Arritmia cardíaca tem cura? é grave?

Atualizado em setembro 2022

A arritmia cardíaca tem cura, mas deve ser tratada logo que surjam os primeiros sintomas para evitar possíveis complicações causadas pela doença, como infarto,AVC, choque cardiogênico ou morte.

O tratamento da arritmia cardíaca vai depender da gravidade dos sintomas, da associação ou não com outras doenças cardíacas e do tipo de arritmia, que podem ser:

  • Arritmia benigna, em que as alterações dos batimentos cardíacos podem até desaparecer espontaneamente, podendo ser facilmente controlado com medicamentos indicados pelo médico e prática de atividades físicas regulares. No entanto, deve haver consultas periódicas ao cardiologista para que sejam realizados exames cardíacos periódicos para que seja avaliada a atividade do coração e verificar se há a necessidade de realizar algum tipo de procedimento cirúrgico;
  • Arritmia maligna, em que as alterações não desaparece espontaneamente e pioram com o esforço ou prática de exercícios físicos, podendo levar à morte caso não seja tratada rapidamente e da maneira correta.

A arritmia corresponde a alterações dos batimentos cardíacos, tornando os batimentos mais rápidos, mais lentos ou até mesmo parando o coração, o que leva a sintomas como cansaço, dor no peito, palidez, suor frio e falta de ar. Saiba como identificar a arritmia cardíaca.

Imagem ilustrativa número 1

Quando a arritmia é grave?

Na maioria dos casos de arritmia, não existe qualquer risco para a saúde. Grande parte das arritmias desaparecem espontaneamente, geram poucos sintomas, e melhoram com algumas mudanças no estilo de vida, como fazer atividade física regular, garantir boas noites de sono, eliminar cigarros e bebidas, assim como evitar o uso de energéticos e estimulantes, como café.

A arritmia pode ser considerada grave ou maligna quando surge devido a uma alteração no funcionamento elétrico do coração ou quando o músculo cardíaco está afetado por alguma doença. Nesses casos, a causa é mais difícil de evitar e, por isso, existe um risco maior de o ritmo ficar alterado por mais tempo, elevando as chances de uma parada cardíaca, por exemplo.

Além disso, em pessoas com fibrilação atrial, existe ainda o risco de formação de coágulos, que podem se desprender e chegar no cérebro causando um AVC.

Opções de tratamento

As opções de tratamento variam de acordo com os sintomas apresentados, sendo mais comuns as seguintes condutas:

  • Choque elétrico, cardioversão elétrica ou desfibrilação: tem como função reorganizar o ritmo cardíaco em alguns tipos de arritmias mais urgentes, como nos casos de flutter atrial, fibrilação atrial e taquicardia ventricular;
  • Medicamentos: os principais medicamentos que podem ser indicados pelo cardiologista para controle dos sintomas e regularização dos batimentos cardíacos são Propafenona, Sotalol, Dofetilida, Amiodarona e Ibutilida;
  • Implantação de marcapasso artificial: o marcapasso é um aparelho constituído por uma bateria de longa duração que tem como função assumir o comando do coração conforme o médico programar, regularizando os batimentos cardíacos e permitindo que a pessoa tenha uma vida normal. Veja quais os cuidados com o marcapasso;
  • Cirurgia de cauterização ou ablação: em que é feita uma queimadura bastante localizada e precisa, que irá impedir ou dificultar novas crises de arritmia. O procedimento dura algumas horas, podendo ser necessário sedação ou anestesia geral.

Outras medidas importantes para tratar e evitar a arritmia são as mudanças nos hábitos de vida, ou seja, deve-se evitar o consumo de álcool, drogas, bebidas com cafeína, chá-preto e cigarro. Além disso, é importante praticar atividades físicas regulares e possuir uma alimentação balanceada.