Síndrome de Ehlers-Danlos: o que é, sintomas e tratamento

O que é:

A síndrome de Ehlers-Danlos, mais conhecida como doença do homem elástico, caracteriza-se por um grupo de distúrbios genéticos que afetam o tecido conjuntivo da pele, das articulações e das paredes dos vasos sanguíneos.

Foto doutora realizando uma consulta
Encontre um Dermatologista perto de você! Parceria com Buscar Médico

Geralmente, as pessoas com esta síndrome têm as articulações, as paredes dos vasos sanguíneos e a pele mais extensíveis que o normal e também mais frágeis, já que é o tecido conjuntivo que tem a função de lhes dar resistência e flexibilidade, podendo em alguns casos, ocorrer danos vasculares graves.

Esta síndrome que passa de pais para filhos não tem cura mas pode ser tratada para diminuir o risco de complicações. O tratamento consiste na administração de medicamentos analgésicos e anti-hipertensores, fisioterapia e em alguns casos, cirurgia.

Imagem ilustrativa número 1

Quais os sinais e sintomas

Os sinais e sintomas que podem ocorrer em pessoas com a síndrome Ehlers-Danlos são uma maior extensibilidade das articulações, levando à execução de movimentos mais amplos que o normal e consequente dor local e ocorrência de lesões, maior elasticidade da pele que a torna mais frágil e mais flácida e com formação anormal de cicatrizes.

Além disso, em casos mais graves, em que a síndrome de Ehlers-Danlos é do tipo vascular, as pessoas podem ter um nariz e um lábio superior mais finos, olhos proeminentes e uma pele ainda mais fina que sofre ferimentos com muita facilidade. As artérias do corpo são também muito frágeis e em algumas pessoas a artéria aorta pode também estar muito enfraquecida, podendo ocorrer uma ruptura e levar à morte. As paredes do útero e do intestino são também muito finas, podendo-se romper com facilidade.

Outros sintomas que podem surgir são:

  • Luxações e entorses muito frequentes, devido a instabilidade das articulações;
  • Contusão muscular;
  • Cansaço crônico;
  • Artrose e artrite ainda na juventude;
  • Fraqueza muscular;
  • Dor nos músculos e nas articulações;
  • Maior resistência à dor.

Geralmente esta doença é diagnosticada ainda na infância ou na adolescência devido as frequentes luxações, entorses e elasticidade exagerada que os pacientes apresentam, o que acaba chamando atenção da família e do pediatra.

Possíveis causas

A síndrome de Ehlers-Danlos é uma doença genética hereditária que ocorre devido a mutações de genes que codificam os vários tipos de colágeno ou das enzimas que alteram o colágeno, podendo ser transmitida de pais para filhos.

Quais os tipos

A síndrome de Ehlers-Danlos é classificada em 6 tipos principais, sendo a de tipo 3, ou hipermobilidade, a mais comum, que se caracteriza por uma maior amplitude de movimentos, seguida pela de tipo 1 e 2, ou clássica, cuja alteração se dá no colágeno tipo I e tipo IV e que afetam mais a estrutura da pele.

A de tipo 4 ou vascular é mais rara que as anteriores e ocorre devido a alterações no colágeno tipo III e que afeta os vasos sanguíneos e órgãos, que podem sofrer rupturas com muita facilidade.

Em que consiste o diagnóstico

Para fazer o diagnóstico, basta realizar um exame físico e avaliar o estado em que se encontram as articulações. Além disso, o médico pode ainda realizar um exame genético e uma biópsia da pele para detectar a presença de fibras de colágeno alteradas.

Como é feito o tratamento

A síndrome de Ehlers-Danlos não tem cura, mas o tratamento pode ajudar a aliviar os sintomas e evitar complicações da doença. O médico pode receitar medicamentos analgésicos, como o paracetamol, ibuprofeno ou naproxeno, por exemplo, para aliviar a dor e remédios para diminuir a pressão arterial, já que as paredes dos vasos sanguíneos se encontram mais fracas e é necessário reduzir a força com que o sangue passa.

Além disso, a fisioterapia também é muito importante, já que ajuda a fortalecer os músculos e a estabilizar as articulações.

Em casos mais graves, em que seja necessário reparar uma articulação danificada, em que ocorra a ruptura de um vaso sanguíneo ou de um órgão, pode ser necessário recorrer a cirurgia.