O tratamento da COVID-19 varia de acordo com a intensidade dos sintomas. Nos casos mais leves, em que existem apenas sintomas ligeiros como febre acima de 38ºC, tosse intensa, perda do olfato e do paladar ou dor muscular, o tratamento pode ser feito em casa com repouso e uso de medicamentos para aliviar os sintomas.
Já nos casos mais graves, em que existe dificuldade para respirar, sensação de falta de ar e dor no peito, o tratamento precisa ser feito em internamento no hospital, já que é necessário fazer uma avaliação mais constante, além de poder ser necessário administrar medicamentos diretamente na veia e/ou utilizar respiradores para facilitar a respiração.
Leia também: COVID-19: o que é, sintomas, transmissão e tratamento tuasaude.com/covid-19Em média, o tempo que a pessoa demora até ser considerada curada é de 10 dias, mas pode variar desde 5 dias até várias semanas, dependendo da gravidade da infecção. Entenda melhor quando a pessoa é curada da COVID-19.
Tratamento para COVID-19 leve
Nos casos mais leves de COVID-19, em que a pessoa não apresenta sintomas ou apresenta sintomas pouco graves, como febre, cansaço, dor no corpo ou dor de cabeça, o tratamento pode ser feito em casa após a avaliação médica.
Normalmente o tratamento inclui ficar de repouso para ajudar o corpo a se recuperar, mas também é comum incluir o uso de alguns medicamentos prescritos pelo médico, como antipiréticos, analgésicos ou anti-inflamatórios, que ajudam a diminuir a febre, a dor de cabeça e o mal estar geral. Veja mais sobre os remédios utilizados para o coronavírus.
A Anvisa também aprovou o uso emergencial do Sotrovimabe para o tratamento de para o tratamento da COVID-19 leve em pessoas que não estejam fazendo uso de oxigenoterapia e que possuem risco de desenvolver uma infecção mais grave, devendo ser administrado pelo médico.
Cuidados durante o tratamento
Além do tratamento médico, durante a infecção COVID-19 é importante ter alguns cuidados que ajudam a manter o sistema imune fortalecido e outros que evitam a transmissão do vírus. Assim, de forma geral é recomendado:
- Beber, pelo menos, 2 litros de água por dia, para otimizar o funcionamento do sistema imunológico e evitar uma possível desidratação;
- Fazer uma alimentação saudável e natural, investindo na ingestão de alimentos ricos em proteína, como carne, peixe, ovos ou laticínios, assim como em frutas, legumes, cereais e tubérculos. Este tipo de alimentos ajuda a manter o corpo saudável e o sistema imune mais fortalecido;
- Utilizar máscara bem ajustada ao rosto de modo a tapar o nariz e a boca e impedir que as gotículas de tosse ou espirros possam ser projetadas para o ar;
- Manter o distanciamento social, uma vez que este permite diminuir o contato entre as pessoas. É importante evitar abraços, beijos e outros cumprimentos próximos. O ideal é que a pessoa infectada fique em isolamento no quarto ou em outro cômodo da casa.
- Cobrir a boca ao tossir ou espirrar, utilizando um lenço descartável, que depois deverá ser jogado no lixo, ou a parte interna do cotovelo;
- Evitar tocar no rosto ou na máscara com as mãos, e no caso de tocar é recomendado lavar as mãos logo a seguir;
- Lavar as mãos com água e sabão regularmente durante, pelo menos, 20 segundos ou fazer a desinfecção das mãos com álcool gel 70% durante 20 segundos;
- Desinfectar o celular com frequência, utilizando toalhetes com 70% álcool ou com um pano de microfibra umedecido em álcool 70%;
- Evitar a partilha de objetos como talheres, copos, toalhas, lençóis, sabonetes ou outros objetos de higiene pessoal;
- Limpar e arejar os cômodos da casa para permitir a circulação de ar;
- Desinfetar as maçanetas das portas e todos os objetos compartilhados com outras pessoas, como por exemplo móveis, utilizando álcool 70% ou uma mistura de água com água sanitária;
- Limpar e desinfectar o banheiro após ser utilizado, especialmente se for utilizado por outras pessoas;
Além disso, é importante colocar todo o lixo produzido numa sacola de plástico diferente, de forma a que sejam tomados os devidos cuidados quando for descartado. Confirma mais cuidados para evitar a transmissão da COVID-19.
Quando ir ao hospital
Nos casos de infecção leve, é recomendado voltar ao hospital se os sintomas piorarem, em caso de dor no peito, falta de ar ou se a febre ficar acima de 38ºC por mais de 48 horas, ou se não diminuir com o uso dos medicamentos indicados pelo médico.
O ideal é consultar um pneumologista ou um infectologista, mas também é possível se consultar com um clínico geral, que encaminhará para outra especialidade se necessário.
Tratamento para COVID-19 grave
Nos casos mais graves de COVID-19, em que se desenvolve uma pneumonia ou outras complicações sérias, é importante que o tratamento seja feito em internamento no hospital, para que a pessoa possa receber oxigênio, fazer medicação diretamente na veia e manter os sinais vitais avaliados com regularidade.
Para estes casos, a ANVISA aprovou o uso de diferentes medicamentos contra a COVID-19, que devem ser administrados no hospital, como o Rendesivir, Paxlovid, Sotrovimabe e Molnupiravir, principalmente quando há risco aumentado de complicações. Conheça mais sobre os remédios para COVID-19.
No caso de existir muita dificuldade para respirar ou caso a respiração comece a falhar, é possível que a pessoa seja transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para que possam ser utilizados equipamentos específicos, como o respirador, e para que a pessoa possa ficar sob vigilância mais apertada.
Alimentação durante a COVID-19
Alguns cuidados com a alimentação podem ajudar na recuperação em casos leves e moderados da COVID-19.
Para isso é recomendado manter uma alimentação saudável e balanceada, priorizando alimentos naturais, como frutas e vegetais frescos; cereais integrais; proteínas magras, como tofu e peixe; gorduras saudáveis, como azeite e amendoim; e leguminosas, como feijão e lentilha. Veja outras dicas para manter uma alimentação saudável e balanceada.
Além disso, é recomendado também beber bastante líquidos, como água e chás naturais, que são importantes para o fortalecimento do sistema imunológico.
Apesar de não existir comprovação científica sobre o consumo de nutrientes específicos no combate à COVID-19, alguns alimentos com propriedades antioxidantes, imunomoduladoras e anti-inflamatórias, como cúrcuma, alho, castanha-do-pará e iogurte, fortalecem a imunidade, podendo ajudar na recuperação da doença.
Leia também: 12 alimentos que aumentam a imunidade tuasaude.com/alimentos-que-aumentam-a-imunidadeO que fazer se os sintomas persistirem
Algumas pessoas que tiveram COVID-19 e que foram consideradas "curadas" podem continuar apresentando alguns sintomas como dor no corpo, cansaço, dor de cabeça e alterações no olfato ou paladar. Esses casos estão sendo descritos como sendo síndrome pós-COVID, ou COVID longa, e devem ser avaliados e acompanhados por um médico.
Leia também: Síndrome pós-COVID: o que é, sintomas e o que fazer tuasaude.com/sindrome-pos-covidA vacina da COVID-19 ajuda no tratamento?
O principal objetivo da vacina contra a COVID-19 é prevenir os casos de infecção grave. Por isso, ela não é usada como forma de tratamento, já que deve ser aplicada antes de uma possível infecção para permitir que o corpo tenha anticorpos capazes de combater o vírus. Saiba mais sobre o funcionamento das vacinas contra a COVID-19.