Como é feito o exame de tolerância à lactose (e outros testes)

Os principais exames utilizados para diagnosticar a intolerância à lactose são o teste respiratório e o teste oral de tolerância à lactose, no entanto, o médico pode ainda indicar outros exames, como o teste de pH fecal, o teste genético ou a biópsia intestinal.

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Embora o teste respiratório e o teste de intolerância sejam relativamente simples de realizar, podem ser bastante desconfortáveis, já que é necessário beber uma solução rica em lactose. Isso significa que, uma pessoa que tenha intolerância à lactose, irá apresentar sintomas bastante intensos, como barriga inchada, dor abdominal e gases. Veja os principais sintomas de intolerância à lactose.

Para se preparar para o teste de intolerância à lactose, é preciso fazer jejum de 12 horas, além de evitar medicamentos como antibióticos e laxantes por 2 semanas antes do exame. Além disso, é recomendado fazer uma dieta especial no dia anterior ao exame, evitando alimentos que possam aumentar a produção de gases como leite, feijão, macarrão e verduras.

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Testes para intolerância à lactose

Os exames que são mais frequentemente indicados para diagnosticar a intolerância à lactose são:

1. Teste respiratório

O teste respiratório é um dos principais exames indicados para identificar a intolerância à lactose.

Para isso, a pessoa deve soprar lentamente um pequeno aparelho que mede a quantidade de hidrogênio na respiração e, em seguida, deve ingerir uma pequena quantidade de lactose diluída em água e soprar novamente no aparelho a cada 15 ou 30 minutos, durante um período de 3 horas.

Quando o carboidrato, nesse caso a lactose, não é devidamente digerida no intestino, chega ao cólon e sofre a ação da microbiota local, resultando na formação de ácidos de fermentação, CO2 e íons de hidrogênio, que chegam à corrente sanguínea e são eliminados pelos pulmões.

Assim, de acordo com a quantidade de hidrogênio expelida, é possível verificar o grau de alteração no processo de digestão de carboidratos.

O que significa o resultado: o resultado é dito positivo, ou seja, é considerado que a pessoa tem intolerância à lactose quando a quantidade de hidrogênio medida é 20 ppm maior que o da primeira medição.

Por exemplo, se na primeira medição o resultado foi de 10 ppm e se após tomar a lactose houver resultados acima de 30 ppm, o diagnóstico será de que existe intolerância à lactose.

2. Teste oral de tolerância à lactose

Neste exame a pessoa bebe uma solução de lactose concentrada e depois recolhe várias amostras de sangue ao longo do tempo para avaliara variação dos níveis de glicose no sangue.

Em alguns casos, ao invés de tomar uma solução concentrada de lactose, pode ser indicado que a pessoa tome cerca de 500 mL de leite, sendo também monitorada a quantidade de açúcar no sangue ao longo do tempo.

O que significa o resultado: é considerada intolerância à lactose, quando os níveis de lactose e/ou glicose, dependendo do teste realizado, se mantém constante ao longo do tempo.

Em condições normais, tanto a lactose quanto a glicose seriam metabolizadas no organismo, sendo notada diminuição dos níveis circulantes.

3. Teste de acidez das fezes

O teste de acidez das fezes é feito normalmente em bebês ou crianças que não podem fazer os outros tipos de exame.

Dessa forma, para investigar a intolerância à lactose, deve ser recolhida uma amostra de fezes, que deve ser enviada para o laboratório para a análise.

A presença de lactose não digerida nas fezes leva à formação de ácido láctico, o que deixa as fezes mais ácidas que o normal, sendo identificado no exame de fezes.

O que significa o resultado: é dito que o bebê ou a criança tem intolerância à lactose quando é verificado que as suas fezes possuem pH mais ácido do que o normal, ficando abaixo de 6,0.

No entanto, no caso de bebês em aleitamento exclusivo, as fezes costumam ser mais ácidas, em que o pH é em torno de 5,0 e 6,5, não sendo indicativo, nesse caso, de intolerância.

4. Biópsia do intestino

A biópsia do intestino delgado é apenas indicada quando o resultado dos outros exames não são conclusivos ou quando a pessoa apresenta sinais e sintomas que não são os clássicos de intolerância à lactose.

Assim, é recomendado que a pessoa faça uma colonoscopia, para que seja observado o interior do intestino e recolhida uma pequena amostra, que é enviada para o laboratório para análise.

O que significa o resultado: é considerado positivo quando, durante a avaliação laboratorial, é identificada a ausência de células intestinais contendo a enzima lactase ou quando é verificada a presença da enzima, porém esta não é funcionante.

Leia também: Lactase: o que é, para que serve e como tomar tuasaude.com/lactase

5. Testes genéticos

A intolerância à lactose está relacionada com a diminuição da função da enzima lactase, resultando na maior concentração de lactose circulante, o que leva aos sintomas de intolerância.

A alteração no funcionamento da lactase está relacionada com mutações no gene MCM6, o que interfere diretamente na ação dessa enzima.

Para fazer esse exame, basta que uma pequena amostra de sangue seja recolhida no laboratório e enviada para a análise, em que serão realizados testes moleculares com o objetivo de identificar a presença ou ausência dessa mutação.

O que significa o resultado: o exame é dito positivo quando é verificada a presença de mutações no gene MCM6, indicando que existe intolerância à lactose.

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Como se preparar para o exame de tolerância à lactose

O teste de tolerância à lactose é feito com jejum de 12h para adultos e crianças maiores de 2 anos, e jejum de 4h para crianças de 1 ano de idade. Além do jejum, outras recomendações necessárias são:

  • Não tomar laxantes ou antibióticos nas 2 semanas anteriores ao exame;
  • Não tomar remédios para o estômago ou consumir bebidas alcoólicas nas 48 horas antes do teste;
  • Não aplicar clister nas 2 semanas anteriores ao exame.
  • Não consumir feijão, favas, pão, bolachas, torradas, cereais matinais, milho, macarrão e batata, no dia anterior ao exame;
  • Não consumir frutas, legumes, doces, leite e derivados, bombons, balas e chicletes, no dia anterior ao exame.

Além disso, 1 hora antes do exame é proibido beber água ou fumar, já que pode influenciar o resultado.

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