A síndrome do impostor é um transtorno psicológico que é mais comum de acontecer em pessoas que possuem grandes realizações profissionais e/ ou acadêmicas mas que não conseguem aceitar ou admitir o seu sucesso, pois acreditam que as suas conquistas são sorte ou porque alguém as ajudou. Dessa forma, a pessoa vive com medo e acha a qualquer momento será descoberta como fraude ou impostor.
Esse transtorno pode causar sintomas como ansiedade, tristeza, desesperança, desmotivação e desespero, já que a pessoa tem a sensação de que vai fracassar diante de situações que normalmente tem êxito. Por isso, quando algo sai ao contrário do que esperado, a pessoa reafirma as crenças negativas que tinha a princípio.
É importante que a pessoa busque ajuda profissional, seja com psicólogo ou psiquiatra, para que seja feito o diagnostico do transtorno e seja iniciado o tratamento mais adequado, que pode envolver a realização de terapia individual ou coletiva.
Principais sintomas
Pessoas com síndrome do impostor geralmente apresentam 3 ou mais dos seguintes comportamentos:
1. Necessidade de se esforçar demais
A pessoa com síndrome do impostor acredita que precisa se esforçar em excesso, muito mais que as outras pessoas, para justificar as suas conquistas e por achar que sabe menos que os outros. O perfeccionismo e o excesso de trabalho são utilizados para ajudar a justificar o desempenho, mas causa muita ansiedade e esgotamento mental e físico.
2. Auto sabotagem
Pessoas com esta síndrome acreditam que o fracasso é inevitável e que a qualquer momento alguém experiente irá desmascará-lo na frente dos outros. Isso gera ansiedade, medo e preocupação, podendo interferir no seu desempenho e na qualidade do seu trabalho.
3. Medo de se expor
É comum que as pessoas com a síndrome do impostor estejam sempre fugindo de momentos em que podem ser avaliadas ou criticadas. A escolha de tarefas e profissões são, muitas vezes, baseadas naquelas em que serão menos perceptíveis, evitando ser alvo de avaliações.
Quando são avaliadas demonstram grande capacidade de desacreditar as conquistas obtidas e os elogios de outras pessoas, apesar de ter bom desempenho e êxito.
4. Comparação com os outros
Ser perfeccionista, exigente consigo mesmo e estar sempre achando que é inferior ou sabe menos que os outros, a ponto de tirar todo o seu mérito, são algumas das principais características desta síndrome. Pode acontecer de a pessoa achar que nunca é boa o suficiente em relação aos outros, o que gera muita angústia e insatisfação.
5. Querer agradar a todos
Tentar causar boa impressão, se esforçar no carisma e necessidade de agradar a todos, a todo o momento, são formas de tentar alcançar aprovação, e para isso pode até mesmo se sujeitar a situações humilhantes.
Além disso, a pessoa com síndrome do impostor passa por períodos de muito estresse e ansiedade por achar que, a qualquer momento, pessoas mais capacitadas irão substituí-la ou desmascará-la. Assim, é muito comum que essas pessoas desenvolvam sintomas de ansiedade e depressão.
Como é feito o diagnóstico
A síndrome do impostor deve ser diagnosticada por um psicólogo ou psiquiatra através dos sinais e sintomas apresentados pelas pessoas, e de perguntas realizadas sobre o dia a dia da pessoa e antecedentes pessoais, familiares e de saúde.
Além disso, podem ser realizados alguns testes para confirmar o diagnóstico, como a Escala do Fenômeno Impostor de Clance (EFIC), a Escala do Fenômeno Impostor de Harvey (EFIH) ou a Escala do Fenômeno Impostor de Leary (EFIL).
Marque uma consulta como psicólogo mais próximo, usando a ferramenta a seguir, para que seja feito o melhor diagnóstico:
Como é feito o tratamento
O tratamento para a síndrome do impostor deve ser orientado pelo psicólogo ou psiquiatra, que pode indicar sessões de psicoterapia individuais ou em grupo com o objetivo de avaliar as dúvidas que a pessoa tem sobre si mesma, assim como a preocupação e o medo do fracasso.
Além disso, algumas atitudes podem ajudar a controlar os sintomas desta síndrome, como:
- Ter um mentor, ou alguém mais experiente e confiável para quem possa pedir opiniões e conselhos sinceros;
- Compartilhar as inquietações ou angústias com um amigo;
- Aceitar os próprios defeitos e qualidades, e evitar se comparar ao outros;
- Respeitar as próprias limitações, não estabelecendo metas inalcançáveis ou compromissos que não possam ser cumpridos;
- Aceitar que as falhas acontecem a qualquer pessoa, e procurar aprender com elas;
- Ter um trabalho de que goste, proporcionando motivação e satisfação.
Realizar atividades capazes de aliviar o estresse e a ansiedade, que melhorem a auto-estima e promovam autoconhecimento, como yoga, meditação e exercícios físicos, além de investir em momentos lazer são muito úteis para o tratamento deste tipo de alteração psicológica.