Zika: o que é, sintomas, transmissão e tratamento

Zika é uma infecção causada pelo vírus ZIKV transmitido pela picada mosquito Aedes aegypti, causando sintomas como febre baixa, dor de cabeça, manchas vermelhas no corpo e dor nas articulações, podendo os sintomas surgirem em até 10 dias após a infecção.

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Essa arbovirose possui sintomas semelhantes à dengue e ao Chikungunya, no entanto, em alguns casos pode não apresentar sintomas, ou ter sintomas leves, sendo o mais característico dessa infecção o rash cutâneo e a conjuntivite.

Leia também: Dengue, Zika ou Chikungunya: qual a diferença? tuasaude.com/pode-nao-ser-dengue

Em caso de suspeita de Zika é recomendado consultar um infectologista ou clínico geral para iniciar o tratamento mais adequado, que geralmente é feito com repouso, aumento da ingestão de líquidos e remédios para aliviar os sintomas, pois não existe tratamento específico para eliminar o vírus do corpo.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de Zika

Os principais sintomas de Zika são:

  • Febre baixa, abaixo de 38ºC, podendo estar ausente;
  • Conjuntivite;
  • Manchas vermelhas na pele;
  • Coceira intensa no local das manchas na pele;
  • Dor de cabeça;
  • Dor ou inchaço nas articulações;
  • Dor muscular e cansaço excessivo.

Os primeiros sintomas de Zika surgem cerca de 2 a 14 dias após a picada do mosquito e podem durar de 2 a 7 dias, podendo ser confundidos com os sintomas de gripe, COVID-19, dengue ou rubéola. 

Por isso, é importante ir ao pronto-socorro quando surgem mais que 2 destes sintomas, para que seja feita uma avaliação médica, de forma a identificar a causa e iniciar o tratamento mais adequado. Conheça outros sintomas causados pelo Zika vírus.

Sintomas de Zika em bebês

No caso do bebê, pode ser um pouco mais complicado identificar os sintomas de Zika. Por isso, é muito importante que os pais fiquem atentos a sinais como:

  • Muito choro;
  • Inquietação;
  • Aparecimento de manchas vermelhas na pele;
  • Febre acima de 37,5ºC;
  • Olhos vermelhos.

Além disso, algumas mulheres podem ser infectadas pelo vírus Zika ainda durante o período gestacional, o que pode interferir no desenvolvimento neurológico e resultar no nascimento do bebê com microcefalia, em que a cabeça e o cérebro do bebê são menores que o normal para a idade. Saiba como reconhecer a microcefalia.

Se houver suspeita de Zika, deve-se levar a criança ao pediatra para que sejam feitos exames de diagnóstico e, assim, inciado o tratamento mais adequado.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da Zika é feito pelo infectologista, clínico geral ou pediatra através da avaliação dos sintomas, histórico de viagem para locais com Zika ou viver em regiões com surto da infecção, além de exame físico e laboratoriais.

Marque uma consulta com o infectologista na região mais próxima de você:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Assim, o médico pode solicitar um hemograma, em que pode ser observada a diminuição leve de leucócitos, chamada leucopenia, além de diminuição de plaquetas, e exame de enzimas hepáticas, que geralmente apresenta um aumento de transaminases.

Para confirmar o diagnóstico, o médico deve solicitar um exame de RT-PCR para identificar o vírus ZIKV no organismo ou exame de sorologia viral para identificar anticorpos contra o vírus.

Além disso, no caso de mulheres grávidas, o médico deve solicitar um ultrassom fetal. 

Como acontece a transmissão

O vírus da Zika, chamado ZIKV, é transmitido através da picada do mosquito Aedes aegypti infectado pelo vírus, que é o mesmo mosquito que transmite a dengue e a Chikungunya, e geralmente pica ao final da tarde. Saiba como identificar o mosquito Aedes aegypti.

No entanto, o vírus também pode passar de mãe para filho durante a gravidez, o que pode causar uma grave sequela no bebê, chamada microcefalia.

Além disso, existe também a possibilidade de que o vírus possa ser transmitido através da relação sexual desprotegida com pessoas que estejam com a infecção.

Leia também: Zika vírus na gravidez: sintomas, tratamento e riscos para o bebê tuasaude.com/zika-virus-na-gravidez

Como é feito o tratamento

O tratamento da Zika deve ser feito com orientação do infectologista, clínico geral ou pediatra e consiste em medidas de suporte para aliviar os sintomas, já que não existe um tratamento ou remédio específico para eliminar o Zika vírus do corpo.

