Câncer de colo do útero: o que é, sintomas, causas e tratamento

Câncer de colo do útero é causado principalmente pela infecção pelo vírus HPV, mas também pode acontecer em mulheres que não foram infectadas pelo vírus e que tem mais de 45 anos, fumam e fazem uso de pílula anticoncepcional por muito tempo.

Foto doutora realizando uma consulta
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Os sintomas de câncer de colo de útero, também chamado de câncer cervical, provoca sintomas em fases mais avançadas da doença, como sangramento vaginal fora do período menstrual ou após as relações sexuais, corrimento com mau cheiro, dor durante a relação sexual, dor abdominal e sensação de pressão na parte inferior da barriga.

Quando identificado nos estágios iniciais, o câncer de colo de útero pode ser tratado e tem cura. Por isso, é importante consultar regularmente o ginecologista, para fazer exames como papanicolau e colposcopia, por exemplo, que facilitam a identificação precoce de alterações sugestivas de câncer.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de câncer de colo do útero

Os principais sintomas de câncer de colo do útero são:

  1. Sangramento fora do período menstrual;
  2. Sangramento após a relação sexual;
  3. Corrimento com mau cheiro ou coloração escura;
  4. Dor abdominal ou pélvica, que pode piorar ao urinar ou evacuar;
  5. Dor durante a relação sexual;
  6. Sensação de pressão na parte inferior da barriga;
  7. Vontade de urinar mais frequente, mesmo durante a noite;
  8. Perda rápida de peso sem motivo aparente.

Além disso, em alguns casos a pessoa também pode apresentar cansaço excessivo, dor e inchaço nas pernas, perdas involuntárias de urina ou de fezes.

Os sintomas do câncer de colo de útero são mais frequentes quando a doença já está mais avançada, por isso é fundamental que o ginecologista seja consultada assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas.

Leia também: 6 sintomas de câncer no útero (e o que fazer) tuasaude.com/sintomas-de-cancer-no-utero

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do câncer de colo do útero é feito pelo ginecologista através do exame pélvico e da avaliação da história familiar e de saúde da pessoa.

Durante a consulta ginecológica, poderá ser realizado o toque vaginal e avaliação da vagina e do colo do útero.

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Além disso, o médico também indica o papanicolau, também conhecido como exame preventivo, e o exame de colposcopia, pois assim é possível avaliar mais detalhadamente o colo do útero.

Caso sejam identificadas alterações, o médico pode solicitar a realização de uma biópsia do colo do útero, um exame onde é feita a coleta de um pequeno pedaço tecido do colo do útero para ser analisada em laboratório. Veja como é feita a biópsia do colo do útero.

Estágios do câncer de colo de útero

De acordo com o desenvolvimento do tumor, é possível classificar a doença em alguns estágios:

  • Estágio 1: nesse estágio, o tumor está localizado somente no útero;
  • Estágio 2: o tumor é encontrado dentro e fora do útero, mas não atinge a parede pélvica ou o terço inferior da vagina;
  • Estágio 3: tumor que se estende à parede pélvica, compromete a parte inferior da vagina, ou causa alteração nos rins;
  • Estágio 4: Tumor que invade a mucosa da bexiga ou ânus ou e/ou que se estende além da pélvis.

É importante que seja verificado o estágio do câncer de colo de útero para que o médico possa indicar o tratamento mais adequado para combater o câncer e prevenir a evolução da doença e a ocorrência de metástases, que é quando as células cancerígenas se desprendem do tumor e passam para a corrente sanguínea, afetando outros órgãos. 

Possíveis causas

A principal causa do câncer de colo do útero é a infecção pelo vírus HPV, que é transmitido principalmente através das relações sexuais desprotegidas, com ou sem penetração. Conheça mais sobre o HPV.

Além disso, alguns fatores de risco que que também podem contribuir para o surgimento do câncer de colo de útero são:

  • Iniciar precocemente a atividade sexual;
  • Ter múltiplos parceiros sexuais;
  • Fumar;
  • Usar pílulas anticoncepcionais por muito tempo;
  • Ter mais de 45 anos;
  • Engravidar antes dos 17 anos ou dar a luz a vários filhos.

Além disso, mulheres que possuem outras infecções sexualmente transmissíveis, como clamídia, herpes ou gonorreia, também apresentam maiores riscos de desenvolverem o câncer de colo de útero.

Como é feito o tratamento

O tratamento para o câncer de colo do útero varia conforme o estágio da doença, o tamanho do tumor, se existem metástases da doença, a idade e o estado de saúde geral da mulher.

1. Conização

A conização consiste na retirada de uma pequena parte do colo do útero, em forma de cone.

Embora seja uma técnica mais usada para fazer a biópsia e confirmar o diagnóstico de câncer, a conização também pode ser considerada uma forma de tratamento padrão em casos de lesão escamosa intraepitelial de alto grau, que ainda não é considerada câncer, mas que pode evoluir para câncer. Veja como é feita a conização.

2. Histerectomia

A histerectomia é o principal tipo de cirurgia para tratar o câncer de colo de útero, podendo ser utilizada nas fases iniciais ou mais avançadas da doença, podendo ser:

  • Histerectomia total: remove apenas o útero e o colo do útero e pode ser feita através de um corte no abdômen, por laparoscopia ou através do canal vaginal; 
  • Histerectomia radical: além do útero e do colo do útero, também são removidos a parte superior da vagina e os tecidos próximos, que podem estar afetados pelo câncer.

É importante lembrar que nos dois tipos de histerectomia os ovários e as trompas só são retirados se também tiverem sido afetados pelo câncer. Veja os tipos de histerectomia e os cuidados após a cirurgia.

3. Radioterapia e quimioterapia

A radioterapia é um tratamento que pode ser indicado antes, durante ou após o tratamento com cirurgia ou quimioterapia, onde utiliza-se a aplicação de radiação diretamente no tumor.

Já a quimioterapia é um procedimento onde se administra medicamentos via oral, ou injetáveis para eliminar ou impedir o crescimento das células cancerígenas.

4. Traquelectomia

A traquelectomia é um tipo de cirurgia que remove apenas o colo do útero e o terço superior da vagina, deixando o corpo do útero intacto, o que permite que a mulher engravide após o tratamento, caso desejado.

Normalmente, esta cirurgia é usada nos casos de câncer de colo do útero detectados na fase inicial e que ainda não afetou outras estruturas.

5. Exenteração pélvica

A exenteração pélvica é uma cirurgia mais extensa que pode ser indicada nos casos em que o câncer volta e afeta outras regiões.

Nesta cirurgia são retirados o útero, o colo do útero, os gânglios da pélvis, podendo também ser necessário retirar outros órgãos como ovários, trompas, vagina, bexiga e parte do final do intestino.

Como prevenir o câncer de colo do útero

A principal forma de se prevenir o câncer de colo do útero, é através da vacina contra o HPV, que pode ser encontrada em postos de saúde e clínicas particulares. Entenda como e quando tomar a vacina contra o HPV.

Além disso, é importante também usar preservativos em todas as relações sexuais e consultar regularmente o ginecologista.

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