Volume uterino: normal, como medir (e por que está aumentado)

Atualizado em fevereiro 2024

O volume do útero é medido através de exames de imagem solicitados pelo ginecologista, como o ultrassom transvaginal e abdominal, podendo ter até 90 cm3 em mulheres adultas, no entanto pode variar ao longo do desenvolvimento da mulher, da gestação ou da presença de alterações ginecológicas.

Na maioria dos casos, a alteração do volume uterino é considerada normal, porém em algumas situações é possível notar alguns sintomas como dificuldade para engravidar, abortos espontâneos, menstruação irregular ou fluxo intenso, dor e desconforto ao urinar ou durante a relação sexual e cólicas intensas, por exemplo.

Assim, na presença de sintomas, é importante que o ginecologista seja consultado para que seja investigada a causa dos sintomas e, assim, seja indicado o tratamento mais adequado.

Imagem ilustrativa número 1

Volume normal do útero

O volume uterino considerado normal para mulheres adultas é entre 50 e 90 cm3, podendo variar de acordo com a idade da mulher, alterações hormonais e com o fato da mulher estar grávida, sendo notado nesse caso que o volume do útero aumenta à medida que a gravidez se desenvolve.

Como medir o volume do útero

O volume do útero é avaliado pelo ginecologista por meio de exames de imagem, como ultrassom transvaginal e abdominal, principalmente. Assim, durante a realização do exame, o médico consegue verificar, o comprimento, largura e espessura do útero, sendo então possível calcular o seu volume.

Esses exames são normalmente realizados como rotina, sendo indicado pelo menos 1 vez por ano, no entanto podem também ser solicitados quando a mulher apresenta sinais e sintomas de alterações. É importante ter atenção ao exame solicitado pelo ginecologista, isso porque no caso do ultrassom abdominal, por exemplo, é preciso realizar jejum de 6 a 8 horas, bem como deixar a bexiga cheia. Entenda como é feito o ultrassom abdominal.

Útero aumentado

Algumas das situações em que pode ser observada o aumento do volume uterino são:

1. Gravidez

É comum que seja observado aumento do volume do útero à medida que a gestação se desenvolve, isso porque o bebê precisa de mais espaço para se desenvolver corretamente. Além disso, caso a mulher tenha tido duas ou mais gestações, é normal também que seja observado aumento do volume uterino.

2. Idade da mulher

A medida que a mulher desenvolve-se, o útero aumenta de tamanho ao mesmo tempo em que há desenvolvimento e maturação dos outros órgãos sexuais, sendo então considerado um processo natural do corpo. Assim, o valor normal de volume uterino pode variar de acordo com a idade da pessoa, sendo mais baixo no caso de crianças e aumentando ao longo do tempo.

3. Estimulação hormonal

A estimulação hormonal é normalmente realizada por mulheres que têm dificuldade para engravidar, isso porque por meio do uso de hormônios é possível estimular a ovulação e garantir as condições uterinas que favorecem a implantação do embrião, podendo interferir no volume uterino.

Útero diminuído

A diminuição do volume do útero pode acontecer devido a algumas situações, sendo as principais:

1. Menopausa

A menopausa é um processo natural do organismo em que é normalmente observado diminuição do volume uterino. Nesse caso, para confirmar que a diminuição do volume é de fato relacionado com a menopausa, o ginecologista indica a realização da dosagem de hormônios, que confirmam o período em que a mulher se encontra. Confira alguns exames que confirmam a menopausa.

2. Útero infantil

O útero infantil, também conhecido como útero hipoplástico ou hipogonadismo hipotrófico, é uma alteração congênita em que o útero da mulher não se desenvolve, permanecendo com o mesmo volume e tamanho da infância. Entenda o que é e como identificar o útero infantil.

3. Alterações ginecológicas

A presença de fibromas, miomas, endometriose ou tumores no útero também podem provocar alteração no volume do útero, podendo também haver sinais e sintomas como sangramentos, dor nas costas e desconforto durante a relação sexual, por exemplo, devendo ser investigado pelo médico para que possa ser dado início ao tratamento mais adequado.