13 principais causas de AVC (e o que fazer)

Atualizado em novembro 2023

O AVC (acidente vascular cerebral) pode ser causado pelo acúmulo de gordura dentro dos vasos, hábito de fumar, pressão alta, pancadas fortes na cabeça, aneurisma, alterações cardíacas ou ser consequência do uso de anticoagulantes, por exemplo.

O AVC pode ser isquêmico, quando há obstrução do vaso sanguíneo, interferindo no fluxo de sangue para o cérebro e dando origem a áreas sem oxigênio, ou hemorrágico quando há sangramento dentro do cérebro devido ao rompimento dos vasos.

Como consequência do AVC, é possível que surjam sequelas que variam de acordo com a gravidade da lesão cerebral, como fraqueza em um lado do corpo ou dificuldade para falar, por exemplo, sendo fundamental que a pessoa seja acompanhada pelo médico. Veja mais sobre as sequelas do AVC.

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13 principais causas de AVC

As principais causas de AVC são:

1. Má alimentação

A má alimentação pode aumentar o risco de AVC, estando normalmente relacionada ao consumo de alimentos ricos em gorduras, frituras, sal, carboidratos e açúcares.

Isto porque esses alimentos favorecem o acúmulo de gordura dentro dos vasos e contribuem para diminuir a elasticidade dos vasos sanguíneos do corpo, inclusive do cérebro.

Quando isso acontece, o sangue não consegue passar e, as células da região afetada começam a morrer por falta de oxigênio, resultando no AVC isquêmico.

O que fazer: é recomendado adotar hábitos de vida mais saudáveis, como ter uma alimentação mais equilibrada, rica em vegetais, frutas e carnes magras, e praticar atividade física regularmente, pelo menos 30 minutos por dia. Confira mais dicas para diminuir o risco de AVC.

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2. Pressão alta

A pressão muito elevada pode romper algum dos vasos do cérebro, provocando o AVC hemorrágico. O AVC hemorrágico devido à hipertensão é mais frequente de acontecer em pessoas que possuem picos de pressão muito alta devido à não realização do tratamento.

O que fazer: é fundamental que o tratamento para pressão alta seja realizado de acordo com a orientação do médico, pois assim é possível controlar os níveis de pressão, evitar os picos e, assim, prevenir o AVC. Veja como é feito o tratamento para pressão alta.

3. Colesterol alto 

O aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos favorecem a formação de acúmulo de placas de gordura nos vasos, assim como o desenvolvimento de inflamações nos vasos sanguíneos e doenças cardíacas, aumentando o risco de AVC isquêmico.

O que fazer: é importante que o cardiologista seja consultado para que seja feita uma avaliação geral do estado de saúde e, assim, seja iniciado o tratamento mais adequado de acordo com a condição que a pessoa apresenta, podendo ser recomendado o uso de medicamentos específicos e melhora dos hábitos de vida e alimentares.

4. Diabetes

A diabetes é um fator de risco para o AVC pois pode provocar causar alterações nos vasos sanguíneos em qualquer lugar do corpo, e quando afeta os vasos sanguíneos do cérebro pode causar AVC isquêmico ou hemorrágico.

Além disso, a diabetes também pode aumentar a rigidez dos vasos sanguíneos, assim como aumentar a inflamação nos vasos o que contribui para o desenvolvimento de aterosclerose. Entenda o que é aterosclerose e principais sintomas.

O que fazer: deve-se fazer o tratamento indicado pelo endocrinologista com o uso de antidiabéticos orais e/ou injetáveis, como insulina ou semaglutida, por exemplo, com o objetivo de reduzir e normalizar os níveis de açúcar no sangue, e evitar complicações a longo prazo da diabetes, como o AVC.

5. Hábito de fumar

O hábito de fumar é um fator de risco bem estabelecido na comunidade médica tanto para o AVC isquêmico como o AVC hemorrágico.

Isto porque o hábito de fumar aumenta a pressão arterial, reduz a oxigenação sanguínea, aumenta a agregação de plaquetas e o risco de formação de coágulos sanguíneos, além de causar danos nos vasos sanguíneos, reduzir o colesterol bom (HDL) e favorecer o desenvolvimento da aterosclerose.

O que fazer: é importante parar de fumar de forma a diminuir o risco de AVC. Caso a pessoa tenha dificuldade de interromper o uso de cigarros, deve-se consultar o clínico geral que pode indicar medidas para parar de fumar ou remédios, como bupropiona ou vareniclina. Veja os principais remédios para parar de fumar.

6. Obesidade

A obesidade ou sobrepeso também é um fator de risco para o AVC pois pode contribuir para o desenvolvimento de doenças cardíacas, pressão alta, colesterol alto ou diabetes tipo 2.

Além disso, a obesidade pode provocar uma inflamação no corpo, causada pela quantidade de tecido adiposo, além de hiperglicemia e resistência à insulina que podem resultar em aterosclerose.

O que fazer: deve-se fazer uma dieta balanceada orientada pelo nutricionista e praticar exercícios físicos regularmente para aumentar o deficit calórico, o que resulta. na perda de peso.

Além disso, em alguns casos, o endocrinologista pode indicar uso de remédios para ajudar a reduzir o apetite e a compulsão alimentar, ou até cirurgia bariátrica. Saiba quando a cirurgia bariátrica é indicada

7. Sedentarismo

O sedentarismo é um estilo de vida em que não se pratica atividades físicas, o que pode resultar em obesidade, diabetes, colesterol alto, pressão alta ou doenças metabólicas, aumentando o risco de desenvolver o AVC.

