Atrofia vaginal é a secura, afinamento e inflamação das paredes da vagina, causando sintomas como sensação de ardor, coceira ou dor durante o contato íntimo.
A atrofia vaginal, também chamada de vaginite atrófica ou síndrome geniturinária, é causada pela diminuição da produção de estrogênios pelos ovários e, por isso, é comum de acontecer em mulheres na menopausa.
Leia também: 13 sintomas da menopausa e como aliviar (com teste online) tuasaude.com/sintomas-da-menopausaO tratamento da atrofia vaginal é feito pelo ginecologista que pode indicar o uso de hidratantes vaginais, terapia de reposição hormonal ou laser, por exemplo.
Sintomas de atrofia vaginal
Os principais sintomas de atrofia vaginal são:
- Secura vaginal;
- Sensação de ardor ou coceira;
- Dor ou desconforto durante o contato íntimo;
- Falta ou pouca lubrificação durante o contato íntimo;
- Urgência para urinar ou incontinência urinária.
Além disso, outros sintomas são infecções urinárias frequentes, sangramento leve após o contato íntimo ou corrimento vaginal líquido como água ou amarelado. Veja outras causas de corrimento líquido como água.
Na presença de sintomas de atrofia vaginal, é recomendado consultar o ginecologista para confirmar o diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado, se necessário.
Leia também: 10 causas de secura vaginal (e o que fazer) tuasaude.com/secura-vaginalComo confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da atrofia vaginal é clínico sendo feito pelo ginecologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde, idade e exame ginecológico.
Marque uma consulta com o ginecologista na região mais próxima de você:
Em alguns casos, o médico pode solicitar alguns exames como papanicolau, exame de urina ou dos níveis hormonais, ultrassom, ou análise do pH vaginal.
Possíveis causas
A atrofia vaginal é causada pela diminuição do estrogênio produzido pelos ovários, resultando na perda de colágeno, elastina e vasos sanguíneos na região íntima.
Isso resulta em diminuição da elasticidade das paredes da vagina, que também fica mais fina e produz menos secreções.
Quem tem maior risco
Os principais fatores que aumentam o risco de atrofia vaginal são:
- Menopausa natural do corpo;
- Pré-menopausa;
- Amamentação;
- Cirurgia para retirada dos ovários;
- Radioterapia pélvica;
- Quimioterapia para o câncer.
Além disso, o tratamento do câncer de mama com remédios que bloqueiam a ação ou produção dos estrogênios, também podem causar atrofia vaginal.
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O tratamento da atrofia vaginal deve ser feito com orientação do ginecologista para aliviar os sintomas, podendo ser não hormonal ou com o uso de hormônios.
Os principais tratamentos para atrofia vaginal são:
1. Hidratantes vaginais
Os hidratantes vaginais podem ser indicados pelo médico para atrofia vaginal, pois mantêm a região íntima hidratada, aliviando a secura vaginal, irritação ou coceira.
Geralmente, o uso de hidratantes vaginais é o primeiro tratamento não-hormonal para mulheres na menopausa ou após o tratamento do câncer de mama.
Esses hidratantes, geralmente, possuem na sua composição ácido hialurônico, policarbofila ou ácido poliacrílico, por exemplo, sendo encontrados na forma de gel ou creme, e têm um efeito por cerca de 3 dias.
Alguns exemplos de hidratantes vaginais são ISDIN Woman Hidratante Vaginal, Gel Hidratante Needs Intravaginal ou Vagisex Gel Hidratante Intravaginal, por exemplo.
2. Lubrificantes vaginais
Os lubrificantes vaginais à base de água também podem ser indicados pelo ginecologista para o alívio temporário da secura vaginal.
Esses lubrificantes são usados para reduzir a dor e o desconforto durante o conato íntimo.
Leia também: 6 remédios caseiros para aumentar a lubrificação feminina (e como fazer) tuasaude.com/remedio-caseiro-para-secura-vaginal3. Dilatadores vaginais
Os dilatadores vaginais são dispositivos de plástico ou silicone que podem ajudar a aliviar os sintomas de dor ou desconforto durante o contato íntimo.
Isso porque esses dispositivos esticam e alongam os músculos vaginais, sendo usados inserindo no canal vaginal por cerca de 10 a 20 minutos.
Geralmente, os dilatadores vaginais são indicados quando o uso de hidratantes ou lubrificantes não melhoram os sintomas da atrofia vaginal, ou quando a mulher tem contraindicações para a terapia hormonal.
4. Fisioterapia uroginecológica
A fisioterapia uroginecológica pode ser indicada pelo médico para ajudar a fortalecer os músculos pélvicos em mulheres que têm contraindicação para terapia hormonal.
Esse tratamento ajuda a melhorar o controle da bexiga e a dor e desconforto durante o contato íntimo.
A fisioterapia uroginecológica deve ser feita com orientação do fisioterapeuta, com exercícios de Kegel ou ainda estimulação elétrica intravaginal ou biofeedback.
Leia também: Como fazer os exercícios de Kegel corretamente tuasaude.com/exercicios-de-kegel4. Terapia de reposição hormonal
A terapia de reposição hormonal (TRH) pode ser indicada para algumas mulheres para aliviar a secura vaginal e outros sintomas como ondas de calor e suor noturno.
Esse tipo de tratamento é feito com uso de estrogênio e/ou progesterona na forma de gel, creme, anel ou comprimidos vaginais, sendo mais eficaz para atrofia vaginal do que a TRH sistêmica.
No entanto, em alguns casos o médico pode indicar a TRH com adesivo na pele ou comprimidos orais.
A terapia de reposição hormonal só deve ser feita com indicação do ginecologista, pois possui contraindicações, principalmente para mulheres com histórico de câncer de mama, trombose ou problemas no fígado.
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A terapia a laser para atrofia vaginal, com laser CO2 fracionado ou o laser Yag Erbium, pode ser indicado para mulheres na pós menopausa ou que fizeram tratamento para câncer de mama.
Esse tipo de tratamento estimula a formação de colágeno, promove a revascularização da região íntima, melhorando a secura vaginal e a elasticidade dos tecidos.
6. Radiofrequência
Da mesma forma que o laser, o tratamento com radiofrequência também pode ser indicado para o tratamento da atrofia vaginal, para promover o alívio dos sintomas da atrofia vaginal.
Esse tipo de tratamento ajuda a restaurar as funções vaginais, como lubrificação e aumento da elasticidade dos tecidos.