O tratamento para tétano deve ser iniciado o mais rápido possível quando surgirem os primeiros sintomas, como contração dos músculo do maxilar e febre, após um corte ou ferida na pele, para evitar o desenvolvimento de complicações graves como dificuldade para movimentar partes do corpo, dificuldade para respirar ou até mesmo o coma, por exemplo.
Normalmente o tratamento é realizado no hospital para que seja frequentemente monitorada e possa ser possível avaliar se o tratamento está sendo eficaz, e envolve o uso de medicamentos que ajudam a bloquear a atividade das toxinas, eliminar a bactéria e aliviar os sintomas, além de prevenir complicações.
Assim, quando existe suspeita de estar infectado com tétano é recomendado ir imediatamente ao hospital para iniciar o tratamento através de:
- Injeção de antitoxina diretamente no sangue para bloquear a ação das toxinas do tétano, evitando agravamento dos sintomas e destruição de nervos;
- Uso de antibióticos, como metronidazol ou penicilina, para eliminar as bactérias do tétano e evitar a produção de mais toxinas;
- Injeção de relaxantes musculares diretamente no sangue, como diazepam, para aliviar a contração dos músculos provocada pelos danos causados pelas toxinas nos nervos;
- Ventilação com aparelhos utilizada nos casos mais graves em que os músculos da respiração estão muito afetados
Dependendo da gravidade da infecção pode ser preciso fazer a alimentação por via intravenosa ou por meio de uma sonda que vai do nariz até o estômago. Muitas vezes, é ainda necessário introduzir uma sonda retal para remover o bolo fecal do organismo.
Após o tratamento, deve-se voltar a fazer a vacina contra o tétano como se fosse a primeira vez, pois deixa-se de estar protegido contra a doença.
Tratamento para tétano neonatal
O tétano neonatal, mais conhecido como mal dos sete dias, também é uma doença provocada pela bactéria Clostridium tetani e atinge bebês recém-nascidos, mais frequentemente nos primeiros 28 dias de vida.
Os sintomas do tétano neonatal no bebê podem ser confundidos com outras doenças e são dificuldade para mamar, choro constante, irritabilidade e problemas musculares.
Esta doença pode ser transmitida pela contaminação do coto umbilical, ou seja, ao cortar o cordão umbilical após o nascimento com instrumentos não esterilizados, como tesouras e pinças. O tratamento do tétano neonatal deve ser feito com o bebê internado, de preferência em uma UTI, pois será necessário administrar medicamentos como soro antitetânico, antibióticos e sedativos. Veja mais sobre a transmissão do tétano.
Possíveis complicações
Se o tétano não for tratado rapidamente pode levar ao surgimento de algumas complicações graves como consequência das contraturas musculares, havendo dificuldade para movimentar partes do corpo, como a boca, mexer o pescoço e até caminhar.
Outras complicações que podem aparecer por causa do tétano são fraturas, infecções secundárias, laringoespasmo, que são os movimentos involuntários nas cordas vocais, pneumonia e bloqueio da artéria mais importante do pulmão, deixando a pessoa com dificuldade para respirar e, nos casos mais graves, em coma.
O que fazer para prevenir
A vacina antitetânica é a maneira mais recomendada para prevenir a infecção pela bactéria que causa o tétano, sendo na maioria das vezes aplicada a vacina DTPa que além de proteger contra o tétano, também protege contra coqueluche e difteria. Esta vacina pode ser aplicada em bebês e adultos e devem ser administradas três doses para garantir a eficácia total da vacina. Saiba quando tomar a vacina DTPa.
Para prevenir o tétano é necessário também tomar alguns cuidados ao sofrer algum ferimento com objetos enferrujados, lavar bem o machucado, mantê-los cobertos e sempre fazer a higiene das mãos antes de tocar no local ferido. Veja a seguir um vídeo que mostra qual melhor maneira de limpar as feridas: