O tratamento do câncer de pele pode ser feito com cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia, por exemplo, o que varia com o tipo de tumor, se melanoma ou não-melanoma, assim como o estágio da doença.
O câncer de pele é um tumor maligno causado por mutações nas células que passam a se multiplicar de forma descontrolada, e pode ser identificado através de sinais, como lesão com cores diferentes, bordas irregulares e aumenta do tamanho ao longo do tempo, por exemplo. Saiba identificar os sinais do câncer de pele.
O tratamento do câncer de pele é feito pelo dermatologista e/ou oncologista e radiologista, e deve ser iniciado o mais rápido possível, para aumentar as chances de cura. Por isso, é recomendado ficar sempre atento a alterações na pele, que possam indicar o surgimento de um câncer.
Principais tratamentos para o câncer de pele
Dependendo das características da lesão, do tipo de câncer, do tamanho e do estado geral da pessoa podem ser recomendados diferentes tipos de tratamento:
1. Cirurgia
A cirurgia é o tratamento inicial para o melanoma ou câncer de pele não melanoma, como carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular ou ceratose actínica. Confira os principais tipos de câncer de pele.
Essa cirurgia pode ser feita pelo médico utilizando diferentes técnicas que são:
- Cirurgia para remoção simples: é o tipo de cirurgia mais utilizada, na qual se retira toda a lesão causada pelo câncer e algum do tecido saudável em volta;
- Cirurgia micrográfica de Mohs: é utilizado especialmente para câncer de pele no rosto, pois é feita para retirar finas camadas de pele até retirar todas as células cancerígenas. Desta forma é possível evitar remover muito tecido saudável e deixar cicatrizes muito profundas;
- Excisão tangencial ou excisão shaving: é feita raspando a superfície da pele com uma lâmina para retirar a área anormal da pele;
- Eletro Curetagem: o tumor é retirado com uma cureta, que é um instrumento com forma de colher, e depois é aplicado uma pequena corrente elétrica para parar o sangramento e eliminar algumas células cancerígenas que possam ter ficado na pele;
- Criocirurgia: é usado em casos de carcinoma in situ, no qual a lesão se encontra bem delimitada, sendo possível congelá-la até eliminar todas as células malignas.
O tratamento cirúrgico do câncer de pele não melanoma ou melanoma em estágios iniciais pode ser feito apenas com cirurgia.
No entanto, no caso do melanoma ou do câncer de pele não melanoma em estágios avançados, o médico pode complementar a cirurgia com outros tratamentos.
Caso necessite fazer o tratamento para o câncer de pele, marque uma consulta com dermatologista oncológico um na região mais próxima:
2. Radioterapia
A radioterapia para o câncer de pele, normalmente, é utilizada nos casos mais avançados do câncer de pele não-melanoma do tipo carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular.
Esse tipo de tratamento também pode ser indicado pelo oncologista para o melanoma ou como tratamento paliativo para esse tipo de câncer de pele, para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
A radioterapia é feita através de uma máquina, colocada perto do local afetado, que emite radiações capazes de destruir as células tumorais, sendo necessárias várias sessões de radioterapia, que pode causar efeitos colaterais como coceira, irritação ou queimaduras na pele. Confira o que fazer para aliviar os efeitos colaterais da radioterapia.
3. Quimioterapia
A quimioterapia para câncer de pele pode ser indicada para eliminar as restantes células tumorais, pois agem impedindo a divisão e multiplicação das células cancerígenas.
Esse tipo de tratamento pode ser feito com a injeção de remédios diretamente na veia, como dacarbazina, carboplatina, cisplatina ou paclitaxel, ou, em alguns casos, também pode ser feito com a ingestão de comprimidos, como temozolomida, por exemplo.
No entanto, a quimioterapia age em todas as células em divisão no corpo, como as células dos folículos pilosos ou sanguíneas que se renovam constantemente, o que pode causar efeitos colaterais como queda de cabelo ou diminuição do sistema de defesa do corpo aumentando o risco de infecções, por exemplo.
4. Terapia alvo
A terapia alvo usa medicamentos para ajudar o sistema imune a identificar e atacar especificamente as células cancerígenas, provocando poucos efeitos nas células normais do corpo.
Alguns remédios usados na terapia alvo para o câncer de pele são vemurafenibe, encorafenibe, binimetinib, imatinibe ou nilotinibe, por exemplo.
Em alguns casos a terapia alvo pode ser combinada com radioterapia ou quimioterapia, para aumentar a chance de cura.
Alguns efeitos colaterais da terapia alvo para câncer de pele podem ser reações alérgicas, dificuldade em respirar, aumento da pressão arterial, acne, febre ou diarreia, por exemplo.
5. Imunoterapia
A imunoterapia também é outro tipo de tratamento que pode ser indicado pelo oncologista para o câncer de pele.
Alguns exemplos de imunoterapia para o câncer de pele são:
- Pembrolizumabe, nivolumabe, ipilimumabe ou cemiplimabe, aplicados diretamente na veia;
- Interferon injetável para o carcinoma de células escamosas;
- Imiquimode tópico na forma de creme, para o carcinoma de células basais.
Esse tipo de tratamento ajuda a aumentar a resposta do sistema imune contra as células do câncer, o que pode levar à uma diminuição do tamanho do câncer ou atrasar o seu crescimento.
Os remédios imunoterápicos podem ser usados junto com a quimioterapia ou radioterapia, nos casos de câncer de pele que tenham sidos tratados anteriormente, mas voltaram a aparecer, ou ainda usados nos estágios mais avançados ou com metástases.
Sinais de melhora e piora
A diminuição das lesões e o não aparecimento de novas lesões são indicativos de que o tratamento foi eficaz, sendo, portanto, sinal de melhora do câncer, sendo mais comum em casos em que o câncer é identificado e tratado ainda na fase inicial.
Sinais de piora
Quando o tratamento não é iniciado precocemente ou se encontra em um estágio muito avançado, os sinais de piora são surgimento de novas lesões na pele, dores no local das lesões e cansaço excessivo, por exemplo.
Além disso, no caso de metástases podem surgir outros sintomas que variam de acordo com o órgão afetado.