Ozonioterapia: para que serve, como é feita (e quando evitar)

Evidência científica

A ozonioterapia é a aplicação de uma mistura de ozônio e oxigênio em diferentes partes do corpo, para estimular a oxigenação dos tecidos, fortalecer o sistema imunológico e/ou eliminar microrganismos que podem causar infecções.

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De acordo com a ANVISA, a ozonioterapia pode ser indicada no tratamento e prevenção de doenças dentárias e para complementar procedimentos estéticos, sendo aprovada no Brasil como forma de complementar o tratamento médico, desde que feita por um profissional devidamente qualificado e com equipamento regulamentado pela Anvisa.

A ozonioterapia é oferecida pelo SUS, como parte do Programa Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), no entanto, não é aprovada pelo Conselho Federal de Medicina, Academia Nacional de Medicina e Associação Médica Brasileira, para tratamento de doenças, pois não existem comprovações científicas da sua eficácia.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

De acordo com a ANVISA, a ozonioterapia pode ser indicada para:

1. Tratamento de cáries

O ozônio pode eliminar as bactérias que causam cáries devido a sua ação antimicrobiana, podendo ser indicado no seu tratamento. Entenda melhor o que são cáries e o seu tratamento.

2. Doenças periodontais

A aplicação de ozônio pode auxiliar na prevenção e tratamento de doenças periodontais, como gengivite e periodontite, devido à ação antimicrobiana e à capacidade de estimular o sistema imunológico.

3. Tratamento de canal

A ozonioterapia pode ser indicada no tratamento de canal para prevenir o crescimento de bactérias e evitar infecções no local onde o procedimento está sendo feito. Veja como é feito o tratamento de canal.

4. Cirurgias dentárias

A ozonioterapia pode auxiliar o processo de cicatrização das feridas após cirurgias dentárias estimulando a circulação de sangue, a regeneração do tecido e diminuindo a inflamação no local.  

5. Procedimentos estéticos

O ozônio pode ser indicado em procedimentos estéticos para auxiliar na limpeza e assepsia da pele devido à sua ação antimicrobiana. 

Possíveis benefícios

A ozonioterapia apresenta possíveis benefícios no tratamento de asma, bronquite, DPOC, esclerose múltipla, HIV, câncer, hérnia de disco, distúrbio da articulação temporomandibular e complicações da diabetes, por exemplo.

No entanto, a ozonioterapia ainda tem sido estudada e, atualmente, não é aprovada pela ANVISA com estas indicações, por não existirem evidências científicas que comprovem os seus benefícios nestas situações.

Além disso, a ozonioterapia não é recomendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) como forma de tratamento, sendo ainda considerado um procedimento experimental. 

Como é feito

A ozonioterapia pode ser feita por meio de:

  • Aplicação cutânea, com gás, compressas, óleos ou água contendo ozônio aplicados sobre a pele;
  • Aplicação bucal, utilizado água, gás ou óleos contendo ozônio diretamente na mucosa da boca.

O tratamento com ozônio deve ser realizado por um profissional de saúde capacitado, como o médico ou dentista treinado para a aplicação. Além disso, o tipo de tratamento varia de acordo com a indicação da ozonioterapia.

Possíveis efeitos colaterais

A ozonioterapia possui poucos efeitos colaterais quando utilizada de forma segura, por profissional de nível superior devidamente qualificado e com equipamento regulamentado pela Anvisa, no entanto, pode causar irritação da pele no local da aplicação, náuseas, vômitos, tosse, dor de cabeça e reações alérgicas.

Além disso, quando a ozonioterapia é aplicada na forma de gás, a sua inalação pode causar irritação nos pulmões, edema pulmonar, problemas nos olhos, coração e cérebro. 

Quando não deve ser usado

A ozonioterapia não deve ser feita em crianças, mulheres grávidas ou em amamentação, em pessoas com infarto agudo do miocárdio, hipertireoidismo não controlado, intoxicação alcoólica ou problemas sanguíneos, especialmente trombocitopenia.