Salpingite crônica: o que é, sintomas, causas e tratamento

O que é:

A salpingite crônica caracteriza-se por uma inflamação crônica das trompas, causada inicialmente por uma infecção nos órgãos reprodutivos femininos, e é uma condição que pode dificultar a gravidez por impedir que o óvulo maduro chegue nas trompas uterinas, podendo levar ao desenvolvimento de uma gravidez nas trompas, chamada de gravidez ectópica.

Foto doutora realizando uma consulta
Encontre um Ginecologista perto de você! Parceria com Buscar Médico

Os sintomas de salpingite crônica evoluem à medida que a inflamação acontece, podendo ser notado dor durante o contato íntimo, corrimento vaginal com mau cheiro, alterações no ciclo menstrual, dor abdominal e dor ao urinar.

O diagnóstico da salpingite deve ser feito o mais cedo possível, pois assim é possível evitar complicações. Como a salpingite crônica pode causar sintomas muito leves ou ser assintomática, é importante ir ao ginecologista com frequência, idealmente uma vez ao ano, no mínimo.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os principais sintomas de salpingite crônica são:

  • Corrimento vaginal anormal, com mau cheiro;
  • Alterações no ciclo menstrual;
  • Dor durante a ovulação;
  • Dor durante o contato íntimo;
  • Febre;
  • Dor abdominal e na parte inferior das costas;
  • Dor ao urinar;
  • Náuseas e vômitos.

Os sintomas da salpingite crônica ficam mais intensos à medida que acontece a inflamação, de forma que no início não são observados sinais ou sintomas. Por isso, é importante que o ginecologista seja consultado assim que surgirem os primeiros sintomas de salpingite para que o tratamento seja iniciado e, assim, seja possível prevenir complicações. Confira outros sintomas de salpingite.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da salpingite deve ser feito pelo ginecologista inicialmente baseado nos sintomas apresentados pela mulher, por exames de sangue e urina, ou através da realização de uma análise microbiológica de uma amostra de secreção vaginal, para identificar a bactéria causadora da infecção.

Pode ser também indicada a realização de exames complementares como um ultrassom transvaginal, e uma salpingografia e laparoscopia diagnóstica para confirmar a presença da inflamação das trompas.

Marque uma consulta com o ginecologista mais próximo para avaliar o risco de salpingite:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Possíveis complicações

Caso a salpingite crônica não seja identificada, não seja tratada ou se o tratamento for feito muito tarde, há maior risco de complicações, como espalhamento da infecção para outras áreas do corpo, como o útero e os ovários, dor abdominal muito forte e prolongada, surgimento de cicatrizes e bloqueios das trompas, que podem causar infertilidade e gravidez ectópica.

Causa de salpingite crônica

A salpingite é geralmente causada por uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada por bactérias, sendo as mais comuns, a Chlamydia trachomatis e a Neisseria gonorrhoeae, que se espalham pelos órgãos reprodutores femininos, causando inflamação. Embora seja mais raro, a salpingite também pode ser causada por bactérias do gênero Mycoplasma, Staphylococcus ou Streptococcus.

Além disso, procedimentos como biópsia do útero, histeroscopia, colocação de DIU, parto ou aborto podem aumentar o risco de desenvolver salpingite.

Como é feito o tratamento

O tratamento da salpingite inclui o uso de antibióticos por via oral ou na veia, para tratar a infecção, e analgésicos e anti-inflamatórios, para controlar a dor. Caso a salpingite esteja relacionada com o uso de DIU, o tratamento também envolve a sua remoção. Em casos mais graves, pode ser necessário o tratamento no hospital ou uma cirurgia para retirar as trompas e o útero.

Durante o tratamento da infecção, a mulher deve ficar em repouso e beber bastante água. Além da mulher, o seu companheiro também deve tomar antibióticos durante o tratamento da inflamação, para ter a certeza de que não volta a transmitir a doença à parceira.