Ooforectomia é a cirurgia para remoção de um ou dos dois ovários, indicada quando há risco de câncer de ovário, ou para o tratamento de abscesso no ovário, cistos ou torção ovariana.
Essa cirurgia é feita com anestesia, normalmente por videolaparoscopia, no entanto, em alguns casos pode ser feita através da cirurgia convencional, com um corte na barriga, sendo chamada de laparotomia.
A ooforectomia é feita pelo ginecologista, sendo oferecida gratuitamente pelo SUS, desde que tenha indicação médica, ou pode ser feita em clínicas ou hospitais particulares.

Quando é indicada
A ooforectomia é indicada para o tratamento de:
- Câncer de ovário;
- Abscesso tubo-ovariano;
- Endometriose no ovário ou endometrioma;
- Cistos ou tumores benignos no ovário;
- Teratoma de ovário;
- Torção do ovário;
- Necrose no ovário;
- Criopreservação de tecido ovariano.
Além disso, o ginecologista pode indicar a realização da ooforectomia profilática, que é feita com o objetivo de prevenir o desenvolvimento de câncer de ovário.
Essa indicação é feita principalmente para mulheres com histórico familiar de câncer de ovário ou com mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2.
Como se preparar
Para se preparar para a ooforectomia o médico irá solicitar exames de risco cirúrgico e exames de sangue para avaliar o estado de saúde geral. Saiba como é feito o risco cirúrgico.
Além disso, é importante esclarecer com o médico todas as dúvidas sobre a cirurgia e a recuperação.
Também deve-se informar todos os medicamentos e suplementos nutricionais que toma com frequência, e se tem alguma alergia ou outro problema de saúde.
Antes de realizar a cirurgia é indicado fazer jejum por cerca de 8 horas e que tenha uma alimentação leve e líquida.
Como é feita
A ooforectomia é feita pelo cirurgião ginecológico, no hospital, sob anestesia geral.
Para realizar a ooforectomia por videolaparoscopia, também chamada ooforectomia laparoscópica, o médico deve seguir alguns passos:
- Limpar a pele abdominal com um antisséptico;
- Fazer três pequenos cortes na região do abdome, para introduzir a microcâmara e os instrumentos cirúrgicos;
- Introduzir gás carbônico dentro da cavidade abdominal, para fornecer um espaço para o médico visualizar o local cirúrgico e manipular os instrumentos;
- Introduzir um tubo fino com uma microcâmera de vídeo conectada, para visualizar os ovários e órgãos pélvicos, através de imagens no computador;
- Realizar a retirada de um ou dos dois ovários;
- Fechar os cortes e fazer curativo no local.
Outra forma de realizar a cirurgia de ooforectomia é a través da laparoscopia, em que é feito um corte maior na região abdominal.
No entanto, geralmente é feita a videolaparoscopia, pois tem uma recuperação mais rápida e o risco de sangramento após o procedimento é menor.
Tipos de ooforectomia
Os principais tipos de ooforectomia são:
O tipo de ooforectomia deve ser indicado pelo ginecologista de acordo com a condição a ser tratada, de forma individualizada.
Como é a recuperação
Quando apenas um dos ovários é retirado, normalmente não há muitos impactos a curto e médio prazo, isso porque o outro ovário encarrega-se da produção dos hormônios.
No entanto, é importante que a mulher continue sendo acompanhada pelo médico para avaliar os níveis hormonais.
Por outro lado, quando a mulher é submetida a uma ooforectomia bilateral, a mulher entra em menopausa, pois os ovários são responsáveis pela produção de estrogênio.
Os benefícios e riscos da cirurgia para retirada dos ovários devem ser discutidos com o ginecologista.
Desta forma, é possível encontrar a melhor opção de tratamento, especialmente em mulheres que ainda não entraram na menopausa ou que desejam engravidar.
Possíveis riscos da cirurgia
Os principais riscos da cirurgia de ooforectomia são:
- Infecção no local da cicatriz;
- Sangramentos;
- Lesão em vasos sanguíneos ou nervos;
- Lesão no ureter;
- Formação de coágulos sanguíneos;
- Ruptura do tumor e espalhamento de células cancerígenas;
- Reação alérgica à anestesia;
- Infertilidade, especialmente quando são removidos os dois ovários.
Além disso, em alguns casos pode ocorrer uma condição chamada síndrome do ovário remanescente, causando dor pélvica.
Isso ocorre devido a remoção incompleta do tecido ovariano, pela presença de aderências no ovário, sangramento intenso durante a cirurgia ou até mesmo pela técnica cirúrgica utilizada.