Na suspeita de embolia pulmonar, o tratamento no hospital pode ser iniciado mesmo antes de confirmar o diagnóstico, sendo geralmente realizado com a administração de oxigênio e injeção de um anticoagulante diretamente na veia, que é um medicamento que ajuda a evitar que o coágulo consiga aumentar de tamanho ou que novos coágulos possam se formar, piorando o quadro.
Caso os exames de diagnóstico, como o raio X de tórax ou a angiografia pulmonar, confirmem o diagnóstico de embolia, a pessoa precisa ficar internada para continuar o tratamento por mais dias com anticoagulante e trombolíticos, que são outro tipo de medicamentos que ajudam a dissolver os coágulos que já existem.
A embolia pulmonar é uma situação grave e que deve ser tratada o mais rápido possível no hospital, para evitar colocar a vida em risco. Se surgirem sintomas que levem a suspeitar de embolia pulmonar, como sensação súbita de falta de ar, tosse intensa ou dor forte no peito, é aconselhado ir ao pronto-socorro, para avaliar a situação e iniciar o tratamento, se necessário. Conheça outros sintomas que podem indicar uma embolia pulmonar.
Sinais de melhora e piora
A melhoria dos sintomas surge poucos minutos após o tratamento de emergência com alivio da dificuldade para respirar e diminuição da dor no peito. No entanto, quando o tratamento não é iniciado rapidamente, pode haver o surgimento de sinais de piora, como dificuldade para respirar, desmaio e diminuição da quantidade de oxigênio no organismo, podendo levar a uma parada cardíaca.
Quando é necessário fazer cirurgia
A cirurgia para tratar a embolia pulmonar normalmente é feita quando o uso do anticoagulantes e trombolíticos não é suficiente para melhorar os sintomas e dissolver o coágulo que está impedindo a passagem de sangue para o pulmão.
Nesses casos, é preciso fazer uma cirurgia na qual o médico insere um fino tubo flexível, conhecido como cateter, através de uma artéria do braço ou da perna até chegar ao coágulo que está no pulmão, removendo-o.
Um cateter também pode ser usado para colocar um filtro na veia principal, chamada de veia cava inferior, impedindo que os coágulos se movam através da corrente sanguínea em direção aos pulmões. Esse filtro geralmente é colocado em pessoas que não podem tomar medicamentos anticoagulantes.
Quanto tempo é preciso ficar internado
Depois de eliminar o coágulo do pulmão, normalmente é necessário ficar internado para garantir que não surjam novos coágulos e monitorar que os níveis de oxigênio no organismo estão normalizados.
Quando o quadro parece estar estabilizado, o médico dá a alta, mas geralmente também receita medicamentos anticoagulantes, como a Varfarina ou a Heparina, que devem continuar a ser usados diariamente em casa, pois mantêm o sangue fino e diminuem o risco de voltar a surgir um novo coágulo. Além desses, o médico também pode indicar remédios analgésicos para aliviar a dor no peito nos primeiros dias e após o tratamento.
Possíveis sequelas da embolia
Uma vez que a embolia pulmonar impede a passagem de sangue para uma parte do pulmão, a primeira sequela está relacionada com a diminuição da troca de gases e, por isso, há menos oxigênio disponível no sangue. Quando isso acontece, há uma sobrecarga do coração, que o faz trabalhar muito mais rápido para tentar fazer com que a mesma quantidade de oxigênio chegue a todo o corpo.
Normalmente a embolia acontece numa área pequena do pulmão e, assim, a pessoa não sofre graves consequências. No entanto, e apesar de raro, a obstrução também pode acontecer num vaso sanguíneo de maior calibre, que é responsável por irrigar uma parte maior do pulmão, e nesse caso as consequências podem ser mais sérias porque o tecido que não recebe o sangue oxigenado se retrai e não há nenhuma troca gasosa nessa parte do pulmão. Com isso, a pessoa pode ter uma morte súbita, que acontece de forma repentina, ou podem ficar com sequelas pulmonares, como a hipertensão pulmonar.