Trombocitemia essencial: o que é, sintomas, causas e tratamento

A trombocitemia essencial é um tipo de câncer raro caracterizado pelo aumento na quantidade de plaquetas no sangue, podendo levar à formação de coágulos e causar sintomas como cansaço, dor de cabeça e queimação ou formigamento nas mãos e pés, por exemplo.

Também conhecida como trombocitemia idiopática, trombofilia essencial ou trombo­citose essencial, a causa dessa condição ainda não é conhecida. Entretanto, acredita-se que pode estar relacionada com uma mutação nos genes JAK2, CALR ou MPL.

O tratamento da trombocitemia essencial é feito pelo hematologista ou oncologista, com o uso de medicamentos, como Aspirina, anagrelida e interferon, que reduzem o número de plaquetas no sangue e o risco de complicações desta doença.

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Principais sintomas

Os principais sintomas de trombocitemia essencial são:

  • Sensação de queimação e formigamento nas mãos e pés;
  • Dor de cabeça;
  • Cansaço;
  • Tontura;
  • Visão turva;
  • Dor ou desconforto na barriga;
  • Fezes escuras ou pretas;
  • Dor no peito.

Pessoas com trombocitemia essencial têm maior risco de trombose e hemorragias, podendo também apresentar hematomas, sangramento no nariz ou gengivas, sangramento vaginal fora do período da menstruação ou menstruações intensas.

Entretanto, a trombocitemia essencial evolui muito lentamente e, por isso, geralmente não provoca sintomas no início da doença.

Trombocitemia essencial é grave?

A trombocitemia essencial é grave, porque pode levar à formação de coágulos sanguíneos que podem aumentar o risco de trombose e hemorragia, e colocar, assim, a vida em risco.

Trombocitemia essencial é câncer?

A trombocitemia essencial é um tipo de câncer no sangue, uma vez que acontece devido a mutação das células tronco, que provocam a formação excessiva de plaquetas.

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Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da trombocitemia essencial é feito pelo hematologista ou oncologista por meio da avaliação dos sintomas apresentados, e do histórico de saúde familiar e da pessoa.

Se deseja confirmar o risco de trombocitemia essencial, marque uma consulta com o médico mais perto da sua região:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Para confirmar o diagnóstico, o médico também solicita alguns exames como hemograma, para avaliar os níveis de plaquetas, exame de citogenética, para identificar uma possível mutação, mielograma e biópsia da medula óssea.

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Possíveis causas

As causas da trombocitemia essencial ainda não são totalmente conhecidas. No entanto, acredita-se que esteja relacionada a uma mutação nos genes Janus quinase 2 (JAK2), Calreticulina (CALR) ou oncogene do vírus da leucemia mieloproliferativa (MPL).

Esses genes produzem uma proteína que regula a quantidade de células de sangue produzidas pelas células-tronco. Assim, essa alteração genética provocaria a produção excessiva desta proteína, fazendo com que as células-tronco formem mais plaquetas.

Como é feito o tratamento

O tratamento da trombocitemia essencial varia conforme o risco de trombose inclui:

  • Aspirina, para ajudar a diminuir o risco de trombose em todas as pessoas com esta condição;
  • Anagrelida, hidroxiureia e interferon, para ajudar a diminuir o número de plaquetas, sendo indicado para pessoas acima de 60 anos e com histórico de trombose;
  • Heparina de baixo peso molecular, em baixas doses, que pode ser indicada para mulheres grávidas.

O tratamento da trombocitemia essencial deve ser sempre indicado pelo oncologista ou hematologista e tem como objetivo ajudar a prevenir as complicações da doença.

Trombocitemia essencial tem cura?

A trombocitemia essencial não tem cura. Entretanto, o tratamento indicado pelo médico ajuda a aliviar os sintomas da doença e evitar a formação de trombos e hemorragia.

Possíveis complicações

As possíveis complicações da trombocitemia essencial são hemorragia e trombose, que pode provocar infarto, derrame, síndrome coronária aguda, síndrome de Budd-Chiari.

Além disso, a trombocitemia essencial também pode evoluir para leucemia mieloide aguda ou mielofibrose.

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A trombocitose essencial também está pode causar complicações durante a gravidez, como eclâmpsia, descolamento da placenta, atraso do crescimento e óbito do bebê.