Toracotomia: o que é, para que serve, tipos e como é feita

Toracotomia é cirurgia em que é feita um corte entre as costelas para ter acesso aos órgãos da cavidade torácica, sendo indicada para o tratamento de pneumotórax, câncer de pulmão ou tamponamento cardíaco.

Existem diferentes tipos de toracotomia, que podem ser feitas do lado direito ou esquerdo do tórax, de forma a acessar órgãos como coração, aorta torácica, pulmões, traqueia ou esôfago.

A toracotomia é feita pelo cirurgião torácico com anestesia geral e também pode ser feita para diagnosticar doenças nos órgãos torácicos através da biópsia e, se necessário, remover tecidos lesionados.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

A toracotomia serve para tratar ou diagnosticar condições que afetam os órgãos do tórax, como pulmões, pleura, coração, aorta torácica ou outros vasos sanguíneos cardíacos, esôfago ou traqueia.

A cirurgia de toracotomia é feita pelo cirurgião torácico de forma eletiva, ou seja, com data marcada pelo médico, ou de forma emergencial, o que varia com a condição a ser tratada.

Se tem indicação para a toracotomia, marque uma consulta com o cirurgião torácico na região mais próxima de você:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Quando é indicada

A toracotomia é indicada para:

  • Câncer de pulmão, pleura, brônquios ou esôfago;
  • Derrame pleural ou empiema;
  • Pneumotórax ou hemotórax;
  • Ruptura de aneurisma da aorta torácica;
  • Defeitos cardíacos congênitos ou fístulas traqueoesofágicas em bebês;
  • Doença da válvula aórtica, mitral ou tricúspide;
  • Doença arterial coronariana, doença ou tumor no coração ou pericárdio.

Além disso, a toracotomia pode ser feita como cirurgia de emergência para o tratamento de lesão ou traumas no tórax por acidentes ou objetos penetrantes ou contusos ou tamponamento cardíaco, por exemplo.

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Como deve ser o preparo

Para se preparar para a cirurgia de toracotomia, é recomendado fazer jejum absoluto de pelo menos 8 horas, já que é necessária anestesia geral.

Além disso, é importante informar ao médico todos os remédios, suplementos, vitaminas ou produtos naturais que se usa regularmente, pois alguns podem aumentar o risco de sangramentos.

Também deve-se informar ao médico se apresenta alergia à anestésicos ou qualquer outro medicamento.

Como é feita

A toracotomia é feita pelo cirurgião torácico, no hospital, com anestesia geral, podendo ser colocado um cateter epidural para receber remédios analgésicos e controlar a dor pós-operatória.

Para realizar a toracotomia o médico deve seguir alguns passos:

  1. Aplicar a anestesia geral;
  2. Fazer a intubação oral para manter as vias respiratórias abertas;
  3. Colocar um tubo de respiração para permitir que apenas o pulmão que não esteja sendo operado infle durante a cirurgia;
  4. Posicionar a pessoa deitada de lado, com o lado que será operado para cima;
  5. Realizar a assepsia da pele;
  6. Fazer um corte entre as costelas e, se necessário quebrar ou dividir uma costela;
  7. Retirar tecidos, parte ou todo o órgão, corrigir defeitos, traumas ou lesões;
  8. Fechar o corte com pontos e colocar um tubo torácico para drenar fluidos e ar.

Após a cirurgia, é possível a pessoa sentir dor ao respirar e, por isso, o médico deve receitar remédios analgésicos, que podem ser aplicados através do cateter epidural.

Tipos de toracotomia

Existem 4 diferentes tipos de toracotomia, que estão relacionados com a região em que é realizada a incisão:

1. Toracotomia posterolateral

A toracotomia posterolateral é o procedimento mais comum, e o método geralmente usado para aceder aos pulmões, para remover um pulmão ou a porção de um pulmão devido a um câncer, por exemplo. 

Durante esta cirurgia, é feita uma incisão ao longo do lado do peito em direção às costas, entre as costelas, e as costelas são separadas, podendo ser necessário remover uma delas para se poder visualizar o pulmão.

2. Toracotomia mediana

Na toracotomia mediana, a incisão é feita ao longo do esterno, de forma a abrir acesso ao peito.

Geralmente, o procedimento é usado quando se pretende realizar uma cirurgia ao coração.

3. Toracotomia axilar

Na toracotomia axilar, é feita uma incisão na região da axila, que é geralmente utilizada para tratar o pneumotórax, que consiste na presença de ar na cavidade pleural, entre o pulmão e a parede do tórax.

4. Toracotomia anterolateral

A toracotomia anterolateral, geralmente, é utilizada em casos de emergência, em que é realizada uma incisão ao longo da parte da frente do peito, que pode ser necessária após a ocorrência de um trauma no peito ou para permitir o acesso direto ao coração após uma parada cardíaca. 

Possíveis complicações

As principais complicações que podem ocorrer após a toracotomia são:

  • Sangramentos;
  • Pneumotórax ou derrame pleural;
  • Infecções;
  • Pneumonia ou empiema;
  • Disfunção do ombro.

Além disso, outra complicação é a síndrome da dor pós-toracotomia, caracterizada por dor ao longo do local do corte na região onde foi realizada a toracotomia, por mais de dois meses após a cirurgia.

Nestes casos, ou caso a pessoa detecte alguma complicação no período de recuperação, o médico deve ser informado imediatamente.

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