Ooforectomia: o que é, quando é indicada e como é feita

Ooforectomia é a cirurgia para remoção de um ou dos dois ovários, indicada quando há risco de câncer de ovário, ou para o tratamento de abscesso no ovário, cistos ou torção ovariana.

Essa cirurgia é feita com anestesia, normalmente por videolaparoscopia, no entanto, em alguns casos pode ser feita através da cirurgia convencional, com um corte na barriga, sendo chamada de laparotomia.

A ooforectomia é feita pelo ginecologista, sendo oferecida gratuitamente pelo SUS, desde que tenha indicação médica, ou pode ser feita em clínicas ou hospitais particulares.

Imagem ilustrativa número 1

Quando é indicada

A ooforectomia é indicada para o tratamento de:

  • Câncer de ovário;
  • Abscesso tubo-ovariano;
  • Endometriose no ovário ou endometrioma;
  • Cistos ou tumores benignos no ovário;
  • Teratoma de ovário;
  • Torção do ovário;
  • Necrose no ovário;
  • Criopreservação de tecido ovariano.

Além disso, o ginecologista pode indicar a realização da ooforectomia profilática, que é feita com o objetivo de prevenir o desenvolvimento de câncer de ovário.

Essa indicação é feita principalmente para mulheres com histórico familiar de câncer de ovário ou com mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2.

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Como se preparar

Para se preparar para a ooforectomia o médico irá solicitar exames de risco cirúrgico e exames de sangue para avaliar o estado de saúde geral. Saiba como é feito o risco cirúrgico.

Além disso, é importante esclarecer com o médico todas as dúvidas sobre a cirurgia e a recuperação.

Também deve-se informar todos os medicamentos e suplementos nutricionais que toma com frequência, e se tem alguma alergia ou outro problema de saúde.

Antes de realizar a cirurgia é indicado fazer jejum por cerca de 8 horas e que tenha uma alimentação leve e líquida.

Como é feita

A ooforectomia é feita pelo cirurgião ginecológico, no hospital, sob anestesia geral. 

Para realizar a ooforectomia por videolaparoscopia, também chamada ooforectomia laparoscópica, o médico deve seguir alguns passos:

  1. Limpar a pele abdominal com um antisséptico;
  2. Fazer três pequenos cortes na região do abdome, para introduzir a microcâmara e os instrumentos cirúrgicos;
  3. Introduzir gás carbônico dentro da cavidade abdominal, para fornecer um espaço para o médico visualizar o local cirúrgico e manipular os instrumentos;
  4. Introduzir um tubo fino com uma microcâmera de vídeo conectada, para visualizar os ovários e órgãos pélvicos, através de imagens no computador;
  5. Realizar a retirada de um ou dos dois ovários;
  6. Fechar os cortes e fazer curativo no local.

Outra forma de realizar a cirurgia de ooforectomia é a través da laparoscopia, em que é feito um corte maior na região abdominal.

No entanto, geralmente é feita a videolaparoscopia, pois tem uma recuperação mais rápida e o risco de sangramento após o procedimento é menor.

Tipos de ooforectomia

Os principais tipos de ooforectomia são:

Tipo de ooforectomia Características da cirurgia
Ooforectomia unilateral É removido apenas um ovário.
Ooforectomia bilateral Os dois ovários são removidos.
Salpingo-ooforectomia Além do ovário, é removido também a tuba uterina, podendo ser unilateral ou bilateral.
Histerectomia com salpingo-ooforectomia É removido um ou os dois ovários, a tuba uterina e o útero.

O tipo de ooforectomia deve ser indicado pelo ginecologista de acordo com a condição a ser tratada, de forma individualizada.

Como é a recuperação

Quando apenas um dos ovários é retirado, normalmente não há muitos impactos a curto e médio prazo, isso porque o outro ovário encarrega-se da produção dos hormônios.

No entanto, é importante que a mulher continue sendo acompanhada pelo médico para avaliar os níveis hormonais.

Por outro lado, quando a mulher é submetida a uma ooforectomia bilateral, a mulher entra em menopausa, pois os ovários são responsáveis pela produção de estrogênio.

Os benefícios e riscos da cirurgia para retirada dos ovários devem ser discutidos com o ginecologista.

Desta forma, é possível encontrar a melhor opção de tratamento, especialmente em mulheres que ainda não entraram na menopausa ou que desejam engravidar.

Possíveis riscos da cirurgia

Os principais riscos da cirurgia de ooforectomia são:

  • Infecção no local da cicatriz;
  • Sangramentos;
  • Lesão em vasos sanguíneos ou nervos;
  • Lesão no ureter;
  • Formação de coágulos sanguíneos;
  • Ruptura do tumor e espalhamento de células cancerígenas;
  • Reação alérgica à anestesia;
  • Infertilidade, especialmente quando são removidos os dois ovários.

Além disso, em alguns casos pode ocorrer uma condição chamada síndrome do ovário remanescente, causando dor pélvica.

Isso ocorre devido a remoção incompleta do tecido ovariano, pela presença de aderências no ovário, sangramento intenso durante a cirurgia ou até mesmo pela técnica cirúrgica utilizada.