Bioplastia: o que é, para que serve, como é feita e riscos

Bioplastia é um procedimento estético ou reparador feito com injeção de substâncias biocompatíveis sob a pele, sendo normalmente indicada para melhorar a aparência de rugas, uniformizar contornos faciais, como queixo ou nariz, por exemplo.

Foto doutora realizando uma consulta
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Esta técnica pode ser feita em qualquer região do corpo, mas é indicada especialmente para pequenas áreas como o rosto, pois preenche os espaços da pele, dando uma aparência mais jovem.

A bioplastia é considerada um procedimento seguro quando realizada pelo dermatologista ou cirurgião plástico, pois é um tratamento que possui vários riscos, como infecção ou alergia, e não é indicado para utilização em grandes áreas do corpo como glúteos ou pernas, por exemplo.

Médica dermatologista fazendo bioplastia com ácido hialurônico no rosto de mulher jovem

Para que serve

A bioplastia é indicada para:

  • Corrigir sulcos e cicatrizes após cirurgias;
  • Corrigir imperfeições da bochecha e devolver volume a esta região do rosto;
  • Devolver os contornos ou o volume perdido com a idade;
  • Suavizar rugas ao redor da boca;
  • Afinar e levantar a ponta do nariz, assim como diminuir a base do nariz;
  • Delinear o queixo, diminuir imperfeições e corrigir algum tipo de assimetria;
  • Corrigir cicatrizes causadas por acne grave;
  • Aumentar o volume dos lábios e permite definir seus limites;
  • Devolve elasticidade da pele das mãos e ajuda a disfarçar as rugas que surgem naturalmente com a idade.

Os benefícios da bioplastia incluem a melhor satisfação com o corpo e melhor autoestima, sendo um procedimento mais econômico que outras cirurgias plásticas e que pode ser feita num consultório, de forma rápida.

Além disso, a bioplastia também pode ser feita para aumentar o diâmetro do pênis, deixando-o mais grosso, sendo conhecida como bioplastia peniana.

Bioplastia de glúteos

A bioplastia de glúteos permite levantar o bumbum e dar mais volume, no entanto, como é uma área grande, tem maiores chances de complicações, como morte dos tecidos e embolias, o que pode colocar a vida em risco.

Isso porque a bioplastia de glúteos, normalmente é feita com o PMMA, que é uma sintética derivada de um plástico e que não é reabsorvida pelo organismo, sendo usada em quantidades elevadas nos glúteos.

Desta forma, a utilização estética do PMMA para bioplastia nos glúteos não é recomendada pelo Conselho Federal de Medicina, Sociedades Brasileiras de Cirurgia Plástica e de Dermatologia e Anvisa, sendo aprovada somente para lipodistrofia em pessoas com HIV e aplicada em pequenas quantidades.

Leia também: PMMA: o que é, riscos e como é aplicado tuasaude.com/polimetilmetacrilato-pmma

Como é feita a bioplastia

A bioplastia é feita pelo dermatologista ou cirurgião plástico, com anestesia local, e consiste na aplicação de uma injeção sob a pele, com substâncias que são biocompatíveis com o organismo humano.

O produto implantado ajuda a aumentar o volume da região e a sustentar a pele sendo reabsorvida pelo corpo, exceto nos casos do uso do PMMA.

Essas substâncias só devem ser usada em pequenas doses e o pessoa precisa estar ciente dos riscos, antes de optar pelo procedimento.

Produtos usados na bioplastia

Os principais produtos usados na bioplastia são:

1. Ácido hialurônico

O ácido hialurônico é uma substância produzida naturalmente pelo organismo, mas que tem sua produção diminuída com o envelhecimento natural do organismo.

Essa substância pode ser usada em procedimentos estéticos, como preenchimento labial ou para suavizar as rugas ou linhas de expressão, pois adiciona volume na região, sendo biocompatível e reabsorvível pelo organismo. Veja para que serve e como usar o ácido hialurônico.

