Aborto retido é quando existe morte embrionária, mas o feto não é expulso para o exterior, podendo ficar retido dentro do útero por semanas ou mesmo meses. Geralmente acontece entre a 8ª e 12ª semanas de gestação, e muitas vezes pode não provocar qualquer sintoma, podendo ser percebido através do desaparecimento dos sintomas associados à gravidez.
O aborto retido pode ser causado por alterações cromossômicas, malformações fetais, problemas no útero ou ainda problemas endócrinos, como distúrbios da tireoide não tratados ou diabetes descontrolada.
O tratamento do aborto retido é feito pelo obstetra e, na maioria dos casos, consiste no esvaziamento da cavidade uterina, devendo a mulher ser posteriormente acompanhada por um psicólogo.
Sintomas de aborto retido
Os principais sintomas do aborto retido são:
- Corrimento vaginal marrom ou avermelhado;
- Ausência de aumento da barriga e do volume uterino;
- Diminuição ou ausência dos sinais naturais da gravidez, como sensibilidade nos seios, enjôos.
Além disso, outros sintomas da gravidez podem estar diminuídos ou ausentes como cansaço ou aumento da frequência urinária. Veja quais outros sintomas que podem surgir durante a gravidez.
Geralmente, o aborto retido não causa sintomas, sendo na maioria das vezes detectado durante os exames de pré-natal. Além disso, esses sintomas são diferentes do aborto espontâneo em que ocorre sangramento vaginal, dor abdominal forte, febre ou calafrios, por exemplo. Saiba identificar todos os sintomas de aborto espontâneo.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico do aborto retido é feito pelo obstetra através do ultrassom pélvico ou transvaginal, normalmente antes das 20 semanas de gestação, em que é detectada a ausência de batimentos cardíacos fetais. No entanto, quando a gravidez está nas fases iniciais, até 10 semanas de gestação, o diagnóstico pode ser feito através do exame de beta-HCG.
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Geralmente, o diagnóstico do aborto retido, é feito durante exames de consulta pré-natal, uma vez que nem sempre a mulher apresenta sintomas. Veja os principais exames pré-natais.
Possíveis causas
As causas mais comuns que podem levar à ocorrência de um aborto retido são:
- Malformações fetais;
- Alterações cromossômicas;
- Idade avançada da mulher;
- Má nutrição durante a gravidez;
- Uso de álcool, drogas, cigarro e alguns medicamentos;
- Doença da tireoide não tratada;
- Diabetes não controlada;
- Infecções;
- Trauma, como acidente de carro ou quedas;
- Obesidade;
- Problemas no colo do útero;
- Hipertensão severa;
- Exposição a radiações.
Geralmente, mulheres que sofrem de um aborto retido normalmente não apresentam risco para uma gravidez futura, a não ser que ocorra um dos fatores acima referido.
Como é feito o tratamento
O tratamento do aborto retido deve ser feito com orientação do obstetra, que normalmente indica o esvaziamento da cavidade uterina mediante uso de remédios, curetagem uterina ou por aspiração manual intra-uterina. Caso não seja tratado, os restos do feto podem causar sangramentos ou mesmo uma infecção, podendo colocar a vida da mulher em risco.
A curetagem é um procedimento realizado pelo ginecologista, em que se faz uma limpeza do útero através de raspagem da parede do útero e a aspiração manual intra-uterina consiste na aspiração do interior do útero com uma espécie de seringa, para eliminar o embrião morto e restos de um aborto incompleto. Podem ainda ser usadas as duas técnicas no mesmo procedimento. Veja como é realizado este processo.
Quando a idade gestacional estiver acima das 12 semanas, a ossificação fetal já se encontra presente, devendo-se proceder ao amadurecimento do colo com um remédio chamado misoprostol, aguardar as contrações e proceder à limpeza da cavidade após a expulsão do feto. Saiba como o misoprostol é usado.