Pneumopatias são doenças que afetam os pulmões, podendo ser causadas por bactérias ou parasitas, inalação de substâncias tóxicas ou doenças autoimunes, por exemplo.
Os primeiros sintomas de pneumopatia são falta de ar, tosse ou febre, sendo importante consultar um pneumologista ou clínico geral, pois o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para melhorar a qualidade de vida.
O tratamento das pneumopatias depende do tipo de doença e pode envolver o uso de medicamentos, fisioterapia respiratória e/ou, em casos graves, oxigenoterapia ou ventilação mecânica.
Sintomas de pneumopatia
Os principais sintomas de pneumopatia são:
- Febre alta;
- Tosse;
- Dor no peito;
- Falta de ar ou dificuldade para respirar;
- Aumento dos batimentos cardíacos;
- Cansaço;
- Pressão baixa.
No entanto, os sintomas de pneumopatia podem variar de acordo com o tipo e causa da pneumopatia.
Assim, é recomendado consultar o pneumologista ou o clinico geral sempre que surgirem sintomas de pneumopatia, para que seja diagnosticada a doença e iniciado o tratamento mais adequado.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da pneumopatia é feito pelo pneumologista ou clínico geral através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e profissional e exames físico, laboratorial e de imagem.
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Assim, o médico pode solicitar exames como hemograma completo, gasometria arterial, teste do escarro, culturas bacterianas, testes de alergia ou para doenças autoimunes, ou biópsia do pulmão, por exemplo.
Exames como raio X de tórax, tomografia computadorizada, espirometria ou broncoscopia, podem ser solicitados para avaliar os pulmões e a capacidade respiratória.
Possíveis causas
As principais causas de pneumopatia são:
- Infecções por bactérias, vírus, fungos ou parasitas;
- Doenças autoimunes, como sarcoidose, artrite reumatoide ou lúpus;
- inalação de substâncias tóxicas, como amianto, sílica fumaça ou pó de carvão;
- Doenças genéticas, como fibrose cística;
- Câncer de pulmão ou metástases pulmonares.
Além disso, outras causas são alergias, como acontece na asma, ou o uso de remédios, como bleomicina, metotrexato ou amiodarona.
A pneumopatia também pode ser causada por hábito de fumar, traumas no pulmão, embolia pulmonar ou hipertensão pulmonar, por exemplo.
Tipos de pneumopatia
As pneumopatias podem ser classificadas em alguns tipos de acordo com a sua causa, características ou duração dos sintomas em:
1. Pneumopatia intersticial
A pneumopatia intersticial é um grupo de doenças que afetam o tecido mais profundo dos pulmões, conhecido como tecido intersticial.
Esse tipo de pneumopatia provoca cicatrizes irreversíveis nos pulmões, chamada fibrose pulmonar, e o tratamento imediato é essencial para evitar sua evolução. Entenda melhor o que é a fibrose pulmonar.
As principais pneumopatias intersticiais são a pneumoconiose, a pneumonite por hipersensibilidade, a fibrose pulmonar idiopática e a pneumonia intersticial não específica, por exemplo.
2. Pneumopatia infecciosa
A pneumopatia infecciosa é um conjunto de doenças pulmonares causadas por infecções por bactérias, vírus, fungos ou parasitas.
As pneumopatias infecciosas mais comuns são a pneumonia, geralmente causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae, a bronquiolite, causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a gripe, causada pelo vírus Influenza.
Além disso, alguns parasitas intestinais, como Taenia solium ou Ancylostoma sp. podem migrar do intestino para os pulmões por meio da corrente sanguínea, causando a pneumonia parasitária.
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A pneumopatia crônica é um grupo de doenças pulmonares e respiratórias que causam sintomas por mais de três meses, e não podem ser curadas, mesmo quando tratadas adequadamente.
Algumas pneumopatias crônicas são asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou bronquiectasia, por exemplo.
Leia também: Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): o que é, sintomas e tratamento tuasaude.com/doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica-dpoc4. Pneumopatia ocupacional
A pneumopatia ocupacional, também conhecida como pneumoconiose, refere-se a condições pulmonares causadas pela exposição prolongada a partículas no ambiente de trabalho.
Essas partículas podem incluir poeira de carvão, amianto ou sílica cristalina, que são inaladas durante as atividades ocupacionais e afetam a saúde dos pulmões ao longo do tempo.
Leia também: Pneumoconiose: o que é, sintomas, tipos e tratamento tuasaude.com/pneumoconiose5. Pneumopatia aguda pós-traumática
A pneumopatia aguda pós-traumática surge após um traumatismo ou pancada intenso na região do tórax.
Algumas causas de pneumopatia aguda pós-traumática são contusão pulmonar, barotrauma ou embolia gordurosa, por exemplo.
Como é feito o tratamento
O tratamento da pneumopatia deve ser feito com orientação do pneumologista ou clínico geral de acordo com os sintomas e o tipo de doença.
Os principais tratamentos para pneumopatia são:
1. Remédios para pneumopatia
Os principais remédios para pneumopatia são:
- Antibióticos, antiparasitários ou antifúngicos, para pneumopatia infecciosa, de acordo com o microrganismo;
- Corticoides para reduzir a inflamação nos pulmões;
- Broncodilatadores para ajudar a abrir as vias aéreas e melhorar a respiração;
- Imunossupressores ou terapia biológica, para pneumopatia causada por doenças autoimunes.
O uso de remédios deve ser indicado pelo médico de acordo com o tipo de pneumopatia e gravidade dos sintomas.
2. Oxigenoterapia
Nas pneumopatias mais graves, como DPOC, asma crônica ou COVID-19, pode ser necessária a hospitalização para fazer a oxigenoterapia.
Leia também: Oxigenoterapia: o que é, tipos, para que serve e cuidados tuasaude.com/oxigenoterapiaEm alguns casos, também pode ser necessária a ventilação mecânica. Veja como é feita a ventilação mecânica.
3. Fisioterapia respiratória
Após a melhora dos sintomas, o médico pode recomendar a reabilitação pulmonar com um fisioterapeuta, especialmente no caso de doenças crônicas.
Esse tratamento ajuda a melhorar a qualidade de vida da pessoa por meio de exercícios e técnicas de respiração, o que ajuda a aumentar a resistência e a eficiência dos pulmões. Veja como é realizada a fisioterapia respiratória.
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A cirurgia pode ser indicada pelo pneumologista em alguns casos pneumopatia, como DPOC muito grave ou câncer de pulmão, por exemplo.
Essa cirurgia é feita para retirar pequenas partes do pulmão danificado ou o tumor, permitindo que as partes saudáveis possam se expandir, facilitando a respiração e melhorando a qualidade de vida.
5. Transplante de pulmão
O transplante de pulmão pode ser indicado nos casos de DPOC grave, sarcoidose, fibrose cística, fibrose pulmonar, bronquiectasia grave ou hipertensão pulmonar, por exemplo.
Geralmente, transplante de pulmão é indicado quando outras opções de tratamento não são eficazes para controlar os sintomas da pneumopatia, pois permite melhorar a capacidade de respirar e de ser mais ativo.
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