Flebite: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento

O que é:

A flebite é a inflamação da camada interna dos vasos sanguíneos mais superficiais, sendo mais comum de surgir em veias das pernas, tornozelos e pés, porém pode acontecer em qualquer veia do corpo, causando sintomas como inchaço, vermelhidão na pele e dor no local afetado.

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Essa inflamação pode ocorrer devido a danos na veia, como traumas, cirurgias, uso de cateter para administrar medicamentos ou irritação da veia após injeção de remédios, mas também pode surgir devido a alterações na circulação sanguínea, o que pode favorecer a formação de coágulos dentro da veia, sendo nesse caso chamada de tromboflebite.

O tratamento da flebite deve ser feito pelo angiologista ou clínico geral, de acordo com a gravidade da inflamação, podendo ser indicado repouso, uso de meias elásticas, realização de compressas e medicamentos anti-inflamatórios ou, se necessário, medicamentos anticoagulantes.

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Imagem ilustrativa número 2
Foto de flebite

Sintomas de flebite

Os principais sintomas de flebite são:

  • Dor à palpação na região;
  • Inchaço e vermelhidão local;
  • Aumento da temperatura da pele na região afetada;
  • Sensação de peso ou dormência no membro afetado;
  • Veia sobressaltada, semelhantes a estrias vermelhas;
  • Cordão endurecido debaixo da pele, que pode ser sentido ao apalpar;
  • Febre, em alguns casos.

É importante consultar o angiologista ou o clínico geral sempre que surgirem sintomas de flebite, para que sejam realizados exames, feito o diagnóstico, identificado o tipo de flebite e iniciado o tratamento mais adequado.

Qual a diferença de flebite e tromboflebite?

A flebite é a inflamação da parede de um vaso sanguíneo superficial ou profundo, mas não existe formação de coágulo. No entanto, essa inflamação pode dificultar o fluxo sanguíneo na região, e causar a agregação de plaquetas na parede do vaso sanguíneo e a formação de coágulos.

Desta forma, quando existe a inflamação do vaso sanguíneo e a formação de coágulo ao mesmo tempo, a condição é chamada de tromboflebite.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da flebite é feito pelo angiologista ou clínico geral através da avaliação dos sintomas, exame físico da região afetada, histórico de saúde e histórico familiar de doenças circulatórias e cardiovasculares.

Além disso, o médico pode solicitar exame de sangue de dímero-D, para avaliar a coagulação sanguínea, e exames de imagem, como ultrassom, eco doppler ou tomografia computadorizada, que ajudam a confirmar o diagnóstico e descartar outras condições com sintomas semelhantes, como tromboflebite ou trombose venosa profunda. Veja como é feito o eco doppler.

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Tipos de flebite

A flebite pode ser classificada em diferentes tipos de acordo com a localização do vaso sanguíneo afetados, sendo os principais:

  • Flebite superficial: esse tipo afeta a parede das veias mais superficiais, perto da superfície da pele, levando ao aparecimento de sintomas mais evidentes e fáceis de serem tratados. No entanto, pode levar ao surgimento de infecções ou feridas na pele, ou até infecção sanguínea;
  • Flebite profunda: acontece quando a inflamação afeta veias maiores e mais profundas, especialmente nas pernas.

A flebite, tanto a superficial como a profunda, pode diminuir a circulação de sangue no local, o que favorece o acúmulo de plaquetas dentro do vaso sanguíneo e a formação de coágulos, sendo chamada de tromboflebite venosa superficial ou trombose venosa profunda (TVP).

Esses coágulos, podem se desprender do vaso sanguíneo e chegar até os pulmões, e causar embolia pulmonar, que é uma condição grave que pode colocar a vida em risco. Saiba identificar os sintomas de embolia pulmonar.

Possíveis causas

A flebite é causada por uma inflamação na parede do vaso sanguíneo devido a traumas, infecções, diminuição do fluxo sanguíneo ou irritação do vaso sanguíneo, por exemplo.

Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento da flebite, como:

  • Histórico de doenças tromboembólicas venosas;
  • Utilização de cateter intravenoso, por mais de 48 horas;
  • Aplicação de remédios intravenosos que podem causar irritação na veia, como antibióticos ou cloreto de potássio;
  • Falta de movimentação das pernas, que pode ser consequência de uma cirurgia ou longa viagem de carro, ônibus ou avião;
  • Lesões nos braços ou nas pernas;
  • Traumas na veia, como cirurgias ou por quebrar um osso;
  • Obesidade e sedentarismo;
  • Hábito de fumar;
  • Desidratação;
  • Varizes nas pernas;
  • Trombofilia;
  • Infecção generalizada;
  • Câncer;
  • Gravidez;
  • Terapia de reposição hormonal com estrogênio ou uso de pílulas anticoncepcionais combinadas.

