A cirurgia para estrabismo pode ser feita em crianças ou adultos, mas normalmente não é a primeira solução para corrigir o problema, pois existem outros tratamentos, como o uso de óculos de correção, exercícios oculares ou o tampão ocular, que podem ajudar a obter os mesmos resultados, sem que seja necessário fazer cirurgia.
Porém, nos casos de estrabismo constante na infância, a cirurgia é sempre recomendada para evitar que a criança desenvolva um problema de profundidade na visão, também conhecido como cegueira estéreo, onde a pessoa não consegue enxergar a profundidade.
É sempre importante consultar um oftalmologista para avaliar o tipo de estrabismo e quais as consequências que pode provocar, optando pela melhor forma de tratamento.
Como é feita a cirurgia
A cirurgia para estrabismo normalmente é feita no bloco cirúrgico sob anestesia geral para permitir que o médico seja capaz de fazer pequenos cortes nos músculos do olho para equilibrar as forças e alinhar o olho.
Geralmente a cirurgia não deixa qualquer tipo de cicatriz, uma vez que não é preciso fazer cortes na pele ou retirar o olho. Além disso, caso o médico utilize uma sutura ajustável, pode ser necessário repetir a cirurgia após alguns dias para alinhar completamente o olho.
Recuperação no pós-operatório da cirurgia
O pós-operatório da cirurgia para estrabismo é rápido e, normalmente, a vermelhidão e o desconforto, comuns da cirurgia, desaparecem entre 3 dias a 1 semana.
Após a cirurgia, os cuidados mais importantes incluem:
- Evitar conduzir no dia após a cirurgia;
- Voltar ao trabalho ou escola apenas 2 dias após a cirurgia;
- Usar os colírios prescritos;
- Tomar os remédios prescritos pelo médico que podem incluir analgésicos ou antibióticos.
É também importante evitar nadar durante duas semanas, para evitar que água contaminada por bactérias possa entrar no olho e prejudicar a recuperação.
Possíveis riscos da cirurgia
A cirurgia para corrigir o estrabismo é bastante segura, no entanto, como qualquer outra cirurgia pode ter alguns riscos como surgimento de visão dupla, infecção do olho, sangramento ou diminuição da capacidade de enxergar. Estes riscos podem ser praticamente eliminados caso todas as indicações do médico, após a cirurgia, sejam seguidas.