Leia também: Preenchimento labial: o que é, quando é indicado e complicações tuasaude.com/preenchimento-labial

2. Ácido polilático

O ácido polilático é uma substância sintética, derivada do ácido lático produzido pelo organismo, que pode ser usado para bioplastia em pequenas quantidades. 

Essa substância, também conhecida como PLLA, age estimulando a produção de colágeno, aumentando o volume da região tratada de forma gradual, podendo ser usada para o tratamento da lipodistrofia em pessoas com HIV/AIDS.

3. Hidroxiapatita de cálcio

A hidroxiapatita de cálcio é outra substância que pode ser usada na bioplastia, sendo um bioestimulador de colágeno, ou seja, estimula a produção de colágeno pela pele, suavizando rugas e linhas de expressão profundas gradualmente.

Leia também: Bioestimulador de colágeno: o que é, benefícios, tipos e como é feita tuasaude.com/bioestimulador-de-colageno

Esse tipo de substância também deve ser aplicado em pequenas quantidades, sendo biocompatível e reabsorvido pelo organismo em 18 a 24 meses após a aplicação.

4. Policaprolactona

A policaprolactona também é uma substância bioestimuladora, que aumenta a elasticidade, o volume e a firmeza da pele de forma imediata, além de estimular a produção de colágeno de forma uniforme e gradual.

Esse bioestimulador é reabsorvido pelo organismo em cerca de 1 a 4 anos, sendo usado em pequenas quantidades. 

5. PMMA

O PMMA (polimetilmetacrilato) é uma substância sintética derivada do plástico acrílico, não reabsorvível pelo organismo.

Essa substância é aprovada pela Anvisa para usar em pequenas quantidades para o tratamento da lipodistrofia em pessoas com HIV/AIDS. 

Leia também: Lipodistrofia: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento tuasaude.com/lipodistrofia

Possíveis riscos para a saúde

Os principais riscos da bioplastia são:

  • Vermelhidão, inchaço ou dor no local da aplicação;
  • Hematomas na pele;
  • Infecções no local da injeção;
  • Inflamação crônica;
  • Enrijecimento ou deformidade da região;
  • Formação de nódulos na pele;
  • Morte dos tecidos onde é aplicado;
  • Reação alérgica grave;
  • Rejeição pelo organismo.

A bioplastia tem muitos riscos para saúde, principalmente quando é aplicado em grandes quantidades ou quando é aplicado diretamente no músculo. Além disso, quando é mal aplicada, a bioplastia pode causar deformações na forma do corpo, piorando a autoestima.

É seguro fazer bioplastia?

A bioplastia é considerada um procedimento seguro quando realizado pelo dermatologista ou cirurgião plástico, e aplicado em pequenas doses na região a ser tratada e após conversar com o médico sobre todos os riscos.

Quando ir ao médico

Caso a pessoa apresente sintomas de falta de ar, dor no peito, dor de cabeça, alterações da visão ou da fala, fraqueza, sonolência ou perda da consciência, deve-se ir ao pronto-socorro o mais rápido possível.

As complicações da bioplastia podem surgir 24 horas depois da sua aplicação ou anos depois da sua aplicação no corpo.

Quem não deve fazer

A bioplastia não deve ser feita nas seguintes situações:

  • Crianças ou adolescentes com menos de 18 anos;
  • Mulheres grávidas ou em amamentação;
  • Histórico de alergias ou reação anafilática;
  • Alergia à lidocaína ou outros anestésicos;
  • Tendência à formação de cicatrizes grossas;
  • Feridas ou infecções na pele;
  • Espinhas ou cistos na pele;
  • Uso de remédios imunossupressores;
  • Tratamento de câncer;
  • Doença inflamatória intestinal;
  • Artrite reumatoide.

Além disso, a bioplastia não deve ser feita no caso de alergia às substâncias utilizadas para o preenchimento da pele, ou por pessoas que realizaram outros tratamentos estéticos nos últimos 6 meses ou estejam recebendo terapia de luz ultravioleta.

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