Vaginose bacteriana: o que é, sintomas, causas e tratamento

A vaginose bacteriana é a infecção da vagina causada por um desequilíbrio da microbiota normal da região, favorecendo o desenvolvimento de bactérias e levando ao aparecimento de sinais e sintomas de infecção.

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Os sintomas mais comuns da vaginose bacteriana incluem coceira intensa, queimação ao urinar, cheiro fétido e corrimento branco pastoso, que também pode apresentar coloração amarelada ou cinza.

Embora possa causar muito desconforto, a vaginose pode ser facilmente tratada com o uso de antibióticos e, por isso, é importante ir ao ginecologista para identificar o problema e iniciar o tratamento adequado, que envolve o uso de antibióticos, de acordo com a orientação do médico.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de vaginose bacteriana

Os principais sintomas de vaginose bacteriana são:

  • Coceira vaginal intensa;
  • Corrimento branco-acinzentado;
  • Odor vaginal fétido, semelhante a peixe podre;
  • Irritação na vulva e na vagina;
  • Sensação de queimação ao urinar.

Muitos casos de vaginose bacteriana também podem não levar ao aparecimento de qualquer sinal ou sintoma, sendo apenas identificado durante consulta com o ginecologista ou após realização de um exame de secreção vaginal.

Nos casos em que são identificados sintomas, estes são mais frequentes após a relação sexual e antes ou após do período menstrual.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da vaginose bacteriana normalmente é feito através do exame preventivo, também chamado de papanicolau, num exame de rotina, ou quando através da realização do exame de secreção vaginal, que deve ser solicitado pelo ginecologista.

Leia também: Exame preventivo: o que é, para que serve e como é feito tuasaude.com/exame-preventivo

Para concluir o diagnóstico de vaginose bacteriana, os critérios diagnósticos considerados são:

  • Corrimento vaginal branco homogêneo em grande quantidade;
  • Secreção vaginal com pH superior a 4,5;
  • Identificação do odor de peixe podre, principalmente ao misturar a secreção vaginal com solução de KOH a 10%;
  • Identificação da presença de bactérias e alteração nas características das células epiteliais, que recebe o nome de clue cells, visualizadas microscopicamente, e que normalmente estão presentes em caso de vaginose por Gardnerella sp.

O ginecologista pode também indicar a realização de exame de urina ou de urocultura para confirmar a vaginose. Assim, após o diagnóstico, o médico pode indicar o tratamento mais adequado, que normalmente envolve o uso de antibióticos.

Marque uma consulta com o ginecologista mais próximo para investigar a possibilidade de vaginose bacteriana:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

No entanto, algumas mulheres podem ter vaginose mas não apresentar sintomas, sendo a infecção descoberta durante a consulta com o ginecologista, por meio da avaliação de sinais e sintomas apresentados.

Principais causas

A vaginose bacteriana acontece devido a um desequilíbrio da microbiota vaginal, que é composta principalmente por lactobacilos, também conhecidos como bacilos de Doderlein, e que têm como principal função manter o pH ácido da vagina, evitando a ocorrência de doenças. Conheça mais sobre os bacilos de Doderlein.

Assim, as principias situações que podem provocar desequilíbrio da microbiota vaginal e causar a vaginose bacteriana são:

  • Realização de duchas vaginais excessivas;
  • Ter reações sexuais frequentes;
  • Ter múltiplos parceiros sexuais;
  • Possuir infecção sexualmente transmissível;
  • Fazer uso de Dispositivo Intrauterino (DIU);
  • Estar no período menstrual.

Essas situações podem provocar a diminuição da quantidade de bacilos de Doderlein, o que favorece o crescimento de bactérias encontradas em menores quantidades na flora bacteriana, como Gardnerella sp., principalmente, Prevotella sp., Mycoplasma sp. e Ureaplasma sp., por exemplo, caracterizando a vaginose.

Leia também: Gardnerella: o que é, principais sintomas e tratamento tuasaude.com/gardnerella

Como é feito o tratamento

O tratamento para a vaginose bacteriana geralmente é feito com o uso de antibióticos, como o metronidazol ou clindamicina, que podem ser aplicados diretamente no local, na forma de pomadas ou óvulos, ou comprimidos para ingestão oral. O uso do antibiótico deve ser feito durante 7 dias ou de acordo com a indicação do ginecologista e não deve ser interrompido com a melhora dos sintomas. 

Durante o tratamento recomenda-se ainda usar preservativo em todas as relações e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Veja como é feito o tratamento da vaginose.

Além disso, para prevenir o surgimento de uma vaginose bacteriana é recomendado não fazer duchas vaginais, usar preservativo em todas as relações, restringir o número de parceiros, evitar roupas muito apertadas, dar preferência às calcinhas de algodão e realizar exames ginecológicos pelo menos uma vez ao ano.

Possíveis complicações

Na maioria dos casos, a vaginose bacteriana não causa grandes complicações, porém, em pessoas com o sistema imune mais enfraquecido, pode:

  • Infectar o útero e as trompas de Falópio, gerando uma doença inflamatória pélvica, também conhecida como DIP;
  • Aumentar a probabilidade de infecção por AIDS, em casos de exposição ao vírus;
  • Aumentar as chances de a mulher ser infectada por outras doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia ou gonorreia.

Além disso, no caso das grávidas, este tipo de infecção pode ainda aumentar o risco de aborto, parto prematuro ou de o recém-nascido nascer com peso abaixo da média. Saiba mais sobre a vaginose bacteriana na gravidez.