Alzheimer precoce: o que é, sintomas, causas e tratamento

O que é:

O Alzheimer precoce ou "demência pré-senil", é um tipo de Alzheimer raro que tem início antes dos 65 anos, normalmente entre os 40 e 50, e está relacionada a alterações genéticas hereditárias que levam a perda progressiva da cognição, resultando em sintomas como falha ou perda de memória, confusão mental, agressividade e dificuldade em fazer atividades de rotina diária.

Essas alterações genéticas, levam ao acúmulo de proteínas "tau" e beta-amilóides no cérebro, especificamente na parte responsável pela fala e memória, resultando no desenvolvimento dos sintomas do Alzheimer. Saiba reconhecer os sintomas do Alzheimer

Quando os primeiros sintomas surgem, muitas vezes são confundidos com excesso de estresse ou depressão, e por isso o diagnóstico do Alzheimer precoce acaba sendo tardio. O ideal é consultar um neurologista sempre que surgirem sintomas e existir histórico familiar da doença, pois o diagnóstico antecipado é importante para iniciar o tratamento e atrasar o agravamento do Alzheimer.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os sintomas do Alzheimer precoce geralmente se desenvolvem mais rápido do que o Alzheimer em idade mais avançada, causando uma perda rápida de cognição.

Os principais sintomas do Alzheimer precoce são:

  • Alterações da visão, como dificuldade de enxergar uma imagem completa; 
  • Dificuldade de percepção de profundidade; 
  • Dificuldade de reconhecer rostos e pessoas; 
  • Diminuição da capacidade de comunicação verbal ou escrita;
  • Dificuldade de aprendizagem de novas tarefas;
  • Esquecimento de coisas comuns, como se almoçou ou não;
  • Falhas da memória frequentes, como sair de casa e esquecer o caminho para onde iria;
  • Confusão mental, como não saber onde está ou o que foi fazer no local;
  • Guardar objetos em lugares impróprios, como o telefone dentro da geladeira;
  • Permanecer em silêncio por longos períodos no meio de uma conversa;
  • Insônia, dificuldade para dormir ou vários despertares noturnos;
  • Dificuldade em realizar contas simples, como 3 x 4, ou pensar logicamente;
  • Perda dos movimentos, como dificuldade para levantar-se sozinho;
  • Angústia e depressão, como tristeza que não passa e vontade de se isolar;
  • Hipersexualidade, podendo acontecer masturbação em público ou ter falas inapropriadas;
  • Irritabilidade em excesso por não se lembrar de certas coisas ou não entender determinada situação;
  • Agressividade, como bater em familiares e amigos, atirar coisas contra parede ou chão;
  • Apatia, como se nada mais tivesse importância.

No caso do Alzheimer precoce, os sintomas da doença instalam-se de forma muito mais rápida que nos idosos e a incapacidade de cuidar de si próprio surge muito cedo. Saiba reconhecer os sintomas de Alzheimer no idoso

É importante consultar um neurologista assim que surgirem sintomas indicativos de Alzheimer precoce, para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento adequado. Essa consulta é ainda mais importante no caso de pessoas que têm casos de Alzheimer na família, já que apresentam um risco maior de desenvolver Alzheimer precoce.

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Em que idade o Alzheimer precoce aparece?

Normalmente, o Alzheimer precoce aparece entre os 40 e os 50 anos, no entanto não existe uma idade exata para que se inicie, pois existem relatos de aparecimento tanto aos 27 quanto aos 51 anos. O mais importante é que, pessoas que possuem histórico familiar de Alzheimer fiquem atentas no aparecimento de sintomas.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do Alzheimer precoce é feito pelo neurologista através da avaliação dos sintomas e do histórico familiar de Alzheimer, testes de memória e cognição, e através de exames de imagem, como ressonância magnética ou tomografia computadorizada do cérebro.

Além disso, o médico pode solicitar exames clínicos, para descartar outras doenças que causam alterações de memória, como hipotireoidismo, depressão, deficiência de vitamina B12, hepatite ou HIV, por exemplo. 

Possíveis causas

A causa exata do Alzheimer precoce não é totalmente conhecida, mas acredita-se que ocorra devido a mutações dos genes APP, PSEN1 e PSEN2, que levam ao acúmulo de proteínas no cérebro, como a proteína beta-amilóide e da proteína Tau. Esse acúmulo de proteínas parece causar uma inflamação, desorganização e destruição de células neuronais, principalmente nas áreas responsáveis pela memória e interpretação das informações.

Essas alterações genéticas são hereditárias, o que significa que o Alzheimer precoce é mais comum de acontecer dentro da mesma família, já que as mutações podem ser passadas de pais para filhos.

Como é feito o tratamento

O tratamento do Alzheimer precoce deve ser orientado pelo neurologista, para ajudar a reduzir os sintomas e retardar a evolução da doença. Dessa forma, o médico pode receitar diferentes remédios, como a donepezila, rivastigmina, galantamina ou memantina, que ajudam a manter as funções cognitivas mentais. Veja todas as opções de remédios para o Alzheimer.

Além disso, o médico também pode indicar o uso de medicamentos para melhorar a qualidade do sono e o humor, assim como psicoterapia, prática regular de atividades físicas e um alimentação balanceada, incluindo alimentos antioxidantes.

O tratamento do Alzheimer precoce deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, com médicos, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista e terapeuta ocupacional, para que seja possível evitar o aparecimento de outros sintomas e de complicações, e melhorar a qualidade de vida.

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