O que fazer: deve-se praticas exercícios físicos regularmente, sendo recomendado pela OMS fazer pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física aeróbica moderada por semana para adultos e cerca de 60 minutos por dia para crianças e adolescentes. No entanto, para sair do sedentarismo deve-se definir metas e começar aos poucos, como reduzindo o uso do carro ou substituindo o elevador pelas escadas, por exemplo. Veja como sair do sedentarismo.

8. Pancada na cabeça

O traumatismo cranioencefálico, que pode acontecer em acidentes de trânsito ou quedas de grande altura, por exemplo, é uma importante causa de AVC, pois pode provocar o sangramento dentro e ao redor do cérebro, sendo uma situação muito grave e que põe em risco a vida da pessoa.

O que fazer: em caso de acidentes, é importante que a pessoa seja encaminhada rapidamente ao serviço de saúde mais próximo para que seja avaliada e seja iniciado o tratamento mais adequado para evitar complicações.

9. Alterações no coração ou vasos sanguíneos

Algumas alterações no sistema cardiovascular, como dilatação do coração, disfunção no funcionamento do músculo cardíaco ou de suas valvas, presença de um tumor ou calcificação, podem contribuir para a formação de coágulos, que podem chegar ao cérebro pela corrente sanguínea e interferir no fluxo de sangue, provocando o AVC isquêmico.

O que fazer: algumas alterações cardíacas não provocam sinais ou sintomas e, por isso, é importante que sejam feitos exames cardiovasculares de rotina para avaliar a saúde do coração e verificar de forma precoce qualquer alteração que possa existir. Caso seja notada alteração, o médico deve indicar o tratamento mais adequado, que pode ser feito com o acompanhamento regular, uso de medicamentos ou realização de cirurgia. 

10. Aneurisma cerebral

O aneurisma cerebral corresponde a um ponto mais frágil nos vasos dentro do cérebro, podendo romper mais facilmente e provocar uma hemorragia local, dando origem ao AVC hemorrágico. Veja mais sobre o aneurisma cerebral.

O que fazer: este tipo de alteração é mais comumente descoberta de forma acidental, quando exames de tomografia ou ressonância magnética são feitos por outras causas. Entretanto, pode-se desconfiar de um aneurisma na presença de sintomas como dor de cabeça frequente e que piora aos poucos, crises convulsivas, ou fraqueza e formigamento de alguma parte do corpo, por exemplo.

Assim, é importante que o médico seja consultado para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento, que pode ser feito com o uso de medicamentos ou realização de cirurgia.

11. Uso de drogas ilícitas

O uso de drogas ilícitas, principalmente de forma injetável, como heroína, por exemplo, favorece a lesão e os espasmos nos vasos sanguíneos, o que pode contribuir para a formação de coágulos e, consequentemente, AVC.

O que fazer: nesses casos, o recomendado é buscar ajuda de um centro especializado em drogas para que se possa fazer o processo de desintoxicação e, assim, contribuir para a qualidade de vida da pessoa e diminuir as chances de AVC.

12. Vasculite

A vasculite é a inflamação dos vasos sanguíneos, incluindo os vasos que chegam ao cérebro, o que tem como consequência uma alteração no fluxo sanguíneo, aumentando o risco de AVC devido à diminuição da chegada de oxigênio para a região. Conheça mais sobre a vasculite.

O que fazer: é importante que o cardiologista ou angiologista seja consultado quando houver suspeita de vasculite, pois assim é possível confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento mais adequado, o que pode ser feito com o uso de medicamentos corticoides ou cirurgia.

13. Uso de anticoagulantes

O uso indiscriminado ou em altas doses de anticoagulantes pode aumentar o risco de sangramentos, inclusive dentro do cérebro, provocando o AVC hemorrágico.

O que fazer: é importante que o uso de anticoagulantes seja feito apenas sobre recomendação médica e seguindo as suas orientações, evitando doses excessivas. É também importante comunicar ao médico qualquer sintoma ou sangramento que acontecer durante o período de uso desse medicamento, pois assim o médico poderá realizar uma avaliação geral e verificar a possibilidade de alteração na dose, troca ou suspensão do medicamento.

O AVC tem cura?

O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos ou, quando acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e de reabilitação para deixar menos sequelas.

Além disso, é possível que o corpo se recupere de boa parte, ou totalmente, dos sintomas e dificuldades que surgem com o AVC, o que também depende de um acompanhamento com neurologista, e da realização de uma reabilitação, com: 

  • Fisioterapia, que ajuda a recuperar a parte motora e desenvolver os movimentos;
  • Terapia ocupacional, que estimula a preparação de estratégias para diminuir efeitos das sequelas do AVC no dia a dia, adaptações de ambiente e utensílios, além de atividades para melhorar o raciocínio e movimentos;
  • Atividade física, feita, de preferência sob orientação do educador físico, para fortalecer os músculos e ajudar na independência, equilíbrio e bem-estar da pessoa;
  • Nutrição, ajuda a preparar os alimentos na quantidade, tipo e consistência ideal para cada pessoa;
  • Fonoaudiologia, é importante em casos de dificuldade para deglutir os alimentos ou de se comunicar, ajudando a adaptar estas situações.

Desta forma, mesmo que as sequelas do AVC não diminuam ou recuperem rapidamente, é possível melhorar a qualidade de vida da pessoa que convive com esta situação.