Desta forma, os tratamento que podem ser indicados pelo médico são:

  • Repouso, evitando esforços excessivos;
  • Aumento da ingestão de líquidos, para evitar a desidratação;
  • Analgésicos, como paracetamol ou dipirona, para combater a dor e a febre;
  • Antialérgicos, como loratadina, cetirizina ou hidroxizina, para aliviar a vermelhidão na pele, nos olhos e a coceira no corpo;
  • Colírios lubrificantes, para aliviar os sintomas da conjuntivite, como olhos vermelhos.

Os remédios anti-inflamatórios, como ibuprofeno, ácido acetilsalicílico ou diclofenaco, por exemplo, não devem ser utilizados, assim como ocorre nos casos de dengue, porque podem aumentar o risco de hemorragias ou síndrome de Reye. Confira uma lista dos remédios contraindicados nessas duas doenças.

Veja no vídeo a seguir como se alimentar para se recuperar da Zika mais rapidamente:

Como aliviar os sintomas da Zika de forma natural

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Possíveis complicações

As principais complicações da Zika são:

1. Microcefalia

A microcefalia é uma complicação que pode ocorrer em bebês durante a gestação de mães infectadas pelo vírus causador da Zika.

Acredita-se que a microcefalia possa acontecer devido a uma alteração no sistema imune da grávida que faz com que o vírus atravesse a placenta e chegue até o bebê, causando má formação cerebral.

Normalmente, a microcefalia é mais grave quando a mulher é infectada no primeiro trimestre de gestação, mas ter Zika em qualquer fase da gravidez pode levar a esta mal formação no bebê, sendo muito importante evitar a infecção e seguir todas as recomendações do obstetra. Veja mais sobre a microcefalia.

Além disso, o Zika durante a gravidez, também pode causar complicações como parto prematuro, perda fetal ou natimorto.

2. Síndrome congênita do Zika

A síndrome congênita do Zika é um conjunto de malformações no bebê durante a gestação causada pelo vírus ZIKV que pode ser transmitido da grávida para o bebê em formação.

Essa síndrome é caracterizada por microcefalia grave, contraturas musculares dos membros inferiores, aumento do tônus muscular, danos na parte posterior dos olhos ou perda auditiva, por exemplo.

3. Síndrome de ​Guillain Barré

A síndrome de Guillain Barré é uma complicação da Zika que pode acontecer porque, após a infecção pelo vírus, o sistema imune engana-se e começa a atacar as células saudáveis do sistema nervoso, que deixam de possuir a bainha de mielina, que é a principal característica dessa síndrome.

Assim, meses após os sintomas do Zika vírus diminuírem e serem controlados, algumas pessoas podem apresentar esta síndrome que começa por causar sensação de formigamento em algumas áreas do corpo e fraqueza nos braços e nas pernas. Saiba identificar os sintomas da síndrome de Guillain-barré.

Em caso de suspeita, deve-se ir ao médico rapidamente para impedir a progressão da síndrome, que pode até mesmo causar paralisia dos músculos do corpo e também da respiração, sendo potencialmente fatal.

4. Lúpus

Apesar de aparentemente não causar lúpus, já foi registrada uma morte de um paciente diagnosticado com Lúpus após a infecção com o Zika vírus.

Por isso, embora não se saiba exatamente qual é a ligação entre esta doença e o lúpus, o que se sabe é que o lúpus, é uma doença autoimune, onde as células de defesa atacam o próprio corpo, e existe a suspeita de que a infecção por Zika possa enfraquecer ainda mais o organismo, sendo potencialmente fatal.

Assim, todas as pessoas que são diagnosticadas com Lúpus, ou com qualquer outra doença que afete o sistema imune, devem ter cuidados redobrados para se proteger e não pegar Zika.

Como prevenir

A prevenção da Zika pode ser feita por meio de medidas para evitar a picada pelo mosquito, como o uso de repelentes, telas nas janelas e mosquiteiros sobre as camas.

Leia também: Repelentes: tipos, qual escolher e como usar tuasaude.com/repelente

Além disso, é importante adotar outras medidas para controlar a proliferação dos mosquitos transmissores, como eliminar reservatórios de água parada em casa e o uso de inseticidas. Veja mais medidas para prevenir doenças como a Zika.

Outra medida importante é usar preservativo em todas as relações sexuais por pelo menos 3 meses após o início dos sintomas, já que o vírus da Zika pode estar presente no sêmen ou secreções vaginais, por tempo indeterminado. No entanto, um estudo demonstrou a presença do vírus no sêmen por até dois anos e meio.

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