O que é:
O balão gástrico, também conhecido por balão intragástrico, é uma técnica que consiste na colocação de um balão no interior do estômago para ocupar algum do espaço e promover a sensação de saciedade, diminuindo a necessidade de comer muito ou com muita frequência, o que favorece a perda de peso.
Para colocar o balão, geralmente é feita uma endoscopia onde o balão é colocado no estômago e depois é preenchido com soro fisiológico. Este procedimento é bastante rápido e feito com sedação e, por isso, não é necessário ficar internado.
Apesar de ser um procedimento simples, o balão gástrico só está indicado para pessoas que possuem IMC superior a 35 kg/m2 ou a 30 kg/m2 que possuem outras doenças associadas, além de ser recomendado que o balão seja retirado após 6 meses, resultando na perda de cerca de 13% do peso corporal.
Quando é indicado
O balão gástrico é indicado nos casos em que o grau de obesidade é muito elevado, em que o Índice de Massa Corporal (IMC) é superior a 35 kg/m2. Além disso, é indicado para pessoas que possuem IMC superior a 30 kg/m2 e outras doenças associadas como pressão alta, diabetes ou apneia do sono, por exemplo. Pode também ser indicado para as pessoas diagnosticadas com obesidade e que não desejam realizar a cirurgia bariátrica ou que não possuem indicação de cirurgia.
Não existe uma idade a partir da qual se pode colocar o balão, no entanto, no caso das crianças, é aconselhado esperar o fim da fase de crescimento, uma vez que o grau de obesidade pode diminuir ao longo do tempo.
Se acha que o balão gástrico pode ser uma solução para você, utilize nossa ferramenta para agendar consulta com um cirurgião bariátrico e esclarecer todas suas dúvidas:
Como é feita a cirurgia para colocar o balão
A colocação do balão intragástrico demora, em média, 30 minutos e a pessoa não precisa ficar internada, apenas deve repousar duas a três horas na sala de recuperação antes de ter alta e regressar a casa. Antes de iniciar o procedimento, a pessoa é sedada para facilitar a colocação do balão.
Após a sedação, são introduzidos tubos flexíveis pela boca até ao estômago que levam uma micro câmara na ponta que permitem observar o interior do estômago e, em seguida, o balão é introduzido pela boca ainda vazio e depois é preenchido dentro do estômago com soro e um líquido azul, que serve para tornar a urina ou as fezes azuis ou esverdeadas caso o balão se rompa.
Para garantir o emagrecimento e os resultados enquanto se usa o balão é muito importante seguir uma dieta orientada por um nutricionista, com poucas calorias, e que deverá ser adaptada no primeiro mês após o procedimento. Saiba mais sobre como deve ser a dieta depois da cirurgia.
Além disso, também é importante fazer um programa regular de exercício físico, que, junto com a dieta, deve ser mantido depois de retirar o balão, para evitar que se volte a engordar.
Quando e como remover o balão
A remoção do balão gástrico é feita, geralmente, 6 meses após a sua colocação e o procedimento é semelhante à colocação, sendo aspirado o líquido e retirado o balão através de endoscopia com sedação. O balão deve ser removido, pois o material do balão fica degradado com os ácidos do estômago.
Após a remoção, é possível colocar outro balão 2 meses mais tarde, porém, muitas vezes, não é necessário, já que se a pessoa adotar um estilo de vida saudável consegue manter a perder peso sem utilizar o balão.
Riscos da colocação do balão
colocação de balão intragástrico para emagrecer pode provocar náuseas, vômitos e dor na barriga durante a primeira semana, enquanto o organismo se adapta à presença do balão. Em casos mais raros, o balão pode romper e ir para o intestino, podendo provocar a sua obstrução e provocando sintomas como barriga inchada, obstipação e urina esverdeada. Nestes casos, deve-se ir imediatamente ao hospital para remover o balão.
Quando não é indicada
A colocação do balão gástrico não é recomendado para pessoas que possuem hérnia de hiato com mais de 5 cm, úlcera estomacal ou duodenal ativa, doença inflamatória intestinal, neoplasia gastrointestinal, alterações orofaríngeas, alterações no processo de coagulação, sangramentos intestinais ativos, varizes, alcoolismo ou doenças psiquiátricas.
Além disso, não é recomendado para mulheres grávidas ou pessoas que estejam fazendo uso de medicamentos anticoagulantes, anti-inflamatórios ou que possuem doenças cardiovasculares, pulmonares ou cerebrovasculares.