Pontadas na vagina: 8 causas comuns (e o que fazer)

Atualizado em julho 2023

As pontadas na vagina podem ser causadas por realização de determinados exercícios físicos em excesso, gravidez, vaginismo, varizes na vulva ou até infecções sexualmente transmissíveis.

Dependendo da sua causa, as fisgadas ou pontadas na vagina podem estar acompanhadas de outros sintomas, como sangramento vaginal fora do período menstrual, inchaço, corrimento, dor durante ou após as relações sexuais, por exemplo.

Em todos os casos, deve-se consultar o ginecologista para realização de exames ginecológicos, de forma a identificar a causa das pontadas ou fisgadas na vagina, e assim ser indicado o tratamento mais adequado, se necessário.

Imagem ilustrativa número 1

Principais causas

As principais causas de pontadas na vagina são:

1. Gravidez

No último trimestre da gravidez, após a 27ª semana de gestação, o bebê ganha bastante peso, assim como ocorre o aumento do volume de líquido circulante e isto gera uma pressão e redução do fluxo sanguíneo na região da vagina.

Por causa disso, é comum que mulheres grávidas sintam pontadas e inchaço na vagina, além de sensação de queimação na região.

O que fazer: esta situação é comum no final da gravidez, porém se junto com as pontadas na vagina surgir algum tipo de sangramento é importante consultar o obstetra para avaliar os sintomas e iniciar o tratamento mais adequado.

Se as pontadas forem apenas por causa do peso do bebê pode-se colocar uma compressa fria na região da vagina para aliviar a dor. Também é importante evitar ficar muito tempo em pé e manter-se em repouso, pois isto também ajuda a diminuir os sintomas.

2. Exercícios físicos

Alguns tipos de exercícios físicos podem levar ao aparecimento de pontadas na vagina, principalmente aqueles em que são necessários pegar peso, fazer agachamentos e que exigem muitos esforços dos músculos pélvicos, como a elevação pélvica com bola. 

A realização de hipismo ou equitação, que são atividades que requerem que uma pessoa monte em um cavalo e a prática de ciclismo também podem causar pontadas na região da vagina, por causa da pressão que esses exercícios fazem na região vulvar.

O que fazer: as pontadas na vagina causadas pela realização de exercícios físicos podem ser aliviadas com repouso e aplicação de compressa fria no local. Também é importante usar roupas de algodão e menos apertadas para não piorar os sintomas.

3. Vulvodínia

A vulvodínia, também chamada de vestibulite vulvar, é caracterizada pelo aumento da sensibilidade dos nervos da região por pelo menos três meses, levando ao aparecimento de desconforto, dor, ardor, irritação e pontadas neste local.

Estes sintomas surgem simplesmente ao tocar partes internas ou externas da vulva e, por isso, as mulheres com vulvodínia sentem pontadas, fisgadas e dor durante ou após as relações sexuais, durante a inserção de absorventes internos, ao usarem roupas muito apertadas.

As fisgadas ou pontadas na vagina também podem surgir durante exames ginecológicos, ao andar de bicicleta ou até mesmo por ficar muito tempo sentada.

O que fazer: o tratamento para vulvodínia é indicado por um ginecologista em conjunto com outros especialistas como neurologista e dermatologista, pois nem sempre se sabe a causa exata e é necessário uma investigação mais ampla.

No entanto, o tratamento consiste geralmente no uso de medicamentos para tomar ou pomadas para aliviar a dor, assim como exercícios do assoalho pélvico e neuroestimulação elétrica transcutânea, também chamado de TENS, que devem ser orientados por um fisioterapeuta.

4. Infecções sexualmente transmissíveis

As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como a clamídia ou a gonorreia, são doenças provocadas por microrganismos que são transmitidos pelo contato íntimo desprotegido.

Essas infecções podem levar ao surgimento de vários sintomas, como corrimento amarelado ou esverdeado, ardor, queimação, inchaço, dor e pontadas ou fisgadas na vagina.

Quando essas infecções não são tratada, o microorganismo pode permanecer do sistema genital da mulher e causar a inflamação da região pélvica, caracterizando a doença inflamatória pélvica (DIP).

O que fazer: deve-se consultar um ginecologista para fazer exames e confirmar o diagnóstico do tipo de IST, para que seja indicado o tratamento de acordo com a infecção identificada, que pode ser feito com medicamentos antibióticos. No entanto, essas infecções podem ser evitadas com uso de preservativo, seja o masculino quanto o feminino.

