9 principais riscos da lipoaspiração

A lipoaspiração é uma cirurgia plástica, e como toda cirurgia também apresenta alguns riscos, como hematomas, infecção e, até, perfuração de órgãos. Porém, são complicações muito raras que, geralmente, não acontecem quando a cirurgia é feita em uma clínica de confiança e com um cirurgião experiente.

Foto doutora realizando uma consulta
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Além disso, quando se aspira pouca quantidade de gordura os riscos são ainda mais reduzidos, pois a chance de surgimento de complicações aumenta quando o tempo da cirurgia é elevado ou quando se aspira muita gordura, como na região abdominal, por exemplo.

Em qualquer caso, para se evitar estas complicações, é aconselhado fazer a lipoaspiração com um profissional bem treinado e experiente, além de se cumprir com todas as indicações do médico após a cirurgia. Veja quais os cuidados de pós operatório mais importantes da lipoaspiração.

Imagem ilustrativa número 1

Possíveis riscos

Os principais risco da lipoaspiração são:

1. Hematomas

Os hematomas são uma das complicações mais comuns deste tipo de cirurgia e caracterizam-se pelo surgimento de manchas roxas na pele. Embora sejam pouco estéticos, os hematomas não são graves e acontecem como uma resposta natural do corpo às lesões provocadas pela cirurgia nas células de gordura.

Na maioria dos casos, os hematomas começam a desaparecer, naturalmente, cerca de 1 semana depois da lipoaspiração, mas existem alguns cuidados que ajudam a acelerar a recuperação, como beber aplicar uma compressa quente, evitar atividades intensas e aplicar uma pomada com efeito anticoagulante, como Hirudoid ou pomada de Arnica, por exemplo. Veja outros cuidados para tirar os hematomas.

2. Seroma

O seroma consiste no acúmulo de líquidos debaixo da pele, normalmente, nos locais onde a gordura foi retirada. Nestes casos, é possível sentir um inchaço na região e, dor e liberação de um líquido claro pelas cicatrizes.

Para evitar o surgimento desta complicação deve-se utilizar a cinta indicada pelo médico após a cirurgia, fazer sessões de drenagem linfática manual e evitar realizar atividades físicas intensas ou pegar em objetos com mais de 2 Kg, por exemplo.

3. Flacidez

Esta complicação é mais frequente em pessoas que removem uma grande quantidade de gordura, o que, normalmente, acontece na região abdominal, culote ou coxas, por exemplo. Nestas situações, a pele, que estava muito esticada devido à presença de gordura em excesso, fica mais flácida após a lipoaspiração e, por isso, pode ser necessário fazer outra cirurgia para retirar o excesso de pele.

Já nos casos mais leves, pode-se recorrer a outros tratamentos menos invasivos, como a mesoterapia ou radiofrequência, para tornar a pele menos flácida.

4. Alteração da sensibilidade

Embora seja mais raro, o surgimento de formigamento na pele pode indicar uma alteração da sensibilidade provocada por pequenas lesões nos nervos da região aspirada. Estas lesões acontecem devido à passagem da cânula por pequenos nervos mais superficiais.

Geralmente, não é necessário qualquer tratamento específico, sendo que o corpo regenera naturalmente os nervos, no entanto, existem casos em que o formigamento pode se manter por mais de 1 ano.

5. Infecção

A infecção é um risco que está presente em todos os tipos de cirurgia, uma vez que, quando existe corte da pele, passa a existir uma nova entrada para que vírus e bactérias consigam chegar no interior do corpo. Quando isso acontece, surgem sintomas no local da cicatriz como inchaço, vermelhidão intensa, dor, cheiro fétido e até a liberação de pus.

Além disso, quando o agente infeccioso consegue se espalhar através da circulação sanguínea, é possível que surjam sintomas de sepse, que corresponde à infecção generalizada.

Porém, as infecções podem ser evitadas na grande maioria dos casos, com o uso dos antibióticos prescritos pelo médico e com os cuidados adequados à cicatriz na clínica ou em um posto de saúde.

