Pouca menstruação: 10 principais causas e o que fazer

Atualizado em março 2024

A diminuição do fluxo menstrual, também conhecida cientificamente como hipomenorreia, pode acontecer tanto pela diminuição do volume da menstruação, como pela redução da duração da menstruação e, geralmente, não é motivo de preocupação, surgindo, na maior parte das vezes, temporariamente, especialmente durante períodos de muito estresse ou de prática muito intensa de exercício físico, por exemplo.

No entanto, quando essa condição se mantém por muito tempo também pode indicar que existe algum problema que está alterando a produção hormonal, como o ovário policístico, mas também pode ser um dos primeiros sinais de gravidez.

Assim, sempre que alguma alteração na menstruação causa algum tipo de dúvida é muito importante consultar um ginecologista para tentar identificar se existe algum problema que precise ser tratado. Veja quais as 10 alterações mais comuns da menstruação e o que significam.

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Principais causas

As causas mais frequentes para a diminuição do fluxo menstrual incluem:

1. Excesso de estresse

Durante períodos de muito estresse, como ter de apresentar um trabalho importante ou perder algum familiar, por exemplo, o corpo produz uma grande quantidade de cortisol e adrenalina. Quando isso acontece, o excesso de cortisol faz com que o cérebro pare a produção dos hormônios estrogênio e progesterona, que são necessários para estimular o ciclo menstrual, provocando uma diminuição do fluxo menstrual.

No entanto, depois desse período de estresse melhorar, o ciclo menstrual deve voltar a ficar mais regular, regressando às características que tinha anteriormente.

O que fazer: é aconselhado procurar participar em atividades que ajudem a aliviar o estresse, como fazer exercício físico regular ou ter um hobbie, por exemplo, além de consumir chás calmantes como camomila, cidreira ou valeriana.

Além disso, deve-se ainda evitar ficar preocupada com a diminuição da menstruação, já que irá acumular com o estresse do dia a dia e continuar provocando as alterações. Veja mais formas naturais de combater o estresse.

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2. Envelhecimento natural

Ao longo da vida é comum que a quantidade de menstruação vá sofrendo algumas alterações. Por exemplo, entre os 20 e os 30 anos existe maior tendência de ter menos menstruação e até apresentar várias vezes spotting. Já depois dessa idade, geralmente a menstruação fica mais regular e pode também vir com um pouco mais quantidade.

Porém, com a chegada da menopausa, algumas mulheres podem apresentar novamente diminuição do fluxo menstrual até que o ciclo pare devido à diminuição da quantidade de estrogênios no organismo.

O que fazer: esta é uma alteração normal e, por isso, não deve ser motivo de preocupação. Porém, se existirem dúvidas, deve-se consultar o ginecologista.

3. Alterações de peso

Alterações bruscas do peso, seja perdendo ou ganhando, podem afetar o ciclo menstrual, alterando não só sua regularidade, mas também a quantidade do fluxo. Além disso, mulheres com muito baixo peso podem apresentar menstruações mais escassas, já que podem existir vários fatores a afetar o ciclo menstrual, como alimentação inadequada, exercício físico muito intenso ou maiores níveis de estresse, por exemplo.

O que fazer: deve-se evitar fazer dietas muito radicais, para que não aconteçam alterações bruscas do peso corporal, permitindo que o corpo se vá adaptando ao longo do tempo. Assim, o ideal é manter sempre uma alimentação saudável e equilibrada, evitando fazer dietas mais radicais. Veja um exemplo de como deve ser a dieta.

4. Fazer exercício físico intenso

Mulheres que fazem muito exercício físico geralmente também apresentam redução na quantidade de menstruação e isso geralmente está relacionado com uma combinação de fatores que incluem o aumento do estresse, a baixa quantidade de gordura corporal e a diminuição da quantidade de energia disponível.

O que fazer: idealmente, a quantidade de exercício deve ser doseada para evitar ter impacto na saúde e no cilo menstrual da mulher, no entanto, atletas podem ter maior dificuldade, devendo conversar com o ginecologista caso a diminuição do fluxo esteja causando algum tipo de desconforto.

