Queilite actínica: o que é, sintomas, causas e tratamento

Queilite actínica é uma lesão pré-cancerígena que normalmente afeta o lábio inferior podendo ser percebida através de sintomas como ressecamento, aspereza, estrias finas ou rachaduras nos lábios.

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Essas lesões são causadas pela exposição frequente ou prolongada aos raios UV do sol, afetando principalmente homens, pessoas de pele mais clara ou que trabalham ao ar livre sob o sol.

O tratamento da queilite actínica é feito pelo dermatologista, que pode indicar o uso de pomadas, como retinoides, imiquimode ou 5-fluorouracil, além de ablação a laser, crioterapia ou cirurgia, com o objetivo de evitar que as lesões se transformem em câncer.

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Sintomas de queilite actínica

Os principais sintomas de queilite actínica são:

  • Ressecamento ou rachaduras nos lábios;
  • Lábios ásperos, com dá sensação de lixa;
  • Descamação e estrias finas;
  • Lesões ou placas brancas persistentes nos lábios;
  • Limite indefinido entre o lábio e a pele.

Além disso, a placa nos lábios pode se tornar endurecida, escamosa e formar feridas ou úlceras nos lábios.

A queilite actínica afeta principalmente o lábio inferior e nem sempre apresenta sintomas iniciais, no entanto, pode causar sensação de queimação, dormência ou dor nos lábios.

Ao surgirem sintomas de queilite actínica, deve-se consultar o dermatologista para que seja diagnosticada e iniciado o tratamento mais adequado, uma vez que as lesões têm potencial para se tornar câncer, especialmente o carcinoma espinocelular do lábio. Entenda o que é o carcinoma espinocelular.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da queilite actínica é feio pelo dermatologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e de exposição frequente ou prolongada ao sol.

Se deseja a avaliação de um dermatologista, marque uma consulta na região mais próxima:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Para confirmar o diagnóstico, o médico deve solicitar uma biópsia da pele do lábio, para ser analisada em laboratório e descartar outras condições de saúde com sintomas semelhantes, como câncer de células escamosas ou basocelular, melanoma maligno, leucoplasia ou queilite benigna. Saiba identificar os sintomas da queilite benigna.

Possíveis causas

A queilite actínica é causada pela exposição aos raios UV do sol, sem proteção e por longos períodos, sendo mais comum de surgir em homens, uma vez que mulheres usam com mais frequência protetores labiais ou batons.

Além disso, algumas pessoas têm maior risco de a queilite actínica como:

  • Idade, sendo mais comum após os 45 anos;
  • Trabalho ao ar livre, em que a maior parte do tempo a pessoa está exposta ao sol;
  • Pele mais clara;
  • Condições genéticas que afetam a pigmentação da pele, como o albinismo.

Além disso, pessoas com histórico de câncer de pele não melanoma também têm um risco aumentado de desenvolver queilite actínica.

Como é feito o tratamento

O tratamento da queilite actínica é feito pelo dermatologista, tem como objetivo evitar que as lesões se transformem em câncer, e varia de acordo como tamanho , localização e gravidade da lesão.

Os principais tratamentos para a queilite actínica são:

1. Uso de pomadas

Algumas pomadas que podem ser indicadas pelo dermatologista para o tratamento da queilite actínica são:

  • Retinoides;
  • 5-fluorouracil;
  • Imiquimode;
  • Ácido tricloroacético;
  • Aminolevulinato de metila;
  • Mebutato de ingenol;
  • Diclofenaco.

Essas pomadas devem sempre ser indicadas pelo dermatologista e o tratamento realizado pelo tempo orientado pelo médico.

As pomadas para a queilite actínica podem causar efeitos colaterais como dor, inflamação e formação de crostas, o que muitas vezes pode dificultar a adesão da pessoa ao tratamento.

Nesses casos, é fundamental consultar novamente o dermatologista, que pode indicar outros tratamentos para a queilite actínica.

2. Terapia fotodinâmica

A terapia fotodinâmica tem como objetivo destruir as células danificadas da pele, sendo feito pelo dermatologista no consultório, com aplicação tópica do ácido 5-aminolevulínico, associação de fonte de luz.

Esse tipo de terapia pode ser feita junto com o uso de pomadas, de forma a aumentar a eficácia do tratamento.

3. Crioterapia

A crioterapia é um tratamento feito pelo dermatologista com a aplicação de nitrogênio líquido nas lesões para congelar e destruir as células doentes da queilite actínica.

Geralmente, são necessárias várias sessões para eliminar as lesões e a duração deste tipo de tratamento depende da indicação do médico.

A crioterapia não necessita de anestesia, pois não provoca dor, entretanto, após as sessões é comum a região da pele ficar vermelha, um pouco inchada e dolorida, além de poder surgir crostas ou cicatrizes no local.

4. Eletrocauterização

A eletrocauterização é outro tratamento realizado pelo dermatologista que utiliza um aparelho que emite uma corrente elétrica para promover uma destruição das células anormais.

Esse tipo de tratamento geralmente é indicado para lesões menores, não sendo muito indicado para lesões maiores ou persistentes.

5. Laser

O tratamento d laser para queilite actínica pode ser feito através da ablação por laser de CO2 ou laser de Er:YAG, sendo um dos tratamentos não cirúrgicos mais recomendados, pois leva à morte das células alteradas, tendo alta eficácia e menor risco de recorrência das lesões.

6. Vermelhectomia

A vermelhectomia é um tratamento cirúrgico feito pelo dermatologista nos casos mais graves e que não respondem a outros tratamentos para a queilite actínica.

Esse tipo de tratamento é realizado retirando as lesões do lábio através de cirurgia, sendo considerado um tratamento eficaz, mas que pode causar efeitos colaterais como dor, inchaço, cicatrização lenta, infecções ou alterações estéticas.