Outra possível complicação relacionada com microrganismos é a necrose do local, que corresponde à morte das células da região devido à produção de toxinas pela bactéria, na maioria dos casos Streptococcus pyogenes. Apesar de ser uma complicação pouco frequente, pode acontecer com mais facilidade nos casos em que a lipoaspiração é feita em um ambiente com condições inadequadas de higiene, o que aumenta o risco de infecção relacionada com o procedimento.

6. Trombose

A tromboso é uma complicação rara lipoaspiração e acontece quando a pessoa fica muitos dias deitada sem fazer pequenas caminhadas no quarto ou em casa. Isto acontece porque, sem o movimento do corpo, o sangue tem maior tendência para se acumular nas pernas, o que facilita a formação de coágulos que podem entupir veias e causar uma trombose venosa profunda.

Além disso, como nas primeiras 24 horas após a lipoaspiração é proibido sair da cama, o médico também pode prescrever injeções de heparina, que são um tipo de anticoagulante que ajuda a diminuir o risco de formação de coágulos, mesmo que a pessoa não possa caminhar. No entanto, é aconselhado caminhar assim que possível.

Caso surjam sintomas de trombose durante a recuperação, como pernas inchadas, vermelhas e dolorosas, é muito importante ir imediatamente ao pronto-socorro para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações mais graves, como morte dos tecidos da perna, AVC ou infarto, por exemplo. Saiba reconhecer os sintomas de trombose.

7. Perfuração de órgãos

A perfuração é a complicação mais grave da lipoaspiração e acontece principalmente quando a cirurgia é realizada em clínicas não qualificadas ou por profissionais pouco experientes, isso porque para que exista a perfuração dos órgãos que estão por baixo da camada de gordura a técnica deve ser mal executada.

Porém, quando isso acontece, existe um elevado risco de morte, pois pode acontecer uma infecção grave e, por isso, é necessário iniciar rapidamente outra cirurgia para encerrar o local perfurado.

Além disso, a perfuração de órgãos tem maior risco de acontecer em pessoas que possuem pouco volume de gordura para ser removido, de forma que a camada de gordura é mais fina e o procedimento acaba por ser mais delicado.

8. Grande perda de sangue

Em alguns casos pode haver grande perda de sangue durante o procedimento, aumentando o risco de choque hipovolêmico, que é uma situação em que como consequência de grande quantidade de sangue e líquidos, o coração não consegue bombear quantidades adequadas de sangue e oxigênio para o corpo, o que pode comprometer o funcionamento de vários órgãos e colocar a vida da pessoa em risco.

9. Tromboembolia

A tromboembolia, também conhecida como trombose pulmonar, é também um risco da lipoaspiração e acontece como consequência da formação de um coágulo que pode obstruir algum vaso do pulmão, impedindo a passagem de sangue e a chegada de oxigênio.

Como consequência dessa obstrução, podem ser formadas lesões no pulmão, o que pode trazer complicações respiratórias e aumentar o risco de falência pulmonar.

Quem tem maior risco de complicações

O maior risco de complicação da lipoaspiração está relacionado com as pessoas que possuem doenças crônicas, alterações no sangue e/ou o sistema imunológico mais fraco. Assim, antes de realizar o procedimento cirúrgico, é importante que sejam avaliadas vantagens, desvantagens e possíveis riscos da lipoaspiração.

Além disso, o risco de complicações pode ser mais elevado em pessoas que não possuem muita gordura no local a ser realizado o procedimento. Dessa forma, antes de realizar o procedimento é importante conversar com o cirurgião plástico qualificado para que seja possível ser feita uma avaliação geral e, assim, diminuir o risco de complicações.

Assim, para diminuir o risco é importante que a pessoa não tenha doenças que possam comprometer o resultado da cirurgia, além de ser feita a verificação do IMC, avaliação da região a ser tratada e a quantidade de gordura que deseja ser removido. A recomendação do Conselho Federal de Medicina é que a quantidade de gordura aspirada não seja superior a 5 a 7% do peso corporal, dependendo da técnica realizada.