Parto na água: o que é, vantagens e dúvidas comuns

O parto normal na água diminui a dor e o tempo do trabalho de parto, mas para um parto seguro, é importante que o parto na água seja combinado entre os pais e o hospital ou clínica onde o bebê irá nascer, meses antes do trabalho de parto começar.

Foto doutora realizando uma consulta
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Algumas opções para conseguir um parto na água são a utilização de uma piscina de plástico ou uma banheira, que deverá ser de responsabilidade do hospital. O local deverá estar devidamente limpo e a água precisará estar em cerca de 36º C durante todo o tempo, para que ao nascer, a temperatura seja confortável para o bebê. 

A principal vantagem do parto na água é a diminuição da dor durante o trabalho de parto e a necessidade de ter que recorrer à cesárea ou até mesmo ao uso de ventosas ou fórceps, promovendo um parto mais natural e menos traumático para a mãe e para o bebê.

Imagem ilustrativa número 1

Principais vantagens do parto na água

As principais vantagens do parto em meio aquático para a mãe incluem:

  • Alívio da dor, aceleração e encurtamento do trabalho de parto;
  • Sensação de leveza dentro da água que permite uma maior movimentação durante o trabalho de parto;
  • Maior sensação de segurança por conseguir controlar quais são as posições mais confortáveis para adotar durante as contrações
  • A água morna promove o relaxamento dos músculos inclusive do períneo, ligamentos e articulações pélvicas, facilitando o parto;
  • Diminuição da sensação de cansaço durante o trabalho de parto porque os músculos do corpo tendem a ficar mais relaxados durante todo o processo;
  • Maior facilidade para se desligar do mundo ao redor, podendo perceber mais facilmente as suas necessidades mais primitivas;
  • Menor inchaço corporal total;
  • Maior satisfação pessoal por participar ativamente do todo trabalho de parto, o que contribui para o 'empoderamento' da mulher, além de maior sensação de bem-estar, auto-estima e relaxamento emocional;
  • Menor risco de depressão pós-parto;
  • Facilitação da amamentação;
  • Diminui a necessidade de analgesia;
  • Menor necessidade de episiotomia e laceração do períneo, e outras intervenções durante o trabalho de parto.

As vantagens para o bebê incluem uma melhor oxigenação do feto durante o trabalho de parto e um nascimento momento menos traumático porque há menos luz artificial e ruídos e geralmente é a própria mãe que o traz à superfície para respirar e certamente será o primeiro rosto que ele verá, aumentando o vínculo entre ele a mãe. 

Quem pode ter um parto na água

Toda mulher que teve uma gestação saudável e de baixo risco, não tendo nenhuma complicação durante a gravidez e que possui um bebê igualmente, saudável, pode optar pelo parto natural, dentro d'água. Assim, é possível ter um parto na água quando a mulher não tem pré-eclampsia, hipertensão, diabetes, parto de gêmeos ou já tenha realizado uma cesária anteriormente.

A mulher pode entrar na água logo no início das contrações porque se o água morna ajuda a acelerar o início do trabalho de parto e a dilatação cervical, indicando em poucos instantes que o bebê realmente está prestes a nascer.

Dúvidas comuns

Algumas dúvidas mais comuns em relação ao parto na água estão respondidas a seguir.

1. O bebê pode se afogar se nascer na água?

Não, o bebê não corre o risco de se afogar porque ele tem um reflexo de afogamento que não permite que ele inspire enquanto não estiver fora da água.

2. O risco de infecção vaginal é maior no parto na água?

Não, porque a água não entra na vagina e além disso a contaminação que poderia acontecer durante os toques vaginais realizados por enfermeiros e parteiros é diminuída porque este tipo de intervenção é muito menor na água.

3. É preciso ficar toda nua dentro da água?

Não necessariamente, porque a mulher pode optar por cobrir os seios, ficando apenas com a parte da cintura para baixo nua. No entanto, após o nascimento o bebê vai querer mamar e já estar com a mama livre, pode ajudar nessa tarefa. Se o seu parceiro quiser entrar na água ele não precisa estar nu.

4. É preciso depilar a região genital antes do parto?

Não é necessário remover completamente os pelos pubianos antes do parto, mas é recomendado que a mulher remova o excesso de pelos na parte da vulva e também entre as pernas.