Os testes rápidos para COVID-19 permitem saber, em poucos minutos, se a pessoa está infectada ou se já teve contato com o coronavírus, dependendo se é um teste de antígeno ou de anticorpo.
Estes testes podem ser feitos em farmácias, ou drogarias, e os resultados são obtidos em 15 minutos, pois não precisam ser enviados para o laboratório de forma a serem analisados em equipamentos especiais.
No entanto, os testes rápidos não são considerados pela OMS como um teste de diagnóstico para COVID-19, servindo apenas para identificar se a pessoa já teve contato com o coronavírus. Para o diagnóstico da COVID-19, o RT-PCR continua sendo o único exame recomendado. Saiba mais sobre os testes disponíveis para COVID-19.
1. Teste rápido de antígeno
O que indica: se existe infecção ativa de COVID-19. No entanto, o resultado precisa ser confirmado por um exame de RT-PCR. Veja como é feito o exame de PCR.
Como é feito: é recolhida uma amostra de saliva ou secreção nasal, através de um swab, que é semelhante a um cotonete. A amostra é depois diluída num líquido especial e colocada em um pequeno aparelho de plástico, semelhante ao teste de gravidez de farmácia. Quando existe a presença do vírus, a fita do teste muda de cor ou apresenta duas riscas.
O teste rápido de antígeno pode ser feito em farmácias, centros de testagem e em laboratórios, sendo realizados pelos profissionais de saúde, ou em casa por meio do autoteste, em que a pessoa faz a própria coleta, realiza todos os procedimentos do exame e interpreta o resultado, sendo fundamental seguir todas as instruções para evitar que o resultado seja errado. Conheça mais sobre o autoteste para COVID-19.
Como ler o resultado: após 15-30 minutos, se a fita absorvente apresentar uma risca no campo de teste "T", mesmo que suave, significa que o resultado é positivo e a pessoa tem alta probabilidade de estar com uma infecção ativa. Se apenas aparecer uma risca no campo de controle "C" significa que o resultado é negativo. Se não existir risca no campo "C", o teste é considerado inválido.
Como funciona: este tipo de teste rápido detecta a presença de proteínas do coronavírus, que são os antígenos. Os antígenos estão presentes apenas quando o coronavírus está se multiplicando de forma ativa.
É importante salientar que o resultado deste teste não é alterado pela vacinação. Isso porque a vacina apenas expõe um pequena parte do vírus ao sistema imune, não sendo o suficiente para ser identificada no teste de antígeno.
2. Teste rápido de anticorpo
O que indica: se a pessoa tem anticorpos para a doença, o que pode indicar que já teve contato com o coronavírus em algum momento.
Como é feito: é feito através da coleta de uma gota de sangue no dedo. Esse sangue é depois colocado num pequeno aparelho de plástico junto com um solvente.
Como ler o resultado: após 15-30 minutos, se a fita absorvente apresentar uma risca para anticorpos IgG (G) e/ou IgM (M), mesmo que suave, significa que a pessoa tem anticorpos contra a COVID-19. Se apenas aparecer uma risca no campo de controle "C" significa que o resultado é negativo. Se não existir risca no campo de controle "C", o teste é considerado inválido.
Como funciona: analisa a presença de anticorpos IgG e/ou IgM no sangue, que são proteínas produzidas para defender o organismo. Os anticorpos da COVID-19 são produzidos ao longo de dias, ou semanas, após a pessoa ter sido infectada.
É importante ressaltar que o teste rápido de anticorpo não deve servir para identificar se a pessoa desenvolveu imunidade depois de fazer a vacinação.
Quando fazer o teste rápido
O momento indicado para realizar o teste rápido de COVID-19 varia de acordo com o tipo de teste:
- Teste rápido de antígeno (nasal): é indicado para pessoas que estejam há pelo menos 2 dias com sintomas de COVID-19;
- Teste rápido de antígeno (oral): é indicado para pessoas que estejam com sintomas da COVID-19, entre o 1º e o 7º dia da suspeita da infecção;
- Teste rápido de anticorpo (sangue): é indicado para pessoas com sintomas da COVID-19 há mais de 8 dias, pessoas que tiveram contato com pessoas COVID positivo, pessoas que desejam saber se já tiveram COVID-19 anteriormente ou para pessoas que já testaram positivo para COVID-19, se curaram e querem saber se têm anticorpos para a doença;
Os testes rápidos de COVID-19 são menos sensíveis do que o teste de RT-PCR feito em laboratório, podendo dar um resultado falso negativo. Isso significa que um resultado negativo no teste rápido não elimina a possibilidade da pessoa estar infectada com o coronavírus, sendo recomendado que os resultados sejam sempre avaliados por um profissional de saúde, juntamente com análise dos sintomas apresentados e outros exames como hemograma e tomografia de tórax.
Onde fazer o teste rápido
Os testes rápidos para COVID-19 são aprovados pela ANVISA para serem feitos, sem receita médica, em laboratórios, centros de testagem, farmácias e drogarias que tenham medidas de segurança e profissionais de saúde treinados para realização da coleta das amostras e interpretação dos resultados.
Além disso, existem também os "autotestes" que são testes rápidos que podem ser feitos em casa, através da coleta de uma amostra nasal. Ainda assim, para garantir um resultado mais fiável, é sempre recomendado que o autoteste seja feito na presença de um profissional de saúde.
O que significa o resultado
O significado do resultado depende do tipo de teste realizado:
É sempre muito importante lembrar um resultado negativo não exclui a possibilidade da pessoa estar infectada com o coronavírus, especialmente se apresentar sintomas sugestivos da infecção, como febre, tosse seca, cansaço, perda de paladar ou garganta inflamada. Veja os principais sintomas que podem indicar COVID-19.
Independente do resultado, após a realização de um teste rápido de COVID é importante manter todos os cuidados de prevenção, como uso da máscara, lavagem regular das mãos e distanciamento social.