Psicose: o que é, sintomas, causas e tratamento

Psicose é a perda de contato com a realidade, resultando em sintomas de surto psicótico, como confusão mental, alucinações ou delírios e dificuldade de entender o que é real e o que é imaginário, por exemplo.

A psicose é considerada um sintoma e geralmente surge em jovens ou adolescentes e pode ser passageira, sendo chamada de perturbação psicótica breve, ou estar relacionada a doenças psiquiátricas, como transtorno bipolar, esquizofrenia, ou depressão, sendo comum também em usuários de drogas.

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O tratamento da psicose é feito pelo psiquiatra e normalmente envolve a psicoterapia e/ou uso de remédios antipsicóticos e estabilizadores do humor. Em alguns casos, pode ser necessário internamento hospitalar.

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Sintomas de psicose

Os principais sintomas de psicose são:

  • Delírios ou alucinações;
  • Ouvir vozes ou ver coisas que não são reais ou estão distorcidas;
  • Sentir cheiros ou sabores que não estão lá;
  • Dificuldade de organizar os pensamentos e de pensar com clareza;
  • Confusão mental;
  • Agitação, impulsividade, agressividade ou autoagressão;
  • Catatonia, onde a pessoa fica imóvel ou rígida, com falta de resposta verbal, parecendo estar "congelada".

Além disso, a pessoa com psicose pode ter uma visão grandiosa e magnífica de si mesmo, mas que não são reais, como ser um Deus ou estar em uma missão especial, por exemplo.

Outros sintomas de psicose são sensação de que outras pessoas estão controlando seus pensamentos ou ações ou delírio erotomaníaco, em que a pessoa acredita que os outros estão apaixonados por ele.

Psicose infantil

Os principais sintomas de psicose infantil são:

  • Diminuição do rendimento escolar;
  • Falar ou rir sem motivo aparente;
  • Não querer brincar com outras crianças;
  • Desconfiança de outras pessoas;
  • Atraso mental ou na fala.

Além disso, a criança pode apresentar irritabilidade, agitação, agressividade, humor depressivo ou perda de interesse ou de motivação.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da psicose é feito pelo psiquiatra através da avaliação dos sintomas, assim como quando se iniciaram e sua gravidade, e observação do comportamento, humor, fala e processamento do pensamento da pessoa.

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O médico também deve buscar informações sobre histórico de saúde e de doenças psiquiátricas, uso de medicamentos ou drogas, histórico social e de traumas emocionais, físicos ou sexuais, e informações obtidas de familiares e amigos.

Para descartar condições que podem ter sintomas semelhantes e/ou identificar a causa da psicose, o médico pode solicitar exames como hemograma, painel metabólico, provas de função hepática, hormônios da tireoide, exame de urina, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, por exemplo.

Possíveis causas

As principais causas da psicose são:

  • Histórico familiar de psicose, especialmente em pais ou irmãos;
  • Transtornos psiquiátricos, como esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão profunda ou transtornos psicóticos;
  • Doenças que afetam o sistema nervoso central, como demência, Alzheimer ou Parkinson;
  • Trauma emocional, físico ou sexual;
  • Momento de grande stress;
  • Tumor cerebral, traumas ou infecções no cérebro.

Além disso, a psicose também pode ser causada por uso de drogas, álcool, substâncias alucinógenas ou remédios, como barbitúricos ou benzodiazepínicos, síndrome de abstinência alcoólica ou intoxicação por chumbo, mercúrio ou arsênico, por exemplo.

Psicose puerperal

A psicose puerperal, ou psicose pós-parto, é rara e pode ser causada pela depressão pós-parto, devido as alterações hormonais que a mulher apresenta neste período, resultando em agitação, inquietação, delírios ou alucinações. Veja todos os sintomas da psicose pós-parto.

Leia também: Depressão pós-parto: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/sintomas-de-depressao-pos-parto

Como é feito o tratamento

Conforme a causa e a gravidade dos sintomas, os tratamentos da psicose são:

1. Uso de remédios

Os remédios para psicose podem ser indicados pelo psiquiatra para ajudar a controlar as crises de surto psicótico e os sintomas.

Os principais remédios que podem ser indicados pelo médico são:

  • Antipsicóticos, como clorpromazina, tioridazina ou clozapina;
  • Estabilizadores do humor, como lítio, carbamazepina ou ácido valproico;
  • Benzodiazepínicos, como lorazepam, para os sintomas de catatonia.

Além disso, no caso de uma psicose no pós-parto, o médico também pode prescrever medicamentos, e quando a psicose coloca a vida do bebê em risco a mãe pode ser afastada deste, sendo necessário até mesmo o internamento hospitalar.

Geralmente, após o tratamento os sintomas desaparecem e a mulher volta ao normal, mas existe o risco dela ter uma novo quadro psicótico num outro pós-parto.

2. Internamento hospitalar

O internamento hospitalar pode ser indicado pelo médico nos casos de crises psicóticas, ou quando a pessoa apresenta agitação ou agressividade, ue pode colocar a própria vida ou a vida de outras pessoas em perigo.

Esse internamento tem como objetivo aplicar medicamentos na veia e controlar o surto psicótico.

O internamento pode demorar de 1 a 2 meses até que a pessoa esteja melhor e possa receber alta devendo manter o uso de remédios indicados pelo médico.

3. Terapia cognitivo-comportamental

A terapia cognitivo-comportamental tem como objetivo instruir a pessoa e os familiares sobre as manifestações do surto psicótico e desenvolver ferramentas para enfrentar os momentos em que surgem os sintomas, proporcionando um ambiente seguro e terapêutico para a pessoa.

Esse tipo de terapia deve ser feito com orientação do psicólogo para complementar o tratamento com remédios, e também devem incluir técnicas de reabilitação e reintegração da pessoa ao convívio social.

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