Veja mais formas de prevenir e tratar as infecções sexualmente transmissíveis:

5. Herpes genital

A herpes genital é um tipo de infecção sexualmente transmissível, causada pelo vírus Herpes simplex, que pode ser transmitido através do contato com as bolhas do parceiro ou parceira por meio da relação sexual desprotegida. 

A infecção por esse vírus pode levar ao surgimento de pontadas, fisgadas ou sensação de agulhadas na vagina alguns dias antes de aparecerem as bolhas na na vagina ou vulva, que coçam e doem e podem se romper e formar feridas. 

O que fazer: o tratamento da herpes genital é feito com o uso de remédios antivirais receitados pelo ginecologista, como aciclovir, valaciclovir ou fanciclovir, durante cerca de 7 dias, pois evitam a multiplicação do vírus, permitindo a cicatrização da pele, além de evitar controlar o aparecimento de outras bolhas e feridas. Saiba mais como é feito o tratamento da herpes genital.  

6. Vaginismo

O vaginismo é uma condição que acontece por causa de contrações involuntárias dos músculos da região pélvica e vagina, levando à dificuldade da mulher em manter relações sexuais, pois provocam dor intensa e pontadas no canal vaginal.

Geralmente, o vaginismo está relacionado à problemas psicológicos, como aversão sexual, porém também pode surgir devido partos complicados, cirurgias e fibromialgia.

O que fazer: após o diagnóstico ser confirmado por um ginecologista, o tratamento indicado pode ser baseado no uso de medicamentos para reduzir os espasmos musculares da vagina, uso de dilatadores, técnicas de relaxamento e psicoterapia. Veja melhor como é feito o tratamento para o vaginismo.

7. Varizes na vulva

As varizes na vulva, conhecidas também por varicosidade vulvar, se caracteriza pela presença de veias dilatadas nas regiões dos grandes e pequenos lábios, que pode surgir devido ao aumento da pressão provocada pelo peso do bebê durante a gravidez, à trombose venosa de outras partes do corpo e à vulvodínia. 

Nem sempre as varizes na vulva causam sintomas, sendo visível apenas as veias mais grossas na vagina, porém em algumas mulheres podem aparecer queimação, dor e pontadas na vagina ou fisgadas na parte interna da coxa, que piora ao ficar muito tempo em pé, durante a menstruação ou após uma relação íntima. 

As mulheres com varizes na vulva, também podem apresentar outros problemas de saúde como endometriose, miomas, prolapso uterino ou incontinência urinária, por isso o diagnóstico deve ser feito por um ginecologista após a realização de exames.

O que fazer: o tratamento para varizes na vulva inclui o uso de medicamentos para aliviar a dor e reduzir os trombos de sangue e anticoncepcionais, para regular os hormônios femininos. Dependendo da gravidade desta condição, também pode ser recomendado pelo médico a embolização das varizes ou cirurgia para remover as veias atingidas.

8. Cisto de Bartholin

As pontadas na vagina podem surgir por causa de cistos na glândula de Bartholin, que é responsável pela lubrificação do canal da vagina durante o contato íntimo.

Os cistos obstruem essa glândula e isto faz com não haja lubrificação na vagina, causando dor, fisgadas ou pontadas na vagina durante e depois das relações sexuais.

Os cistos de Bartholin são tumores benignos e podem também levar ao aparecimento de abscesso, que são caroços com pus, e por isso é recomendado procurar atendimento de um ginecologista para fazer o diagnóstico e indicar o tratamento mais apropriado. Conheça as causas dos cistos de Bartholin.

O que fazer: o tratamento é indicado pelo ginecologista e depende do tamanho dos cistos de Bartholin identificados, porém pode ser recomendado o uso de antibióticos, se houver infecção associada, drenagem, cauterização ou remoção cirúrgica do cisto.

Quando ir ao médico

É importante consultar o ginecologista quando além das pontadas ou fisgadas na vagina surgirem outros sintomas como:

  • Dor e ardência para urinar;
  • Sangramento fora do período menstrual;
  • Febre;
  • Corrimento esverdeado ou amarelado;
  • Coceira vaginal;
  • Presença de bolhas na vagina.

Estes sintomas podem indicar outras doenças, como por exemplo herpes genital, infecção urinária e vulvovaginites e são condições que, muitas vezes, são transmitidas sexualmente e por isso é importante ter o hábito de usar camisinha. Confira o que são vulvovaginites e qual o tratamento.

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