5. Gravidez

Durante a gravidez não acontece menstruação, pois o bebê está se desenvolvendo no útero. No entanto, algumas mulheres podem apresentar spotting ou a perda de uma pequena quantidade de sangue nas primeiras semanas, que pode ser confundida por uma pequena menstruação. Entenda melhor porque pode surgir sangramento durante a gestação.

O que fazer: caso se desconfie de que se está grávida deve-se fazer um teste de farmácia ou consultar o ginecologista para fazer um exame de sangue e confirmar essa suspeita.

6. Ovários policísticos

Outra condição relativamente comum e que pode causar diminuição do fluxo menstrual é a presença de cistos nos ovários. Nesses casos, ocorre um desiquilíbrio dos níveis hormonais que pode impedir a mulher de ovular, afetando diretamente a quantidade do fluxo menstrual. Nestes casos podem até surgir outros sintomas como queda de cabelo, acne ou facilidade para aumentar de peso.

O que fazer: a melhor forma de confirmar e tratar uma situação de ovário policístico é consultando um ginecologista para fazer exames como o ultrassom abdominal e o exame de sangue.

7. Hipertireoidismo

Embora seja um pouco mais raro, a diminuição da quantidade da menstruação também pode ser um sinal de hipertireoidismo. Isso acontece porque nesta condição o corpo produz uma maior quantidade dos hormônios da tireoide, que são responsáveis pelo aumento do metabolismo.

Quando isso acontece, o corpo gasta mais energia que o normal e pode causar uma sensação constante de ansiedade e até perda de peso, que acaba afetando o ciclo menstrual da mulher.

O que fazer: o hipertireoidismo pode ser confirmado através do exame de sangue pedido por um clínico geral ou endocrinologista, assim como ultrassom. Normalmente, o tratamento é indicado pelo médico e inclui o uso de remédios para repor os níveis normais dos hormônios da tireoide. Veja mais sobre o hipertireoidismo e seu tratamento.

8. Hiperprolactinemia

A prolactina alta, também chamada de hiperprolactinemia, é uma situação caracterizada pelo aumento desse hormônio no sangue, o que normalmente acontece devido à estimulação da produção das glândulas mamárias durante a gravidez e regulação dos hormônios femininos relacionados com a ovulação e a menstruação.

Um dos principais sintomas da hiperprolactinemia é a alteração no ciclo menstrual, em que a mulher pode ter menstruações irregulares, ausentes ou com pouco fluxo. Veja mais sobre as causas e sintomas de prolactina alta.

O que fazer: o tratamento depende a causa da hiperprolactinemia, podendo ser recomendada a suspensão de medicamentos hormonais ou a remoção de um tumor da glândula pituitária, por exemplo.

9. Uso de anticoncepcionais hormonais

O tratamento crônico com anticoncepcionais hormonais pode causar uma hipotrofia endometrial, ou seja, a diminuição da espessura da parede do útero, resultando na diminuição do fluxo menstrual.

O que fazer: nos casos em que a pouca menstruação dure mais de 2 semanas, é recomendado que o ginecologista seja consultado para que seja realizada uma avaliação clínica e seja indicado o tratamento mais adequado, o que pode ser feito com mudança de anticoncepcionais ou alteração da dose, por exemplo.

10. Síndrome de Asherman

A síndrome de Asherman é caracterizada pela presença de aderências intrauterinas, ou seja, presença de tecido similar ao tecido cicatricial, devido a curetagens ou cirurgias uterinas prévias, o que pode causar sintomas como dor pélvica, infertilidade e alterações do fluxo menstrual, como hipomenorreia e amenorreia.

O que fazer: o tratamento da síndrome de Asherman é feito a partir da remoção das aderências, no entanto, o médico pode também recomendar o uso de estrógenos.

Leia também: Síndrome de Asherman: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/sindrome-de-asherman

Quando a pouca menstruação pode ser sinal de alarme

Normalmente a diminuição da quantidade de menstruação não é sinal de qualquer problema de saúde, no entanto, existem situações que devem ser avaliadas por um médico. Algumas incluem:

  • Não ter menstruação por mais de 3 ciclos;
  • Ter sangramentos recorrentes entre as menstruações;
  • Sentir dor muito intensa durante a menstruação.

Mulheres que sempre tiveram pouco fluxo menstrual não devem ficar preocupadas, pois o padrão de menstruação varia bastante de uma mulher para a outro, incluindo a quantidade do fluxo.

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