da moleira não fechar até os 18 meses de vida.
Principais sintomas
Os principais sinais e sintomas de moleira funda são:
- Choro constante ou irritabilidade;
- Pele e mucosas secas;
- Diminuição da produção de lágrimas;
- Diminuição da quantidade de urina, no caso de desidratação;
- Olhos fundos.
Esses sintomas costumam ser indicativos de desidratação, sendo importante que o pediatra seja consultado para que seja identificada a causa e iniciado o melhor tratamento.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico da moleira funda é feito por um pediatra através da realização de exame físico, avaliação dos antecedentes médicos e avaliação do estado geral de saúde.
Além disso, o médico poderá solicitar a análise de sangue para que sejam verificados os eletrólitos, exame de urina ou qualquer outra análise que possa ajudar a confirmar a suspeita.
Marque uma consulta com o pediatra mais próximo para que seja feita uma avaliação mais detalhada do bebê:
Principais causas
As principais causas de moleira funda são:
1. Desidratação
A desidratação é uma das principais causas de moleira funda em bebês e é importante tratá-la o mais rapidamente possível, pois os bebês devido ao seu pequeno tamanho, correm maiores riscos que os adultos. Além da moleira funda, outros sinais de desidratação no bebê incluem pele e lábios secos, fraldas menos molhadas ou secas que o normal, olhos afundados, urina forte e escura, choro sem lágrimas, sonolência, respiração rápida e sede.
O que fazer: Nesses casos é importante adotar alguns cuidados para reidratar o bebê, como amamentar com mais frequência, oferecer mais mamadeira ou oferecer líquidos como água, água de coco, soro caseiro ou soluções para hidratar que se compram na farmácia. Além disso, é importante manter o bebê sempre fresco e longe do sol e do calor. Caso o bebê tenha febre ou a desidratação não passe em 24 horas, é recomendado levar o bebê ao hospital para receber soro pela veia.
Saiba como combater a desidratação nas crianças.
2. Desnutrição
A desnutrição acontece quando o bebê possui alteração no processo de absorção dos nutrientes, o que pode ser devido à alimentação, intolerâncias alimentares ou doenças genéticas, o que, dentre outras situações, pode resultar na moleira funda.
Além da moleira funda e da perda de peso, que é comum em casos de desnutrição, podem ser observados também outros sintomas, como diarreias frequentes, falta de apetite, alterações na cor da pele e no cabelo, crescimento lento e alterações no comportamento, como irritabilidade, ansiedade ou sonolência. Veja como identificar a desnutrição.
O que fazer: É recomendado que o pediatra que acompanha o bebê seja consultado para que seja identificada a gravidade da desnutrição, além de um nutricionista para adequar um plano alimentar com todos os nutrientes necessários. Nos casos mais graves, pode ser necessário que o bebê fique no hospital para receber os alimentos pela veia ou sonda nasogástrica.
3. Diabetes insipidus
A diabetes insipidus também pode causar a moleira funda no bebê e é uma doença que acontece devido a uma alteração no funcionamento dos rins, o que faz com que o bebê urine em maior quantidade e perca muita água, provocando desidratação. Essa doença não é muito comum, mas pode ser genética e, por isso, ser notada logo após o nascimento, podendo também ser desenvolvida ao longo da vida. Conheça mais sobre a diabetes insipidus.
O que fazer: É recomendado que o pediatra seja consultado para que seja feito o diagnóstico da doença e seja iniciado o tratamento rapidamente, que consiste na reidratação do bebê, o que pode ser feito, em alguns casos, por via intravenosa. Além disso, o médico pode indicar alguns medicamentos para reduzir a perda de urina.