A trombose na gravidez é uma alteração na circulação que acontece devido às alterações hormonais desse período e compressão do útero na região pélvica, que dificulta a circulação de sangue nas pernas, facilitando a formação de coágulos e, consequentemente, a trombose.
Por causa da obstrução da veia ou artéria pelo coágulo e, consequentemente, alteração no fluxo sanguíneo, podem ser notados sintomas como sensação de peso nas pernas, inchaço e vermelhidão local, dor na região anal e perda de força em um dos lados do corpo, por exemplo.
Os sintomas da trombose na gravidez podem variar de acordo com o tipo da trombose, sendo importante que o obstetra seja consultado assim que surgirem os primeiros sintomas sugestivos de trombose para que seja iniciado o tratamento logo em seguida e prevenir complicações para a mulher e para o bebê.
Sintomas de trombose na gravidez
Os principais sintomas de trombose na gravidez são:
- Sensação de peso nas pernas;
- Pernas doloridas e inchadas;
- Veias dilatadas e visíveis;
- Dor na região anal e sangramento;
- Perda de força em um lado do corpo;
- Dificuldade para falar.
Os sintomas podem variar de acordo com o tipo de trombose, no entanto, em todos os casos é fundamental que a mulher seja avaliada pelo médico para que seja iniciado o tratamento mais adequado, prevenindo complicações.
Marque uma consulta com o médico mais próximo para avaliar o risco de trombose gestacional:
Teste online de sintomas
Selecione no teste a seguir os sintomas apresentados para saber o seu risco de trombose na perna durante a gravidez:
O teste de sintomas é apenas uma ferramenta de orientação, não servindo como diagnóstico e nem substituindo a consulta com o obstetra.
Risco de trombose na gravidez
O risco de trombose é maior na gravidez devido a alterações que normalmente ocorrem no corpo da mulher e que aumentam a capacidade de coagulação do sangue. Este risco tende a ser semelhante durante todos os 3 trimestres da gestação e pode permanecer elevado por até 3 meses após o parto.
No entanto, em caso de histórico anterior de trombose, idade superior a 35 anos, primeira gravidez, obesidade e doenças, como síndrome do anticorpo antifosfolípide ou trombofilias, o risco de trombose também tende a ser maior. Entenda melhor o que são trombofilias na gravidez e os riscos.
O que fazer em caso de suspeita de trombose
Na presença de qualquer sintoma que possa ser indicativo de trombose na gravidez, a mulher deve ligar imediatamente para o 192 ou ir ao pronto-socorro, já que a trombose é uma doença grave, que pode causar embolia pulmonar na mãe caso o coágulo se desloque até os pulmões, gerando sintomas como falta de ar, tosse com sangue ou dor no peito.
Já quando a trombose surge na placenta ou no cordão umbilical, geralmente não há sintomas, mas a diminuição dos movimentos do bebê pode indicar que algo está errado com a circulação sanguínea, sendo, também importante procurar atendimento médico nesta situação.
Principais tipos de trombose na gravidez
Os tipos mais comuns de trombose na gravidez incluem:
- Trombose venosa profunda: é o tipo mais comum de trombose, e afeta mais frequentemente as pernas, apesar de poder surgir em qualquer região do corpo;
- Trombose hemorroidária: pode surgir quando a grávida tem hemorroidas e é mais frequente quando o bebê tem um peso muito elevado ou durante o parto;
- Trombose na placenta: causado por coágulo nas veias da placenta, podendo provocar aborto nos casos mais graves;
- Trombose no cordão umbilical: apesar de ser uma situação muito rara, este tipo de trombose acontece nos vasos do cordão umbilical, impedindo o fluxo de sangue ao bebê e causando, também, redução dos movimentos do bebê;
- Trombose cerebral: provocada por um coágulo que chega até o cérebro, provocando sintomas de AVC, como falta de força num lado do corpo, dificuldade para falar e boca torta, por exemplo.
A trombose na gravidez, embora rara, é mais frequente em gestantes com idade superior a 35 anos, que já tiveram episódio de trombose numa gravidez anterior, estão grávidas de gêmeos ou que têm excesso de peso. Esta condição é perigosa, e quando identificada, deve ser tratada pelo obstetra com injeções de anticoagulantes, como a heparina, durante a gestação e 6 semanas após o parto.
Como é feito o tratamento
A trombose na gravidez tem cura, e o tratamento deve ser indicado pelo obstetra e, normalmente, inclui o uso de injeções de heparina, que ajudam a dissolver o coágulo, diminuindo o risco de formação de novos coágulos.
Na maior parte dos casos, o tratamento para trombose na gravidez deve ser mantido até ao final da gestação e até 6 semanas após o parto, pois durante o nascimento do bebê, seja por parto normal ou cesárea, as veias abdominais e pélvicas das mulheres sofrem lesões que podem aumentar o risco de formação de coágulos.
Como evitar a trombose na gravidez
Alguns cuidados para evitar a trombose na gravidez são:
- Utilizar meias de compressão desde o início da gestação, para facilitar a circulação sanguínea;
- Fazer exercício físico leve regular, como caminhadas ou natação, para melhorar a circulação do sangue;
- Evitar ficar mais de 8 horas deitada ou mais de 1 hora sentada;
- Não cruzar as pernas, pois dificulta a circulação de sangue nas pernas;
- Ter uma alimentação saudável, pobre em gordura e rica em fibras e água;
- Evitar fumar ou conviver com pessoas que fumam, porque a fumaça do cigarro pode aumentar o risco de trombose.
Estes cuidados devem ser feitos, principalmente, pela grávida que teve trombose na gravidez anterior. Além disso, a gestante deve informar o obstetra que já teve trombose, para iniciar o tratamento com injeções de heparina, se necessário, de forma a prevenir o surgimento de uma nova trombose.