10 tratamentos para autismo (e como cuidar da criança)

Atualizado em março 2024

O tratamento do autismo, apesar de não curar esta síndrome, é capaz de melhorar a comunicação, a concentração e diminuir os movimentos repetitivos, melhorando assim a qualidade de vida do próprio autista e também da sua família.

Para um tratamento eficaz, é indicado que seja feito com uma equipe composta por médico, fisioterapeuta, psicoterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo, que indicam terapias específicas para cada paciente, e muitas vezes devem ser feitas por toda vida.

Além disso, cuidados com a alimentação e atividades como musicoterapia e equoterapia também podem contribuir muito para a melhora dos sintomas.

Imagem ilustrativa número 2

Opções de tratamento

Algumas estratégias importantes para o tratamento do autismo, seja em casos leves ou graves, incluem:

1. Remédios

Os principais medicamentos indicados no tratamento do autismo são:

  • Risperidona;
  • Aripiprazol;
  • Melatonina;
  • Fluoxetina;
  • Sertralina;
  • Metilfenidato;
  • Clonidina.

No entanto, estes remédios geralmente são indicados de acordo com os sintomas identificados pelo médico, como agressividade, impulsividade, desatenção, dificuldade para lidar com a frustração, ansiedade, depressão e alterações do sono.

É importante que mesmo com o uso de remédios indicados pelo médico, sejam adotadas outras estratégias que ajudem a aliviar os sintomas e, assim, ser possível no futuro diminuir a dose ou suspender o medicamento.

2. Alimentação

A alimentação da criança deve ser variada e saudável, incluindo frutas e vegetais, cereais integrais, leguminosas e proteínas. Assim é possível garantir o crescimento e o desenvolvimento saudável e prevenir situações como prisão de ventre, deficiência de nutrientes ou obesidade. Veja como deve ser a alimentação no autismo.

Como é comum a criança com o transtorno do espectro autista recusar alguns alimentos, é importante adotar algumas medidas, como fazer apresentações criativas com os pratos, criar menus ou oferecer opções de alimentos para a criança escolher. Essas estratégias podem deixar a criança mais confortável, melhorando a aceitação dos alimentos.

Veja no vídeo a seguir algumas dicas para ajudar a criança a comer:

3. Fonoaudiologia

O acompanhamento com o fonoaudiólogo é importante para melhorar a comunicação verbal da criança com o espectro autista com outras pessoas. Durante as sessões são realizados diversos exercícios que podem ajudar a criança a aumentar o seu vocabulário e melhorar a entoação da voz, podendo ser realizados jogos e brincadeiras para atrair a atenção da criança.

4. Musicoterapia

A música ajuda a criança a entender as emoções, aumentando sua interação com o mundo à sua volta. O objetivo não é aprender a cantar ou tocar nenhum instrumento, sendo somente importante saber ouvir e se expressar através dos sons que os instrumentos podem produzir e também através de movimentos de dança, por exemplo, num ambiente leve e descontraído.

5. Psicoterapia

A psicoterapia deve ser guiada pelo psicólogo e pode ser realizada sozinho ou em grupo, com encontros semanais. Especialmente por meio da terapia comportamental, é possível desenvolver as habilidades de comunicação e interação, além de estratégias para lidar com as dificuldades emocionais.

6. Terapia ocupacional

A terapia ocupacional é também indicada no tratamento do transtorno do espectro autista, sendo muitas vezes indicada em associação com a psicoterapia. O objetivo da terapia ocupacional é melhorar a qualidade de vida da pessoa e estimular a autonomia, o que é feito através de tecnologias e atividades que necessitam da ação da pessoa, assim como atividades que promovam o processo de adaptação da pessoa à sociedade e a autoconfiança.

8. Psicomotricidade

Pode ser orientada por um fisioterapeuta especialista e, durante as sessões, podem ser realizados diversos jogos e brincadeiras com o objetivo de desenvolver a coordenação motora e controle dos movimentos.

9. Terapia ABA

A terapia ABA é um método que ajuda nas habilidades sociais, comunicativas e emocionais e de aprendizado, melhorando a qualidade de vida e a autonomia de pessoas com transtorno do espectro autista, que possuem dificuldades de socialização, aprendizagem ou de atividades do dia a dia, como alimentação e autocuidado.

Leia também: Terapia ABA: o que é, para que serve e como é feita tuasaude.com/terapia-aba

10. Equoterapia

A terapia com cavalos é muito útil para melhorar a reação de endireitamento do corpo, quando a criança está em cima do animal, a coordenação motora, o controle da respiração e desenvolver a autoconfiança do autista. As sessões geralmente duram entre 30 minutos e 1 hora. Saiba mais sobre a equoterapia.

Qual médico consultar

O médico que geralmente inicia o diagnóstico de autismo é o pediatra, no entanto, geralmente são necessários outros profissionais como o psiquiatra clínico ou o neurologista pediatra para analisar e orientar as melhores formas de tratamento.

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Como cuidar da criança autista em casa

Alguns cuidados importantes que se deve ter em casa, para melhorar a qualidade de vida da criança com espectro autista, são:

  • Observar se o filho possui maior facilidade para determinada tarefa, porque muitos autistas possuem aptidão para matemática, música, desenho ou informática, por exemplo;
  • Respeitar as rotinas, pois o autista não tolera bem as mudanças;
  • Evitar ter móveis e objetos desnecessários em casa, para protegê-los de acidentes;
  • Desenvolver bons hábitos do sono, respeitando o horário de dormir, com luzes menos intensas e refeições leves antes de ir para cama.

Uma outra dica importante é evitar locais como lanchonetes e supermercados, pois existem muitos estímulos nestes locais, como luzes muito fortes e muito barulho, o que pode causar desconforto na criança.

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