5 remédios para gota

Para tratar a gota, o médico pode recomendar o uso de remédios anti-inflamatórios, analgésicos e corticoides, que são usados em casos agudos. Além disso, alguns destes medicamentos podem também ser usados, em doses mais baixas, para prevenir as crises.

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Existem ainda outros remédios que ajudam a prevenir complicações causadas pela doença, que atuam reduzindo a produção de ácido úrico ou promovendo a sua eliminação.

Assim, o tratamento da gota deve ser individualizado de acordo com a gravidade, duração da crise, articulações afetadas, contra-indicações e experiência prévia que a pessoa teve com o tratamento.

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1. Anti-inflamatórios não esteroides

Os anti-inflamatórios não esteroides, também conhecidos por AINES, como o ibuprofeno, naproxeno, indometacina ou celecoxib são muito usados para aliviar os sintomas nas crises agudas de gota, em doses mais altas, e para prevenir futuras crises em doses mais baixas.

Efeitos secundários: estes medicamentos podem causar efeitos colaterais a nível gástrico, como dor de estômago, sangramento e úlceras, principalmente em pessoas que tomam estes medicamentos diariamente. Para reduzir estes efeitos, o ideal é tomar estes medicamentos após as refeições e o médico pode ainda sugerir tomar um protetor de estômago, todos os dias, em jejum, para aliviar o desconforto.

O uso a longo prazo também pode causar problemas renais, aumento da pressão arterial ou problemas cardíacos, retenção de líquidos e reações alérgicas.

Quando não é indicado: esses medicamentos devem ser evitados por pessoas que possuem hipersensibilidade aos AINES ou aos salicilatos, assim como por pessoas que tiveram alguma reação alérgica através da ingestão desse tipo de medicamento. Também não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou durante a lactância sem orientação médica e nem por pessoas que tenham sido submetidas a cirurgia que envolva a artéria coronariana.

2. Colchicina

A colchicina é um remédio muito usado para tratar e prevenir crises de gota, já que diminui a deposição de cristais de urato e a consequente resposta inflamatória, reduzindo assim a dor. Este medicamento pode ser usado diariamente para prevenir as crises, e a dose pode ser aumentada durante uma crise aguda. Saiba mais sobre este medicamento.

Efeitos secundários: a colchicina pode causar alguns efeitos adversos como diarreia, náuseas e vômitos. Em altas doses pode levar ao aparecimento de erupções cutâneas, hemorragia gastrointestinal e alterações no fígado e nos rins.

Quando não é indicado: este medicamento deve ser evitado por pessoas que possuem alergia a este medicamento ou a algum dos componentes da sua fórmula, que possuem doenças renais, gastrointestinais ou hepáticas graves, que possuem úlcera no estômago, doenças cardíacas ou no sangue. A colchicina também deve ser evitada durante a gravidez e a lactância materna.

3. Corticoides

O médico pode recomendar corticoides como a prednisona em comprimidos ou a metilprednisolona injetável, para reduzir a dor e a inflamação, que são mais usados em situações em que as pessoas não podem tomar outros anti-inflamatórios como a indometacina ou o celecoxib, por exemplo, ou que não podem usar a colchicina.

Efeitos secundários: o uso dos corticóides pode causar alguns efeitos adversos, como mudança no humor, aumento dos níveis de açúcar no sangue e aumento da pressão arterial. Conheça outros efeitos colaterais podem ser causados pelos corticoides.

Quando não é indicado: este medicamento não deve ser usado por pessoas com hipersensibilidade à substância e outros componentes que estejam presente na fórmula. Também não deve ser utilizado em pessoas com infecções fúngicas sistêmicas ou infecções não controladas.

Além disso, os corticoides devem ser utilizados com precaução em pessoas com hipertensão, insuficiência cardíaca, osteoporose, epilepsia, úlcera gastroduodenal, diabetes, glaucoma, obesidade ou psicoses, sendo importante que o uso seja feito conforme a orientação do médico.

4. Alopurinol

O alopurinol (Zyloric) é um bloqueador da produção de ácido úrico, que inibe a xantina oxidase, uma enzima que faz a conversão da xantina em ácido úrico, diminuindo os seus níveis no sangue, reduzindo o risco do aparecimento das crises de gota.

Efeitos secundários: o alopurinol pode causar algumas reações adversas como valores elevados do hormônio estimulante da tireoide no sangue e erupções cutâneas, sendo indicado nesse caso que o tratamento seja suspenso e o médico consultado. Apesar de pouco frequente, o alopurinol pode também causar vômitos, náuseas, diarreia, mal-estar geral, dor de cabeça, febre, calafrio, sangue na urina e fadiga.

Quando não é indicado: este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou em período de amamentação, assim como não deve ser usada por pessoas alérgicas a este medicamento.

5. Probenecida

A probenecida é um medicamento que pode ser usado para eliminar o excesso de ácido úrico pela urina, diminuindo a sua concentração na corrente sanguínea. Saiba mais sobre este medicamento.

Efeitos secundários: alguns dos efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer com o uso destes medicamentos são erupção cutânea, dor de estômago e pedras nos rins.

Quando não é indicado: este medicamento não deve ser usado por crianças com menos de 2 anos de idade e por pessoas com doença hepática ou renal ativa, discrasia sanguínea, litíase úrica, úlcera péptica ativa ou caso tenha tido alguma reação alérgica a este medicamento. Além disso, também não é indicado durante a gravidez e período de amamentação sem recomendação médica.

Além disso, outros medicamentos, como o losartan, antagonistas dos canais de cálcio, fenofibrato e as estatinas, também contribuem para a redução do ácido úrico, por isso, sempre que se justifique, devem ser considerados, tendo em conta o seu benefício na gota.

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