A flebite pode surgir em qualquer região do corpo, sendo que as pernas, pés e braços são as áreas mais afetadas, pois são áreas mais expostas a pequenos ferimentos e susceptíveis à formação de varizes.

Outra área que pode ser afetada é o órgão sexual masculino, pois a ereção pode causar traumatismos nos vasos sanguíneos e alterações na circulação sanguínea na região, aumentando o risco de coagulação e dando origem a uma condição chamada de tromboflebite da veia dorsal superficial do pênis.

Como é feito o tratamento

O tratamento da flebite deve ser orientado pelo angiologista ou clínico geral de acordo com o tipo de flebite, gravidade dos sintomas e doenças associadas.

Os principais tratamentos para flebite são:

1. Uso de meias de compressão

No caso da flebite superficial, o médico pode recomendar o uso de meias de compressão elástica, para ajudar a melhorar a circulação sanguínea e facilitar o retorno do sangue ao coração, além de reduzir o inchaço da perna e aliviar a dor.

O uso dessas meias elásticas de compressão deve ser prescrito pelo médico, de forma individualizada, sendo importante retirar a meia à noite, e e substituí-las a cada 6 meses, pois com a lavagem regular, perdem a compressão.

2. Elevar o membro afetado

Elevar o membro afetado, acima do nível do coração, ajuda a reduzir o inchaço, melhorar a circulação sanguínea e o fornecimento de oxigênio para os tecidos, e evitar a formação de coágulos dentro do vaso sanguíneo, e pode ser feita por 30 minutos, três ou 4 vezes por dia.

Desta forma, nos casos de flebite superficial, é recomendado elevar o braço, caso a flebite tenha ocorrido em uma veia do braço, ou manter a perna elevada sempre que possível quando estiver em repouso ou sentado, realizando movimentos com os pés. No entanto, o repouso não deve ser feito por períodos prolongados, pois pode aumentar o risco de desenvolvimento de coágulos no vaso sanguíneo.

Outra medida para a flebite superficial que pode ser recomendada pelo médico é fazer pequenas caminhadas para evitar a formação de coágulos nos vasos sanguíneos e aplicar de compressas mornas na região afetada, para ajudar a aliviar os sintomas.

3. Uso de remédios

O uso de remédios, como anti-inflamatórios, pode ser indicado pelo médico para ajudar a aliviar os sintomas da flebite superficial, ou ainda remédios antiagregantes plaquetários, como o ácido acetilsalicílico, para reduzir o risco de formação de coágulos na veia.

No caso de flebite profunda, o tratamento é feito com internamento hospitalar e uso de remédios anticoagulantes, como a heparina, varfarina ou rivaroxabana, por exemplo, que diminuem a formação de trombos, prevenindo complicações cardíacas ou pulmonares.

Nos casos graves, o médico pode utilizar remédios trombolíticos, como estreptoquinase, alteplase ou tenecteplase, para dissolver coágulos sanguíneos, recomendado nos casos graves, como tratamento de emergência no hospital.

Além disso, nos casos da pessoa apresentar infecção, o médico pode indicar o uso de antibióticos.

Após o início do tratamento no hospital, o tratamento poderá ser continuado em casa, podendo ter uma duração de 3 a 6 meses, o que vai depender da gravidade apresentada.

Cuidados durante o tratamento

Alguns cuidados são importantes durante o tratamento da flebite, como:

  • Tomar os remédios corretamente, nos horários estabelecidos pelo médico;
  • Usar as meias de compressão recomendadas pelo médico;
  • Fazer acompanhamento médico regularmente e os exames solicitados pelo médico;
  • Praticar atividades físicas regularmente, conforme orientação médica;
  • Evitar o cigarro ou parar de fumar;
  • Manter o peso saudável;
  • Não ficar muito tempo deitado ou parado em situações de viagem, durante a gravidez, puerpério ou internamento hospitalar;
  • Evitar ficar muito tempo sentado sem movimentar as pernas, como trabalhar muitas horas sentado;
  • Evitar o uso de anticoncepcionais orais, em mulheres que têm um risco aumentado de problemas de coagulação.

Além disso, ao tomar anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários indicados pelo médico, pode-se aumentar o risco de sangramentos, sendo importante comunicar ao médico se ocorrer sangramento nasal ou apresentar sangue na urina ou nas fezes, aumento de hematomas no corpo, pois pode ser necessário ajuste da dose do remédio.