O que é:
O azeite de dendê, também conhecido como óleo de palma ou óleo de dendê, é um tipo de óleo vegetal, que pode ser obtido a partir da árvore popularmente conhecida como dendezeiro, mas cujo nome científico é Elaeis guineensis, rico em betacarotenos, um precursor da vitamina A, e de vitamina E.
Apesar de ser rica em algumas vitaminas, o uso de azeite de dendê é controverso, isso porque ainda não se sabe de fato os benefícios para a saúde e devido ao fato de que o processo de obtenção pode ter grande impacto a nível ambiental.
Por outro lado, por ser econômico e versátil, o óleo de palma é bastante utilizado na fabricação de produtos cosméticos e de higiene, como sabonete e pasta de dente, e produtos alimentares, como chocolates, sorvetes e outros alimentos.
Principais benefícios
O azeite de dendê é fonte de ômega 6 e 9, vitamina A e vitamina E e, por isso, pode ter alguns benefícios para a saúde, sendo os principais:
- Promove a saúde da pele e dos olhos;
- Fortalece o sistema imune;
- Melhora o funcionamento dos órgãos reprodutores;
- É rica em antioxidantes, atuando diretamente nos radicais livres e prevenindo o envelhecimento precoce e o desenvolvimento de doenças.
O azeite de dendê cru pode ser utilizado para temperar ou fritar os alimentos, já que é estável a altas temperaturas, sendo parte da culinária de alguns lugares. No entanto, quando esse óleo passa pelo processo de refinamento, perde suas propriedades e passa a ser utilizado como ingrediente na fabricação de produtos industrializados, não possuindo qualquer benefício para a saúde, pelo contrário, pode representar aumento do risco de alterações cardiovasculares, como aumento do colesterol.
O óleo de dendê também pode ser utilizado na manteiga de cacau ou de amêndoa como estabilizador para evitar a separação do produto. O azeite de dendê pode ser identificado no rótulo dos produtos com vários nomes, como óleo de palma, manteiga de palma ou estearina de palma.
Como usar azeite de dendê
O uso do azeite de dendê é controverso, já que alguns estudos indicam que pode ter benefícios para a saúde, enquanto outros indicam que não. No entanto, o ideal é que o seu consumo seja regulado para no máximo 1 colher de azeite por dia, sempre acompanhada por uma alimentação saudável. Além disso, deve-se evitar o consumo de produtos industrializados que o contenham, devendo sempre estar atento ao rótulo do alimento.
Existem outros óleos mais saudáveis que podem ser utilizados para temperar saladas e comidas, como o azeite de oliva extra virgem, por exemplo. Saiba como escolher o melhor azeite para saúde.
Informação nutricional
A tabela a seguir indica o valor nutricional de cada substância presente no azeite de dendê:
Como é feito o azeite de dendê
O azeite de dendê é resultado da trituração das sementes de um tipo de palmeira encontrado principalmente na África, o dendezeiro. Para a sua preparação é necessário colher os frutos da palmeira e cozinhar usando água ou vapor que permite que a polpa seja separada da semente. Em seguida, a polpa é pressionada e o óleo é liberado, tendo a mesma cor alaranjada do fruto.
Para ser comercializado, esse azeite passa por um processo de refinamento, em que perde todo o seu conteúdo de vitamina A e E e que tem como objetivo melhorar as características organolépticas do óleo, principalmente o cheiro, a cor e o sabor, além de torná-lo mais ideal para fritas a comida.
Controvérsias sobre o azeite de dendê
Alguns estudos demonstram que o azeite de dendê refinado pode conter alguns compostos carcinogênicos e genotóxicos conhecidos como ésteres glicidílicos, que são produzidos durante o processo de refinamento. Além disso, durante esse processo o óleo perde suas propriedades antioxidantes, no entanto ainda são necessários mais estudos para que isso seja comprovado.
Foi verificado também que a produção de azeite de dendê pode causar danos ao meio ambiente devido ao desmatamento, extinção das espécies, uso excessivo de pesticidas e aumento da emissão de CO2 para a atmosfera. Isso porque esse óleo não é somente utilizado na indústria alimentícia, mas também na fabricação de sabonetes, detergentes, amaciantes de roupa biodegradáveis e como combustível nos carros que funciona a diesel.
Por esse motivo, foi criada uma associação chamada The Roundtable on Sustainable Palm Oil (RSPO), que é encarregada de tornar a produção desse óleo mais sustentável.