Síndrome do coração partido é uma doença rara que provoca sintomas semelhantes aos de infarto, como dor no peito, falta de ar, tontura, vômitos ou cansaço.
A causa mais comum dessa síndrome é o estresse emocional ou físico intensos, devido a um processo de separação ou após o falecimento de um familiar, por exemplo, afetando principalmente mulheres após os 50 anos de idade. No entanto, também pode afetar pessoas de qualquer idade, inclusive homens.
O tratamento da síndrome do coração partido, também conhecida de cardiomiopatia de Takotsubo ou cardiomiopatia de estresse, é feito pelo cardiologista com o uso de remédios que ajudam a regular a atividade cardíaca e acompanhamento psicológico.
Sintomas da síndrome do coração partido
Os principais sintomas da síndrome do coração partido são:
- Dor no peito;
- Falta de ar ou dificuldade para respirar;
- Desmaio;
- Palpitação cardíaca;
- Batimentos cardíacos irregulares;
- Tonturas e vômitos;
- Cansaço excessivo.
Os sintomas da síndrome do coração partido geralmente surgem após uma situação de grande estresse físico ou psicológico e podem desaparecer sem tratamento.
No entanto, ao surgirem os sintomas, deve-se ir imediatamente ao pronto-socorro, para iniciar o tratamento mais adequado, pois esses sintomas são semelhantes aos do infarto.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da síndrome do coração partido é feito pelo cardiologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde, exames de sangue e exames que avaliam a saúde do coração.
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Assim, os principais exames que podem ser solicitados pelo médico são hemograma completo com plaquetas e biomarcadores cardíacos, como troponina, creatinofosfoquinase-MB (CK-MB) e peptídeo natriurético cerebral (BNP), por exemplo.
Outros exames que podem ser solicitados pelo médico são eletrocardiograma, raio X de tórax, ressonância magnética, cintilografia por radionuclídeos do coração ou cateterismo cardíaco, por exemplo. Veja outros exames para o coração.
Esses exames ajudam a excluir condições com sintomas semelhantes, como infarto, síndrome coronariana aguda, espasmo da artéria coronária, miocardite ou pericardite, por exemplo, e confirmar o diagnóstico da síndrome do coração partido.
Possíveis causas
A causa exata da síndrome do coração partido não é completamente conhecida, mas sabe-se que fatores psicológicos e físicos podem desencadear os sintomas.
Os principais fatores que podem aumentar o risco de síndrome do coração partido são:
- Morte inesperada de um familiar ou amigo;
- Diagnóstico de doença grave;
- Problemas financeiros ou de jogo;
- Processo de separação;
- Violência doméstica;
- Acidentes ou traumas graves;
- Desastres naturais.
Essas condições podem levar a um aumento da liberação de adrenalina, noradrenalina e dopamina no corpo e resultar em espasmos nas artérias coronárias, disfunção microvascular e lesões no músculo coração.
Além disso, o uso de drogas como cocaína ou anfetaminas também pode aumentar o risco da síndrome do coração partido.
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O tratamento da síndrome do coração partido deve ser orientado pelo cardiologista ou clínico geral no hospital, com uso de remédios e monitorização dos dados vitais e hemodinâmicos para evitar complicações.
Assim, os principais tratamentos que podem ser indicados pelo médico são:
- Antiplaquetários, como ácido acetilsalicílico;
- Betabloqueadores, para normalizar os batimentos cardíacos;
- Inibidores da ECA, para baixar a pressão sanguínea;
- Remédios para reduzir o colesterol;
- Diuréticos, para ajudar a eliminar o inchaço devido falha no bombeamento do coração;
- Angiografia para avaliar se existe obstrução das coronárias.
Em alguns casos, pode ser necessária colocação de um balão intra-aórtico ou dispositivos de assistência ventricular esquerda.
Após a recuperação, pode ser indicado o acompanhamento com psicólogo e/ou psiquiatra com objetivo da pessoa superar o trauma e o estresse emocional. Confira outras formas de superar o estresse.
Possíveis complicações
As principais complicações da síndrome do coração partido são choque cardiogênico, arritmias ventriculares, fibrilação atrial, obstrução do ventrículo esquerdo, insuficiência cardíaca ou tromboembolismo.
Essas complicações podem colocar a vida em risco e, por isso, ao surgirem sintomas da síndrome do coração partido deve-se ir imediatamente ao hospital para iniciar o tratamento mais adequado.
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