Pitiríase rósea: o que é, sintomas, causas e tratamento

Pitiríase rósea é uma doença inflamatória da pele, sendo que sua causa não é completamente conhecida, resultando em sintomas como manchas escamosas de coloração vermelha ou rosada, principalmente no tronco.

A pitiríase rósea é mais comum em pessoas dos 10 aos 35 anos e, geralmente, surge uma única vez na vida, na primavera ou no outono, mas existem pessoas que podem apresentar as manchas todos os anos, por volta do mesmo período.

O tratamento da pitiríase rósea, também conhecida como pitiríase rósea de Gilbert, é feito pelo dermatologista com o objetivo de aliviar os sintomas, uma vez que as manchas normalmente desaparecem ao longo do tempo, sem deixar cicatriz.

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Sintomas de pitiríase rósea

Os principais sintomas de pitiríase róseas são:

  • Mancha rosada ou vermelha na pele com tamanho entre 2 a 10 cm;
  • Mancha grande única, também chamada de mancha arauto, placa-mãe ou mancha-mãe, com várias manchas menores em volta;
  • Placas ovais escamosas, enrugadas no centro;
  • Coceira no local das manchas, que pode ser intensa;
  • Mal-estar e perda de apetite.

As lesões na pele causadas pela pitiríase rósea geralmente são simétricas e aparecem no tórax, costas, abdômen, pescoço ou braços, e duram cerca de 6 a 8 semanas.

Geralmente alguns dias antes de surgirem as manchas na pele, a pessoa pode apresentar dor de garganta, febre acima de 38º, problemas gastrointestinais ou dor nas articulações.

Estas alterações da pele devem ser sempre observadas e avaliadas por um dermatologista para identificar o problema correto e iniciar o tratamento adequado, de acordo com cada caso. Confira que outros problemas de pele podem provocar o surgimento de manchas vermelhas.

Pitiríase rósea fase final

A fase final da pitiríase rósea acontece normalmente cerca de 6 a 8 semanas após os início dos sintomas.

Na fase final da pitiríase rósea, as manchas na pele ficam mais claras, esbranquiçadas, ou mais escuras, podendo levar alguns meses para sumirem completamente da pele.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da pitiríase rósea é feito pelo dermatologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exame físico, avaliando as características das manchas na pele, sendo principalmente realizado o exame de dermatoscopia.

Marque uma consulta com um dermatologista na região mais próxima:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Esse exame permite ao médico descartar outras lesões de pele que podem ter algumas características semelhantes, como eritema multiforme, psoríase gutata, líquen plano ou tinea versicolor, por exemplo. Entenda como é feito o exame de dermatoscopia.

Além disso, caso ainda exista dúvida no diagnóstico, o médico pode solicitar uma biópsia da lesão da pele, para ser analisada no laboratório, e assim ser possível confirmar o diagnóstico.

Possíveis causas

A causa exata da pitiríase rósea ainda não é completamente conhecida, mas parece estar relacionada a:

  • Reativação de infecções por vírus, como herpesvirus 6 ou 7;
  • Infecções por bactérias ou espiroquetas;
  • Fatores genéticos ou autoimunes;
  • Uso de remédios, como hidroclorotiazida, captopril, imatinibe ou isotretinoína;
  • Vacinas, como BCG, varíola, H1N1, pneumocócica, COVID-19 ou hepatite B.

A pitiríase rósea é mais comum em mulheres, gestantes ou com idade inferior aos 35 anos, porém, esta doença da pele pode acontecer em qualquer pessoa e em qualquer idade.

Leia também: 10 doenças de pele comuns (e o que fazer) tuasaude.com/doencas-de-pele

Pitiríase rósea estresse

O estresse não causa da pitiríase rósea. No entanto, em algumas pessoas, os sintomas da pitiríase rósea podem surgir após períodos de estresse excessivo.

Algumas hipóteses para isso são que o estresse provoca uma resposta inflamatória no corpo e reduz a ação do sistema imunológico, o que pode causar sintomas mais intensos ou provocar a reativação do herpesvírus tipo 6 ou 7.

Tratamentos para pitiríase rósea

A pitiríase rósea, geralmente, desaparece sozinha após cerca de 6 a 8 semanas.

No entanto, caso exista coceira ou desconforto o dermatologista pode recomendar o tratamento com:

1. Cremes emolientes

Os cremes emolientes podem ser indicados pelo dermatologista para hidratar profundamente a pele, acelerando a cicatrização e acalmando a irritação.

Alguns cremes emolientes que podem ser indicados pelo médico são Mustela ou Noreva, por exemplo.

2. Pomadas corticoides

As pomadas corticoides, como hidrocortisona ou betametasona, podem ser indicadas pelo dermatologista para reduzir a inflamação e inchaço da pele, e aliviar a coceira.

Leia também: Pomadas corticóides: para que servem e quando usar tuasaude.com/locoid-pomada-corticoide

Em casos mais graves, o médico também pode recomendar o uso de corticoides orais.

3. Remédios antialérgicos

Os remédios antialérgicos também podem ser indicados pelo médico principalmente quando a coceira na pele afeta o sono.

Alguns antialérgicos que podem ser indicados pelo médico são hidroxizina ou clorfenamina, por exemplo.

4. Antivirais

Os antivirais, como aciclovir, podem ser indicados caso a pitiríase rósea tenha sido causada pelo vírus da herpes.

Geralmente, os antivirais são utilizados por cerca de 7 dias, acelerando a recuperação e aliviando mais rapidamente os sintomas.

5. Fototerapia

Nos casos em que os sintomas não melhoram como uso de remédios, o médico pode aconselhar o tratamento com fototerapia com raios UVB.

Esse tipo de tratamento é feito expondo a pele afetada em um aparelho, com uma luz especial.

Leia também: Fototerapia: o que é, para que serve e como funciona tuasaude.com/fototerapia

Em algumas pessoas, as manchas podem demorar mais de 2 meses para desaparecer e, normalmente, não deixam qualquer tipo de cicatriz ou mancha na pele.

Autocuidados para pitiríase rósea

Alguns autocuidados são importantes durante o tratamento da pitiríase róseas, como:

  • Aplicar o creme hidratante na pele após o banho e conforme orientado pelo médico;
  • Evitar o uso de sabonetes em barra, dando preferência a sabonetes líquidos ou cremosos, ou óleos para banho;
  • Tomar banhos com água morna, evitando banhos muito quentes;
  • Evitar tomais mais do que 1 banho por dia ou tomar banhos rápidos;
  • Usar roupas largas, de algodão ou respiráveis, para não causar mais irritação na pele;
  • Evitar atividades que possam causar suor excessivo.

Além disso, expor a pele ao sol pode ajudar a acelerar a recuperação, mas deve-se ter cuidado para não ficar muito tempo ao sol para evitar queimaduras ou piora dos sintomas.

Esses autocuidados são importantes para complementar o tratamento indicado pelo dermatologista, acelerando a recuperação e promovendo o alívio dos sintomas.