A gravidez ectópica é uma condição caracterizada pela fixação e desenvolvimento do embrião fora do útero, podendo acontecer nas trompas de Falópio, ovário, colo do útero e cavidade abdominal, por exemplo.
Podendo se desenvolver entre 6 a 8 semanas de gravidez, a gravidez ectópica pode não causar sintomas ou provocar sintomas leves, como sangramento vaginal irregular, dor leve no abdômen e região embaixo da barriga.
No entanto, nos casos mais graves, quando a trompa de Falópio se rompe, a mulher pode apresentar hemorragia, dor intensa na parte de baixo da barriga, dor no ombro e desmaio. Nestes casos, é fundamental procurar um serviço de emergência para que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível.
Sintomas de gravidez ectópica
Alguns sintomas iniciais de gravidez ectópica são:
- Sangramento vaginal irregular, aguado ou de cor marrom escura;
- Dor abdominal leve ou no pé da barriga;
- Cólicas leves somente num lado no pé da barriga;
- Dor na região lombar;
- Sensibilidade nas mamas.
Já quando a trompa de Falópio se rompe, uma condição que é grave, a mulher pode apresentar hemorragia, dor repentina e intensa na parte de baixo da barriga ou abdômen, dor no ombro, fraqueza, tontura e desmaio. Neste caso, deve-se procurar o atendimento de emergência, para iniciar o tratamento médico o mais breve possível.
No entanto, é importante ressaltar que nem todas as mulheres com gravidez ectópica apresentam sintomas. assim, essa condição pode ser descoberta somente durante as consultas e exames no pré-natal.
Leia também: Pré-natal: o que é, quando começar, consultas e exames tuasaude.com/pre-natalComo saber se é gravidez ectópica
A gravidez ectópica é descoberta durante as consultas regulares de pré-natal com o médico obstetra, através da avaliação dos sinais e sintomas, e do histórico de saúde da mulher.
Se deseja avaliar o risco de gravidez ectópica, marque uma consulta com o especialista mais perto de você:
Para confirmar o diagnóstico, o médico também solicita exames como Beta hCG, ultrassonografia transvaginal e laparoscopia diagnóstica.
Além disso, o médico também pode indicar a realização de ressonância magnética, para descartar outras situações com sintomas parecidos com a gravidez ectópica, como mioma uterino, torção ovariana, apendicite, aborto espontâneo incompleto e doença inflamatória pélvica.
Leia também: Ressonância magnética: o que é, para que serve e como é feita tuasaude.com/ressonancia-magneticaPossíveis causas
A gravidez ectópica acontece quando um embrião que não consegue se mover através da trompa de Falópio, que é causado por danos neste órgão.
Assim, os fatores que aumentam os riscos da gravidez ectópica são:
- Gravidez ectópica anterior;
- Endometriose;
- Infecção sexualmente transmissível;
- Cirurgia nas trompas de Falópio;
- Doença inflamatória pélvica;
- Infertilidade;
- Tumor.
Além disso, mulheres com mais de 35 anos, que fumam, usaram DIU (Dispositivo Intrauterino) ou fizeram fertilização in vitro, apresentam risco aumentado de gravidez ectópica.
Tipos de gravidez ectópica
Conforme a localização, os tipos de gravidez ectópica são:
- Gravidez ectópica tubária: é o tipo mais comum de gravidez ectópica, onde embrião se fixa dentro de uma das trompas de Falópio;
- Gravidez ectópica cervical: acontece quando o embrião se desenvolve no colo do útero;
- Gravidez ectópica na cicatriz da cesárea: embora seja muito rara, o embrião pode se desenvolve na cicatriz de uma cesariana anterior da mulher;
- Gravidez ectópica ovariana: ocorre quando o embrião se fixa nos ovários;
- Gravidez ectópica heterotópica: acontece quando o embrião se desenvolve entre o útero e a trompa;
- Gravidez ectópica intersticial: ocorre quando o embrião se desenvolve na parte da trompa que passa pelo tecido do útero;
Além disso, existe também a gravidez ectópica abdominal, que acontece quando o bebê se desenvolve na cavidade do abdômen ou se fixa na parte intestinal, na uretra e entre outros órgãos.
Como é feito o tratamento
O tratamento deve ser orientado por um obstetra e inclui medicamentos e cirurgia.
1. Medicamento
O metotrexato, em dose única, é um medicamento que pode ser prescrito pelo médico quando o embrião não apresenta atividade cardíaca, os níveis sanguíneos de beta-hCG inicial estão abaixo de 5.000 mUI/mL, na ausência de dor abdominal e quando a mulher deseja engravidar futuramente.
Além disso, o metotrexato também pode ser administrado via injeção intramuscular, sendo indicado em casos de localização atípica da gravidez ectópica.
Leia também: Metotrexato: para que serve, como usar e efeitos colaterais tuasaude.com/metotrexato2. Cirurgia
A cirurgia é o tratamento mais indicado da gravidez ectópica, podendo ser feita por meio da laparotomia, para os casos de ruptura tubária com instabilidade hemodinâmica, que é quando o organismo não consegue manter a pressão arterial adequada para garantir a circulação de sangue.
Nos outros casos, a laparoscopia é mais indicada por exigir menor tempo de internação e promover uma recuperação mais rápida.
Já a salpingectomia é feita retirando-se parcialmente ou totalmente a trompa de Falópio, sendo indicada em casos de lesão tubária irreparável, na recorrência de gravidez ectópica na mesma tuba e quando os níveis de beta-hCG estão elevados.
Possíveis complicações
A principal complicação da gravidez ectópica é a hemorragia, o que pode colocar a vida da mulher em risco, o que normalmente está relacionado com o rompimento de vasos sanguíneos.
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