Na maioria dos casos de toxoplasmose não é necessário tratamento, já que o sistema imune é capaz de combater o parasita responsável pela infecção. No entanto quando a pessoa apresenta o sistema imunológico mais comprometido ou quando a infecção acontece na gravidez, é importante que o tratamento seja realizado de acordo com a recomendação do médico.
De forma geral, o tratamento indicado pelo médico envolve o uso de remédios como sulfadiazina, sulfametoxazol e espiramicina, por exemplo, cuja dose pode variar de acordo com o tipo de toxoplasmose e carga parasitária, além dos sintomas apresentados.
A toxoplasmose é uma doença infecciosa causada pelo parasita Toxoplasmose gondii, ou T. gondii, que pode causar infecção quando a pessoa entra em contato com as fezes de gatos contaminados, água ou alimentos contaminados por esse parasita. Confira mais detalhes sobre a transmissão da toxoplasmose.
O tratamento da toxoplasmose pode variar de acordo com a idade, sistema imunológico e sintomas apresentados pela pessoa. Os medicamentos recomendados pelo clínico geral ou infectologista têm como objetivo promover a eliminação das formas proliferativas e infectantes do parasita. Assim, o tratamento recomendado pode ser:
1. Na gravidez
O tratamento para toxoplasmose na gravidez varia de acordo com a idade gestacional e o grau de infecção da grávida, podendo ser recomendado pelo obstetra:
- Espiramicina para as grávidas com suspeita de contaminação ou que foram infectadas na gestação;
- Sulfadiazina, Pirimetamina e Ácido Folínico, a partir das 18 semanas de gestação. Se houver confirmação de que o bebê está infectado, a grávida deve tomar este coquetel de remédios durante 3 semanas seguidas, alternando com Espiramicina durante mais cerca de 3 semanas até ao final da gravidez, com exceção da Sulfadiazina, que só deve ser tomada até a 34ª semana de gestação.
No entanto, este tratamento não garante a proteção do feto contra o agente que provoca a toxoplasmose, pois quanto mais tarde for iniciado o tratamento da gestante, maiores as chances de malformação fetal e de toxoplasmose congênita. E, por isso, para evitar esse quadro a grávida deve fazer o pré-natal e realizar o exame de sangue para diagnosticar a toxoplasmose no 1º trimestre de gestação.
As grávidas que já tiveram toxoplasmose antes da gestação, provavelmente já desenvolveram imunidade contra o parasita da doença, ou seja, não há risco de infectar o bebê. No entanto, a toxoplasmose pode ser transmitida para o bebê quando a gestante é infectada pela primeira vez durante a gestação, podendo provocar aborto espontâneo, morte do feto, retardo mental, epilepsia, lesões oculares que podem levar à cegueira no bebê, surdez ou lesões cerebrais. Veja quais são os riscos da toxoplasmose na gravidez.
2. Toxoplasmose congênita
O tratamento para a toxoplasmose congênita é feito após o nascimento do bebê, com o uso de antibióticos por 12 meses, como sulfametoxazol ou clindamicina. Porém, algumas malformações causadas pela doença podem não ter cura e, por isso, a grávida deve procurar o diagnóstico da doença o mais rápido possível para evitar problemas graves no feto.
3. Toxoplasmose ocular
O tratamento da toxoplasmose ocular varia de acordo com a localização e o grau de infecção nos olhos, mas também com o estado clínico do paciente, podendo durar até 3 meses em indivíduos com sistema imunológico diminuído.
O tratamento recomendado pelo médico normalmente consiste em uma combinação de remédios, sendo mais utilizados a clindamicina, pirimetamina, sulfadiazina, sulfametoxazol-trimetoprima e espiramicina. Após o tratamento com remédios, pode ser necessário, em alguns casos, realizar cirurgia para resolver outros problemas provocados pela toxoplasmose ocular, como o descolamento de retina, por exemplo.
Como alcançar a cura a toxoplasmose
Para alcançar a cura da toxoplasmose, é importante que a doença seja identificada ainda nos primeiros sintomas e que o tratamento seja iniciado logo em seguida e feito de acordo com as orientações do médico. Isso porque quando a doença não é identificada rapidamente, o tratamento não é feito de forma adequada ou não é eficaz, há maior risco do desenvolvimento de formas de resistência do parasita, que permanecem dentro dos tecidos, sendo indicativo de infecção crônica e havendo a possibilidade de re-infecção.
Por isso, a melhor forma de evitar a doença é adotando medidas de prevenção, como evitar consumir alimentos crus e água potencialmente contaminada, pôr as mãos na boca após mexer na carne crua e evitar o contato direto com as fezes dos animais domésticos.