A bromocriptina é um remédio indicado para o tratamento de infertilidade feminina ou ausência de menstruação ou hipogonadismo, devido ao aumento do hormônio prolactina no corpo.
Além disso, esse remédio pode ser indicado para o tratamento da doença de Parkinson já que aumenta os níveis de dopamina, restabelecendo o equilíbrio neuroquímico no corpo estriado no cérebro.
A bromocriptina pode ser encontrada na forma de comprimidos contendo de 2,5 mg de mesilato de bromocriptina, com o nome comercial Parlodel, podendo ser oferecida gratuitamente pelo SUS, desde que tenha indicação médica, ou comprada em farmácias mediante apresentação de receita médica.
Para que serve
A bromocriptina (Parlodel) é indicada para o tratamento de:
- Doença de Parkinson;
- Aumento da prolactina no sangue (hiperprolactinemia), que resulta em ausência de menstruação, infertilidade feminina ou hipogonadismo;
- Tumores que secretam prolactina;
- Acromegalia.
O uso da bromocriptina deve ser feito comente com indicação e acompanhamento do endocrinologista ou neurologista, com doses e pelo tempo de tratamento orientados pelo médico de acordo com a condição a ser tratada.
Se deseja o acompanhamento de um endocrinologista, marque uma consulta na região mais próxima:
O Parlodel serve para secar o leite?
O Parlodel (bromocriptina) não é indicado para secar o leite materno, e não é aprovado pela Anvisa para essa finalidade.
Além disso, esse remédio não é indicado para aliviar os sintomas de dor ou inchaço nas mamas após o parto.
No entanto, em alguns países, a bromocriptina pode ser indicada em casos específicos para secar o leite materno, como evitar o sofrimento em mulheres que perderam o bebé durante ou logo após o parto ou em mulheres com infeção por HIV, por exemplo.
Como tomar
O comprimido de bromocriptina deve ser tomado por via oral, junto com alimentos. No entanto, é recomendado tomar o remédio antes de dormir com leite, para prevenir o surgimento de náuseas.
A posologia da bromocriptina (Parlodel) varia de acordo com a condição a ser tratada e inclui:
- Hiperprolactinemia: a dose inicial é de 1,25 mg a 2,5 mg de bromocriptina por dia. Essa dose pode ser alterada pelo médico de acordo coma resposta ao tratamento;
- Tumores que secretam prolactina: a dose inicial é de 1,25 mg a 2,5 mg de bromocriptina por dia, podendo ser aumentada pelo médico até alcançar os níveis desejados de prolactina no sangue;
- Acromegalia em pessoas de 15 a 17 anos: 1,25 mg (meio comprimido) a 2,5 mg (1 comprimido), por dia, ou conforme orientação médica;
- Doença de Parkinson: 1,25 mg (meio comprimido) a 2,5 mg (1 comprimido), por dia, divididos em duas doses, tomado com as refeições.
As doses e o tempo de tratamento com a bromocriptina deve sempre ser orientada pelo médico, de acordo com os exames que medem os níveis de prolactina no sangue.
Possíveis efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns da bromocriptina são náusea, vômitos, prisão de ventre, congestão nasal, dor de cabeça, sonolência ou vertigem.
Além disso, podem surgir pressão baixa, boca seca, fadiga, espasmos musculares, dermatite alérgica, perda de cabelo ou por exemplo.
Quem não deve usar
A bromocriptina não deve ser usada por crianças com menos de 15 anos, ou por pessoas que tenham alergia ao mesilato de bromocriptina ou qualquer outro componente do comprimido, ou alergia a medicamentos que contém alcaloides do ergot.
Esse remédio também não deve ser usado por pessoas que tenham pressão alta, doença grave do coração, sintomas ou histórico de problemas psíquicos, síndrome pré-menstrual, galactorreia com ou sem amenorreia, ingurgitamento mamário após o parto, fase lútea curta, na amamentação.
Este remédio não deve ser utilizado na gravidez sem orientação médica.