O que é:
A amnésia é a perda da memória recente ou antiga, que pode ocorrer de forma total ou parcial, podendo durar alguns minutos ou horas e desaparecer sem tratamento ou pode levar a perda de memória permanente. Além disso, a amnésia pode ser retrógrada, quando não se lembra de coisas mais antigas ou anterógrada, quando a perda da memória acontece após o evento responsável pela perda da memória, havendo mais dificuldade para construir novas memórias.
Essa situação pode ser desencadeada por acidentes em que acontece uma pancada forte na cabeça, por exemplo, ou ser consequência do uso de medicamentos, infecções crônicas, doenças neuronais ou presença de tumor no cérebro. Assim, caso seja notada perda de memória recente ou antiga, é importante que o neurologista seja consultado para que sejam feitos exames e possa ser iniciado o tratamento, que pode envolver o tratamento da condição responsável pela amnésia e a realização de psicoterapia.
Tipos de amnésia
A amnésia pode ser classificada em dois tipos principais de acordo com o tempo em:
- Amnésia anterógrada, em que a perda da memória acontece após o evento responsável pela amnésia, lembrando apenas de acontecimentos antigos e podendo haver dificuldade para formar novas memórias;
- Amnésia retrógrada, em que a pessoa não consegue se lembrar das coisas que aconteceram antes do evento responsável pela amnésia, porém a pessoa é capaz de formar novas memórias.
Além disso, de acordo com as características e causa, a amnésia pode ser classificada em alguns tipos, sendo eles:
- Amnésia global transitória, que acontece perda súbita da memória durante poucas horas e havendo recuperação total após cerca de 24 horas.
- Amnésia psicogênica, que é um tipo de amnésia transitória e que acontece como consequência de algum trauma psicológico, podendo ser retrógrada ou anterógrada;
- Síndrome de Wernicke-Korsakof, que acontece principalmente em pessoas com desnutrição ou que fazem uso recorrente de bebidas alcoólicas e que é caracterizada pela carência de vitamina B1, resultando em um estado de confusão mental aguda e amnésia mais prolongada, além de marcha instável, paralisia dos movimentos oculares, visão dupla, confusão mental e sonolência.
Assim, caso seja notada perda da memória, mesmo que transitória, é importante que o neurologista seja consultado para que sejam feitos exames que ajudem a identificar a causa da perda da memória e, assim, ser iniciado o melhor tratamento.
Possíveis causas
A amnésia pode ser consequência de diversas situações, sendo as principais:
- Traumatismo craniano;
- Uso recorrente de alguns medicamentos sem indicação médica, como anfotericina B ou lítio;
- Carências vitamínicas, especialmente de tiamina;
- Alcoolismo;
- Encefalite hepática;
- Acidente Vascular Cerebral;
- Infecção cerebral;
- Convulsões;
- Tumor cerebral;
- Doença de Alzheimer e outras demências;
- Falta de oxigênio (hipóxia);
- Alterações e traumas psicológicos.
Para identificar a causa da amnésia, o médico normalmente faz uma análise do histórico familiar da pessoa e uma avaliação detalhada do histórico médico da pessoa, sendo também importante que durante essa análise seja avaliada a frequência de falha na memória. Em alguns casos, quando a amnésia está associada a outras situações que não sejam neurológicas ou psicológicas, o médico pode indicar a realização de exames mais específicos para identificar a causa.
Como é feito o tratamento
O tratamento para amnésia vai depender da causa e da sua gravidade. Até o momento não existem medicamentos que possam curar a amnésia, no entanto o tratamento médico pode ser voltado para tratar as doenças que acompanham a amnésia, como no caso de infecções e tumores, por exemplo. No caso da síndrome de Wernicke-Korsakof, apesar da reposição da vitamina B1, a memória não é restabelecida e, por isso, o tratamento tem apenas como objetivo evitar a progressão da perda de memória.
Para boa parte dos casos é indicado acompanhamento psicológico e reabilitação cognitiva para que o paciente aprenda a lidar com a perda da memória e estimule outros tipos de memória para compensar o que foi perdido. O tratamento também tem como objetivo fazer com que o paciente desenvolva estratégias para viver com a perda de memória, principalmente nos casos das perdas permanentes.