Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI): sintomas, causas e tratamento

Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) é uma doença autoimune que causa sintomas, como manchas roxas na pele em vários locais do corpo, sangramentos fáceis ou sangue na urina ou fezes.

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Essa condição, também chamada de trombocitopenia imune, é causada por uma diminuição acentuada do número de plaquetas no sangue, responsáveis pela coagulação sanguínea, devido a uma destruição das plaquetas pelo sistema imunológico.

Leia também: Trombocitopenia: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/trombocitopenia

O tratamento da púrpura trombocitopênica idiopática é feito pelo hematologista e depende do número total de plaquetas e dos sintomas apresentados, podendo ser indicados cuidados para evitar hemorragias, uso de remédios ou cirurgia.

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Sintomas de púrpura trombocitopênica idiopática

Os principais sintomas de púrpura trombocitopênica idiopática são:

  • Facilidade para ficar com manchas roxas no corpo;
  • Pequenos pontos vermelhos na pele que parecem um sangramento por baixo da pele;
  • Sangramento pela gengivas ou nariz;
  • Inchaço das pernas;
  • Sangue na urina ou fezes;
  • Fluxo menstrual aumentado.

No entanto, também existem muitos casos em que a púrpura não causa qualquer tipo de sintomas, sendo que a pessoa é diagnosticada com a doença apenas porque apresenta uma quantidade de plaquetas no sangue inferior a 100.000/mm³. Veja mais sobre a púrpura.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da PTI é feito pelo hematologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exames físico e laboratoriais.

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Exames para púrpura trombocitopênica idiopática

Os principais exames para diagnosticar a púrpura trombocitopênica idiopática são:

  • Hemograma completo, com plaquetas e contagem de reticulócitos;
  • Esfregaço de sangue periférico;
  • Tempo de protrombina (TP) e tromboplastina parcial ativada (TTPA);
  • Tipagem sanguínea ABO e Rh, principalmente se precisar de transfusão de sangue.

Geralmente, no caso de PTI, o nível de plaquetas no hemograma estão abaixo de 100.000/μL, sendo na maioria dos casos a única alteração detectada nesse exame.

Em alguns casos, o médico também pode solicitar uma biópsia da medula óssea. Saiba como é feita a biópsia de medula óssea.

Possíveis causas

A púrpura trombocitopênica idiopática é uma doença autoimune em que o sistema imunológico reage contra as plaquetas, atacando e destruindo estas células como se fossem estranhas ao organismo, o que leva ao aparecimento dos sintomas.

Ainda não é conhecida a razão exata porque isso acontece e, por isso, a doença é chamada de idiopática.

No entanto, existem alguns fatores que parecem aumentar o risco de desenvolver a doença, como ser do gênero feminino e/ou ter tido alguma infecção viral recente, como caxumba ou sarampo.

Embora apareça mais frequentemente em crianças, a púrpura trombocitopênica idiopática pode surgir em qualquer idade, mesmo que não existam outros casos na família.

Como é feito o tratamento

O tratamento para púrpura trombocitopênica idiopática deve ser feito com orientação do hematologista e varia com a gravidade dos sintomas e número de plaquetas no sangue.

Os principais tratamentos para púrpura trombocitopênica idiopática são:

1. Vigilância ativa

A vigilância ativa é o acompanhamento médico regular, com realização de exames de sangue frequentes para avaliar o número de plaquetas.

Esse acompanhamento médico regular normalmente é indicado para adultos com pelo menos 30.000/μL de plaquetas, que não apresentam sintomas da PTI ou têm apenas pequenos sangramentos.

Nesses casos, o médico pode aconselhar apenas ter cuidado para evitar pancadas e feridas.

2. Uso de remédios

Nos casos em que existem sintomas de PTI ou se o número de plaquetas estiver muito reduzido, o médico pode indicar o uso de remédios.

Os principais remédios para púrpura trombocitopênica idiopática são:

  • Corticoides, como a prednisona, pois diminuem o funcionamento do sistema imune, reduzindo assim a destruição das plaquetas no organismo;
  • Injeções de imunoglobulinas, pois levam ao aumento rápido de plaquetas no sangue e geralmente o efeito dura por 2 semanas;
  • Fatores de crescimento hematopoietico, como romiplostim ou eltrombopag, pois levam a medula óssea a produzir mais plaquetas.

Além disso, pessoas com este tipo de doença devem também evitar usar remédios que afetam o funcionamento das plaquetas como a ácido acetilsalicílico ou o ibuprofeno, pelo menos sem supervisão de um médico.

3. Internamento hospitalar

O internamento hospitalar pode ser indicado pelo médico para crianças ou adultos com 20.000/μL ou menos de plaquetas no sangue, com sangramento leve ou ausente.

Nesses casos, o tratamento é feito com uso de remédios e/ou transfusão de plasma rico em plaquetas.

Leia também: Plasma rico em plaquetas (PRP): o que é, para que serve e como é feito tuasaude.com/plasma-rico-em-plaquetas

4. Cirurgia

Nos casos mais graves de púrpura trombocitopênica idiopática, quando a doença não melhora com os remédios indicados pelo médico, pode ser necessário fazer uma cirurgia para remover o baço, chamada esplenectomia.

Isso porque o baço é um dos órgãos que produz mais anticorpos capazes de destruir as plaquetas.

Leia também: Esplenectomia: o que é, quando fazer, riscos e recuperação tuasaude.com/esplenectomia

Púrpura trombocitopênica idiopática tem cura?

A púrpura trombocitopênica idiopática não tem cura, no entanto, a destruição das plaquetas pode ser controlada através do tratamento indicado pelo hematologista.

Além disso, quando necessário, as plaquetas podem ser repostas através da transfusão de sangue, e evitar complicações, como a hemorragia intracraniana.