Síndrome do piriforme: o que é, sintomas, testes e tratamento

O que é:

A síndrome do piriforme é uma condição rara em que a pessoa apresenta o nervo ciático passando por dentro das fibras do músculo piriforme que se localiza na nádega. Isso faz com que o nervo ciático fique inflamado devido ao fato de ser constantemente pressionado devido a sua localização anatômica.

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Quando a pessoa que tem a síndrome do piriforme apresenta o nervo ciático inflamado é comum o surgimento de intensa dor na perna direita, porque este geralmente é o lado mais afetado, além de dor na nádega, dormência e sensação de queimação.

Para confirmar a síndrome do piriforme, normalmente o fisioterapeuta realiza alguns testes, assim é possível também descartar outras situações e verificar a gravidade, podendo então ser indicado o tratamento mais adequado.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas da síndrome do piriforme

Os sintomas da síndrome do piriforme estão relacionados com a compressão do nervo ciático pelo músculo piriforme e podem ser percebidos principalmente na região lombar, glúteos e coxa, sendo os principais:

  • Dor em forma de pontada;
  • Sensação de queimação ou de formigamento no glúteo ou atrás da coxa;
  • Pode haver dor na região lateral da perna e parte de cima do pé;
  • A dor piora ao ficar sentado e cruzar a perna;
  • A primeira crise pode surgir na gravidez, devido ao aumento da peso e tamanho da barriga;
  • É comum a pessoa andar mancando durante uma crise ciática;
  • Podem estar presentes sintomas como fraqueza da perna, e sensação de dormência na nádega ou na perna.

Algumas situações que podem favorecer a síndrome do piriforme incluem o aumento do músculo piriforme devido a prática de exercícios para glúteos, contratura do glúteo, queda sentado ou acidente de trânsito, por exemplo, que leve a uma pancada na região das nádegas gerando um hematoma e que comprime o nervo ciático. Conheça outras causas de dor no glúteo.

Veja no vídeo a seguir como reconhecer e curar a dor ciática:

EXERCÍCIOS PARA CURAR NERVO CIÁTICO INFLAMADO

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Em algumas pessoas o teste indicado no início desse vídeo pode dar negativo, mas se a pessoa deitar de barriga para baixo, dobrar os joelhos e afastar os pés para o lado, a dor pode surgir, indicando que é muito provável que a pessoa tenha a síndrome do piriforme.

Testes para síndrome do piriforme

Para que seja possível concluir o diagnóstico da síndrome do piriforme, o ortopedista ou fisioterapeuta pode realizar alguns testes, como por exemplo:

  • Teste de Freiberg, em que a pessoa é colocada deitada, de barriga para baixo, os joelhos são flexionados e o médico ou fisioterapeuta realiza a rotação interna do quadril para verificar se há dor. Se houver dor, o teste é dito positivo para síndrome do piriforme;
  • Teste FAIR, que também é conhecido como teste combinado de flexão, adução e rotação interna, e consiste em colocar a pessoa deitada de lado e realizar o movimento de flexão da perna (90º), adução e rotação interna. Durante o teste, caso exista dor ao realizar qualquer movimento, o teste FAIR é dito como positivo;
  • Teste de Lasègue, em que a pessoa é colocada deitada de barriga para cima e é realizada uma flexão do quadril até 70º com o objetivo de promover alongamento sobre os ramos nervosos que foram o nervo ciático. Caso seja sentida dor, o teste é dito positivo e pode ser indicativo de síndrome do piriforme ou hérnia de disco, sendo importante realizar os outros testes;
  • Teste de Beatty, em que a pessoa é colocada de lado e terapeuta movimenta a perna da pessoa como se fosse cruzá-la, se houve dor, o teste é dito positivo;
  • Teste de Pace, que é feito com a pessoa sentada e é solicitado que a pessoa realize o movimento de abdução, que consiste em afastar os joelhos. Caso seja sentida dor nos glúteos ao realizar esse movimento, o teste é tido como positivo.

Assim, de acordo com o resultado dos testes é possível descartar outras situações que tenham sintomas semelhantes, confirmar o diagnóstico da síndrome e iniciar o tratamento mais adequado. Além dos testes, pode ser também indicada a realização de exames de imagem, como ressonância magnética, tomografia ou ultrassom, por exemplo.

Imagem ilustrativa número 2

Como é feito o tratamento

Não é possível mudar o trajeto do nervo ciático porque a cirurgia gera grandes cicatrizes no glúteo e causam aderências que podem fazer com que os sintomas permaneçam. Nesse caso, sempre que a pessoa apresentar dor ciática o tratamento deve ser feito de forma a alongar e diminuir a tensão do músculo piriforme.

As sessões de fisioterapia são uma ótima opção de tratamento para diminuir a dor e o desconforto, sendo geralmente muito eficazes. Assim, para o tratamento pode ser útil:

  • Fazer massagem profunda, o que pode ser feito sentando em uma cadeira e colocando uma bolinha de tênis ou de ping-pong na nádega dolorida e depois usando o peso do corpo para movimentar a bolinha para os lados e também para frente e para trás;
  • Fazer alongamento, duas a três vezes por dia, todos os dias;
  • A técnica de liberação miofascial, que pode incluir massagem profunda, pode causar dor e desconforto, mas também traz grande alívio dos sintomas nos dias seguintes;
  • Colocar bolsa de água morna no local da dor para aliviar a tensão muscular em volta do nervo.

Se não houver alívio dos sintomas com esses tratamentos e se a dor for intensa o médico pode recomendar o uso de remédios como Ibuprofeno ou Naproxeno ou uma injeção de anestésico e de corticoide. Confira alguns remédios para dor no nervo ciático.

Tempo de recuperação

O tempo de recuperação pode variar de uma pessoa para a outra e também depende do tratamento realizado, porém, na maioria dos casos, pode ser percebido alívio dos sintomas dentro de 1-3 semanas após o início da fisioterapia. 

No entanto, mesmo após o tratamento, é possível que a dor volte com alguma frequência, principalmente quando não há a adoção de uma rotina regular de alongamentos.

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