Staphylococcus epidermidis: o que é, sintomas e tratamento

O Staphylococcus epidermidis, ou S. epidermidis, é uma bactéria gram-positiva que está presente naturalmente na pele, não causando qualquer dano ao organismo quando está equilibrado.

No entanto, esse microrganismo é considerado oportunista, pois é capaz de causar doença quando o sistema imunológico está enfraquecido, principalmente quando a pessoa está hospitalizada. Isso porque consegue crescer facilmente em dispositivos médicos, entrando na corrente sanguínea da pessoa e provocando sintomas como febre, dor de cabeça e mal estar gera.

Por isso, para identificar a bactéria, o médico deve solicitar a realização de exames de diagnóstico, como a prova da coagulase e/ ou uma hemocultura, pois assim é possível confirmar a infecção e iniciar o tratamento mais adequado.

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Sintomas de infecção por S. epidermidis

Os principias sintomas de infecção por Staphylococcus epidermidis são:

  • Febre alta;
  • Cansaço excessivo;
  • Dor de cabeça;
  • Mal-estar geral;
  • Diminuição da pressão arterial;
  • Falta de ar ou dificuldade para respirar.

Nos casos em que a bactéria chegou à corrente sanguínea por meio de uma prótese articular, por exemplo, a pessoa também pode apresentar sintomas localizados, como inflamação, vermelhidão da pele e purulência no local da prótese ou do cateter.

Caso a bactéria esteja presente na válvula prostética colocada no coração, por exemplo, pode causar endocardite infecciosa, provocando sintomas como febre, calafrios, mal estar geral, suor noturno e sensação de falta de ar.

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A infecção por S. epidermidis é perigosa?

A infecção por S. epidermidis é perigosa quando não controlada a tempo, isso porque a bactéria pode rapidamente chegar à corrente sanguínea e atingir outros órgãos, provocando uma inflamação generalizada, sendo mais difícil de ser controlada e podendo colocar a vida da pessoa em risco.

Como se pega

O Staphylococcus epidermidis está naturalmente presente na pele em quantidade insuficiente para causar doença. Porém, essa bactéria é capaz de contaminar dispositivos médicos, como cateter, dispositivos cardíacos e ortopédicos e próteses, por exemplo, podendo chegar à corrente sanguínea das pessoas que fazem uso desses dispositivos e proliferar devido à diminuição da atividade do sistema imune nessas situações.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico de S. epidermidis é feito no laboratório através de testes, principalmente o teste da coagulase, que diferencia o S. epidermidis do Staphylococcus aureus. O S. epidermidis não possui essa enzima e, por isso, é dito coagulase negativa. Além disso, podem ser feitos outros testes laboratoriais específicos para diferenciar as espécies.

Muitas vezes a presença de S. epidermidis no sangue não significa necessariamente infecção, pois já que se encontra na pele, durante o processo de coleta de sangue, pode haver entrada da bactéria na circulação, sendo considerada contaminação da amostra em muitos casos. Por isso, o diagnóstico da infecção por S. epidermidis é feito a partir da análise de duas ou mais hemoculturas, que normalmente são coletadas em locais diferentes para evitar falsos resultados.

Assim, o diagnóstico da infecção por S. epidermidis é confirmado quando todas as hemoculturas são positivas para esse microrganismo. Quando apenas uma das hemoculturas é positiva para S. epidermidis e as outras são positivas para outro microrganismo, é considerada contaminação.

O que é S. epidermidis resistente?

Muitas vezes a contaminação da amostra por S. epidermidis é mal interpretada pelos laboratórios e indicada como infecção no resultado do exame, o que faz com que o médico indique o uso de antibióticos contra a "infecção". O uso inadequado de antibióticos pode favorecer a formação de bactérias resistentes, dificultando o tratamento.

Atualmente, a infecção por S. epidermidis têm sido frequente em pacientes internados e, por isso, têm ganhado importância clínica não só devido ao uso indiscriminado de antibióticos, mas também à sua capacidade de formar biofilme em equipamentos médicos, o que favorece a proliferação dessa bactéria e resistência aos tratamentos.

Como é feito o tratamento

O tratamento para a infecção por Staphylococcus epidermidis normalmente é feito com o uso de antibióticos, no entanto, o antimicrobiano de escolha varia de acordo com as características das bactérias, já que muitas possuem mecanismos de resistência. Assim, pode ser recomendado pelo médico o uso de Vancomicina e Rifampicina, por exemplo.

Além disso, o tratamento para S. epidermidis só é indicado quando a infecção é confirmada. No caso de suspeita de contaminação da amostra, são recolhidas novas amostras para verificar se houve contaminação ou se representa infecção.

No caso de ter havido colonização de cateteres ou próteses por S. epidermidis, normalmente é recomendado a troca do dispositivo médico. Atualmente, alguns hospitais adotam o uso de equipamentos antissépticos que impedem a formação de biofilme e desenvolvimento do Staphylococcus epidermidis, evitando a infecção.